sábado, 22 de maio de 2010

A importância do GPS para o transporte rodoviário de cargas no Brasil

As empresas de transporte rodoviário com a crescente concorrência do mercado e a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviços perceberam a necessidade de investir em sistemas de rastreamento de veículos (GPS - Global Positioning System) para diminuir a incidência de roubo de cargas e entregar pontualmente o produto em local previamente acordado ao menor custo possível. O objetivo deste artigo é demonstrar os benefícios que o GPS traz a estas empresas.

1 - Introdução

No Brasil, o principal transporte de cargas é o rodoviário que detêm cerca de 65%, mais da metade de todas as cargas movimentadas no país. O transporte de cargas na modalidade rodoviária efetua o transporte desde grandes volumes de matéria-prima até pequenas encomendas. Hoje em dia, a grande dificuldade das empresas são os roubos de cargas, que causam grandes prejuízos. Diante disso, é necessário achar uma solução a fim de diