sábado, 19 de junho de 2010

ALL conclui nova etapa das obras da Perimetral

A América Latina Logística (ALL) concluiu o primeiro trecho da 4ª fase das obras que compõem a Avenida Perimetral, no Porto de Santos. Cerca de R$ 600 mil foram aplicados para a transferência das linhas da curva da Mortona, ao longo do muro da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para o lado mar, junto aos terminais do Concais e TGrão. O investimento total para esta fase chegará a valores próximos de R$ 9 milhões.
Aproximadamente 70 colaboradores trabalharam nas obras de construção desse trecho, com a instalação de 1,4 mil metros de linhas em bitola mista. O ponto de partida do trecho começa no Gate 25 da Codesp e termina no heliponto. "Com isso, separamos as linhas férreas do trânsito rodoviário, dando maior segurança às operações no Porto de Santos", afirma o relações corporativas da ALL em Santos, Mauricio Pinheiro.
O complexo de obras da Perimetral, com a segregação dos modais, garante aumento da produtividade, atendendo diretamente o plano de crescimento da ALL. Além de não ter mais que disputar espaço com o trânsito rodoviário, as linhas transferidas têm uma geometria melhor, o que garante mais agilidade nas operações de acesso ao Pátio do Macuco e Corredor de Exportação.
De acordo com o especialista em projetos de via da ALL José Antônio Colla, o segundo trecho iniciará junto à área do antigo heliponto até o Canal 4. O terceiro e último trecho será entre os Terminais Concais e Marimex. "Além da construção de linhas, a ALL/Portofer vai bancar financeiramente as obras de adaptação da alça de acesso do Viaduto da Santa e a realocação da Balança da Pérola", afirma Colla.
A ALL investiu aproximadamente R$ 11 milhões nas três primeiras fases da Perimetral. A fase 1 garantiu a realocação do pátio de Outeirinhos para permitir o adensamento de áreas da Marimex. Já a 2, a realocação das linhas junto à avenida João Pessoa, permitindo a construção do Viaduto do Paquetá. Enquanto na fase 3 foi feito o prolongamento das linhas do Pátio de Outerinhos do Terminal da Marimex até a ponte nova do Canal do Mercado.
As obras da Perimetral e os demais investimentos no Porto de Santos contribuem diretamente para o crescimento e rapidez na movimentação de ativos (locomotivas e vagões). O índice que mede a movimentação, o giro de trens, foi reduzido em 11 horas desde o início deste ano. Até o ano passado, esse processo levava aproximadamente 55 horas. Atualmente, o tempo de giro caiu para 44 horas.
FONTE: A Tribuna - Santos

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Mercados de construção e mineração apostam na Copa 2014

Os investimentos previstos para o período 2010-2014 na área de infraestrutura irão impulsionar o mercado de equipamentos de construção pesada assim como as indústrias de peças para equipamentos pesados e toda a cadeia de suprimentos e de prestadores de serviços para construtoras e mineradoras. Dados da SOBRATEMA - Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção estimam que as vendas internas nesses segmentos cresçam mais de 60% entre 2010 e 2013, estimuladas principalmente pelo Programa de Aceleração de Crescimento II (PAC II), cujo montante deve ultrapassar os US$ 800 bilhões, e pela realização da Copa do Mundo, que deverá movimentar até R$ 110 bilhões. "No ano seguinte, 2014, está previsto o início dos investimentos para as Olimpíadas de 2016, e com isso as vendas devem disparar novamente, em cerca de 26%", afirma Mário Humberto Marques, presidente da entidade.
Outro fator que mostra que o Brasil é atualmente um dos principais pólos de investimentos em infraestrutura do mundo, segundo Marques, é a posição do País em relação ao mercado internacional, em especial, à União Européia, Estados Unidos e Japão. "Nosso setor sofreu uma retração de 28% nas vendas ano passado em comparação com o ano anterior devido à forte crise internacional. No entanto, a queda na União Européia, Estados Unidos e Japão foram superiores a 50%", afirma Marques. "Para este ano, a expectativa de crescimento nas vendas de equipamentos da linha amarela no Brasil gira em torno de 18% enquanto que Europa e América do Norte não passam de 10%", diz. "A demanda futura dos equipamentos de construção e mineração virá dos países do BRIC", prevê.
Em meio a esse cenário positivo, a SOBRATEMA promoveu o lançamento de uma nova feira, a M&T Expo Peças e Serviços, reunindo cerca de 250 profissionais do setor de equipamentos, entre engenheiros e executivos de construtoras, locadoras, fabricantes, distribuidoras, fornecedoras de peças e serviços. "Decidimos organizar esse novo evento para atender a uma antiga necessidade das empresas usuárias de equipamentos, que demandam soluções para a manutenção de suas respectivas frotas", afirma Marques.
Segundo o presidente, a M&T Expo Peças e Serviços será um marco para o setor por ser a única feira, na América Latina, que envolve toda a cadeia de peças para equipamentos, suprimentos e serviços direcionada para as construtoras e mineradoras, um segmento que conta com mais de 110 mil indústrias, uma frota de cerca de 450 mil máquinas e equipamentos operando nos canteiros de obras e nas minas em todo o País. "O mercado de peças de reposição e serviços nos setores da construção e mineração deve movimentar cerca de R$ 12 bilhões por ano", destaca.
A feira está com uma reserva de espaço que já ultrapassa a 50% da área de exposição prevista de 20 mil m², faltando 14 meses para sua realização - 10 a 13 de agosto de 2011 no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. "Essa será a primeira vez que as empresas de serviços terão uma feira exclusiva para promover os seus negócios, por esse motivo a M&T Expo Peças e Serviços deverá se tornar o principal ponto de encontro para negociações e o portal de acessos aos mercados do Brasil e dos países do continente", ressalta Marques. A expectativa da organização é reunir 350 expositores, entre fabricantes nacionais e internacionais de peças para equipamentos, fornecedores de suprimentos e prestadores de serviços voltados para os setores da construção e mineração, e atrair um público visitante de 18 mil pessoas.
A M&T Expo Peças e Serviços terá edições anuais consecutivas, excetuando-se os anos de realização da M&T Expo (equipamentos), cuja realização é trienal. "Essa decisão foi tomada porque a demanda por peças e serviços é rotineira, diferentemente do que ocorre na aquisição de uma máquina ou equipamento que depende de um planejamento estratégico de negócios", finaliza Marques.

Mais informações:

M&T Expo Peças e Serviços

Data: 10 a 13 de agosto de 2011

Local: Centro de Exposições Imigrantes - Rodovia dos Imigrantes, nº 1500 - Jabaquara - São Paulo/SP

Site: www.sobratema.org.br
FONTE: Divulgação

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cenário insustentável para MT em 2020

Levantamento da consultoria Macrologística, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), projeta uma situação insustentável para 2020 caso não haja melhorias drásticas na infraestrutura de transporte mato-grossense. O resultado do estudo, publicado na revista Exame, mostra que as precárias condições logísticas do Estado roubam a competitividade conseguida pelos produtores no campo. Mais: a capacidade das estradas existentes já está saturada, o que faz com que a velocidade média dos caminhões seja muito menor que a recomendada, de 60 quilômetros por hora.
O estudo faz projeções alarmantes sobre a utilização da malha viária para até 2020. No trecho mais crítico, de Lucas do Rio Verde a Diamantino (214 km, na BR-163), o estudo aponta sobrecarga de 438% na rodovia. De Cuiabá a Rondonópolis, a sobrecarga é de 315% sobre o volume máximo de carga e, de Diamantino a Cuiabá, 293%.
Ainda de acordo com o levantamento, sem melhorias drásticas a economia de Mato Grosso não conseguirá atingir o potencial previsto de 26 milhões de toneladas de soja até 2020.
"Caso a infraestrutura logística não se adeque para atender a esta demanda, todo este crescimento pode ser comprometido fazendo com que o Estado e o país amarguem grandes prejuízos", alerta o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Marcelo Duarte Monteiro.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Rui Ottoni Prado, sem uma logística adequada de transporte não se pode fazer em superprodução. Entre as ações necessárias para equacionar este problema ele menciona a construção e melhoria de rodovias no Estado - "temos de concluir imediatamente o asfaltamento da BR-163 (Cuiabá-Santarém)" - e investimentos em hidrovia e ferrovia, principalmente neste último modal, que pode reduzir em até 50% os custos do frete até os portos exportadores. "Temos de levar os trilhos à região de Lucas do Rio Verde, Campo Novo e Sapezal e reativarmos o projeto da hidrovia Teles Pires-Tapajós", defende.
Mapeamento - Com o objetivo de subsidiar a Federação das Indústrias no Estado (Fiemt) e a Aprosoja/MT, a Macrologística está desenvolvendo o projeto Norte Competitivo, visando mapear a situação dos estados que compõe a Amazônia Legal, entre eles Mato Grosso. A meta é reduzir em R$ 10 bilhões ao ano o custo de logística da Amazônia Legal, segundo Renato Pavan, presidente da consultoria Macrologística, contratada para fazer o estudo.
De acordo com o presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da Fiemt, Luiz Garcia, o projeto vai avaliar as origens e os destinos de produtos que circulam por rodovias, ferrovias e hidrovias desses estados e calcular o volume de produção estimado para os próximos 20 anos. O trabalho abrange eixos como o pólo de Manaus, o agronegócio e a mineração, setores que movimentam cerca de 95% da economia da região.
A primeira etapa do estudo, de mapeamento das cadeias e identificação dos gargalos, deve ser finalizada em janeiro.
Movimento Pró-logística acompanha as ações
A Aprosoja/MT está desenvolvendo estudos que fomentam melhorias na logística, além de articular ações junto às esferas estadual e federal para viabilizar obras de impacto na economia do Estado. "No ano passado criamos o Movimento Pró-logística, que acompanha o andamento de todas as obras previstas ou em execução e trabalha para que outras obras de grande impacto sejam incluídas nos orçamentos e executadas", lembra Marcelo Monteiro. Um dos projetos contempla dados de frete, custos de produção e análise de gargalos e oportunidades.
Além do problema de logística de transporte, a falta de infraestrutura de armazenagem acaba ocasionando congestionamento de rotas e portos e, consequentemnte, a elevação dos custos.
Na avaliação do diretor da Aprosoja, o problema logístico é a principal barreira ao crescimento e desenvolvimento do Estado, "afetando diretamente a renda dos produtores e os custos de insumos, e ainda limita investimentos em diversas áreas da economia, agropecuária, indústria e turismo".
Para ele, a solução está na implantação de modais ferroviário e hidroviário e rotas voltadas para os portos do Norte, em Santarém e Vila do Conde, no Pará, São Luis (Maranhão) e Itacoatiara (Amazonas). Entre as rotas que precisam ser melhor exploradas, Monteiro destaca as BR-163, 158 e 242, a hidrovia Teles Pires, Juruena-Tapajós e Araguaia-Tocantins.
Ritmo e participação reduzidos em MT
As exportações do segmento do agronegócio de Mato Grosso acumulam, de janeiro a maio deste ano, vendas de US$ 3,70 bilhões. O volume é 4,75% acima do registrado em igual período do ano passado e mantém a receita estadual como a segunda maior do país, atrás apenas do registrado pelo estado de São Paulo.
Mesmo significativa, as exportações do segmento revelam que Mato Grosso está perdendo ritmo e reduzindo sua participação dentro do total nacional, como mostram os números divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Na análise dos números observa-se que entre os cinco maiores exportadores do segmento, Mato Grosso teve a menor expansão. O ranking desses cinco primeiros meses mostra São Paulo em primeiro lugar com vendas de US$ 6,43 bilhões e participação de 22,91% sobre o total nacional e expansão anual de 22,74%. Em segundo lugar está Mato Grosso com receita de US$ 3,70 bilhões, participação de 13,20% - no mesmo período do ano passado detinha 14,67% do total exportado pelo Brasil - e expansão de 4,75%. Em seguida está o Paraná com vendas de US$ 3,59 bilhões, 12,81% de participação e 8,57% de evolução anual. Em quarto lugar está o Rio Grande do Sul com receita de US$ 3,34 bilhões, participação de 11,91% e expansão anual de 10,47% e na quinta colocação está Minas Gerais com vendas de US$ 2,51 bilhões, participação de 8,96% e a maior expansão entre os cinco estados: 24,54%.
No ano passado, Mato Grosso encerrou o exercício 2009 na terceira colocação com volume total de negócios no segmento de US$ 8,36 bilhões e expansão anual (em relação ao total 2008) de 8,44%, sendo o único estado da federação entre os maiores exportadores a fechar o ano positivo. As vendas brasileiras do agronegócio encerram 2009 com queda de 9,82% em relação ao realizado no ano anterior refletindo as dificuldades dos consumidores internacionais em manter o nível de compras após a eclosão da crise mundial. Apesar de apresentar um ritmo menos frenético em relação às vendas de produtos do agronegócio, a séria histórica do Mapa mostra que de 1999 a 2009, ou seja nos últimos dez anos, a participação estadual neste segmento do comércio internacional passou de 3,58% para 12,92% no passado. Em cifras o volume dos negócios saltou de pouco mais de US$ 733 milhões para US$ 8,36 bilhões.
Como explicou na semana passada ao analisar as exportações mato-grossenses até maio, o presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, a redução das vendas de grãos, é uma mudança altamente positiva. "Quem dera pudéssemos esmagar aqui dentro do Estado toda a soja que produzimos, mais de 18 milhões de toneladas".
Segundo o dirigente, se os embarques de grãos de soja e milho reduzem isso quer dizer que mais volumes estão sendo processados no Estado, transformados em ração para aves, suínos e bovinos.
FONTE: Diário de Cuiabá - MT

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Petrobrás define logística do pré-sal

A Petrobrás deverá definir até março do próximo ano a solução logística que será aplicada para escoar o gás natural que será produzido, associado ao petróleo, no campo de Tupi, no pré-sal da bacia de Santos.
A informação é da diretora de Gás e Energia da Petrobrás, Maria das Graças Foster, que participou na quarta-feira de audiência pública na comissão de Minas e Energia da Câmara para tratar do setor de gás natural.
A executiva afirmou que, atualmente, por uma questão de flexibilidade, há uma certa preferência para a construção de terminais offshore de liquefação do gás, ao lado das plataformas de produção.
Nessas unidades, a Petrobrás poderia transformar, ainda no mar, o gás natural para o estado líquido, o que facilitaria seu transporte por meio de navios, tanto para a exportação quanto para a venda no próprio mercado brasileiro.
Outra possibilidade, também em estudo pela empresa, é a tradicional, que consiste na construção de grandes gasodutos para transportar o gás até terra firme.
Graças Foster, entretanto, salientou que "os terminais de liquefação no mar não foram feitos em lugar nenhum" e que por isso a Petrobrás só vai optar por essa tecnologia se ela for competitiva. "Há uma preferência (pela liquefação), motivada pela flexibilidade, mas há a necessidade de que traga o melhor resultado econômico", disse.
Segundo ela, hoje há três grandes empresas internacionais em uma "design competition" para propor projetos de liquefação no mar para a Petrobrás. São elas: a holandesa SBM Offshore; a francesa Technip e a italiana Saipem. A executiva explicou que as empresas terão até dezembro para entregar suas propostas à Petrobrás. Com base nesses estudos e nas avaliações internas sobre o custo de gasodutos é que a Petrobrás decidirá até março de 2011 qual tecnologia vai adotar.
Consumo. Graças Foster disse que o consumo de gás natural do País , excluindo as termelétricas, já retornou a um patamar equivalente ao do período imediatamente anterior à crise econômica mundial. Segundo ela, na segunda-feira, por exemplo, foram consumidos 39,6 milhões de metros cúbicos de gás.
Esse número, que exclui as usinas termelétricas, é alavancado, principalmente, pelo consumo industrial, e responde por 80% do total.
FONTE: O Estado de São Paulo

Publicada lei que acaba com a carta-frete

Foi publicada no Diário Oficial da União, deste dia 14 de junho de 2010, a Lei 12.249 - de 11/06, que em seu Artigo 128 altera trecho da Lei 11.442 e proíbe pagamento de frete através do documento conhecido como carta-frete. A vigência das novas regras ainda depende de regulamentação pela ANTT. Confira abaixo o trecho da lei, que trata da proibição:

LEI Nº - 12.249, DE 11 DE JUNHO DE 2010

Altera a Lei 11.442, de 5 de janeiro de 2007,

Art. 128. A Lei no 11.442, de 5 de janeiro de 2007, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 5o-A:

"Art. 5º-A. O pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas ao Transportador Autônomo de Cargas - TAC deverá ser efetuado por meio de crédito em conta de depósitos mantida em instituição bancária ou por outro meio de pagamento regulamentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT.

§ 1º A conta de depósitos ou o outro meio de pagamento deverá ser de titularidade do TAC e identificado no conhecimento de transporte.

§ 2º O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte rodoviário de cargas, assim como o consignatário e o proprietário da carga, são solidariamente responsáveis pela obrigação prevista no caput deste artigo, resguardado o direito de regresso destes contra os primeiros.

§ 3º Para os fins deste artigo, equiparam-se ao TAC a Empresa de Transporte Rodoviário de Cargas - ETC que possuir, em sua frota, até 3 (três) veículos registrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas - RNTRC e as Cooperativas de Transporte de Cargas.

§ 4º As Cooperativas de Transporte de Cargas deverão efetuar o pagamento aos seus cooperados na forma do caput deste artigo.

§ 5º O registro das movimentações da conta de depósitos ou do meio de pagamento de que trata o caput deste artigo servirá como comprovante de rendimento do TAC.

§ 6º É vedado o pagamento do frete por qualquer outro meio ou forma diverso do previsto no caput deste artigo ou em seu regulamento."
FONTE: Redação do Guia do Transportador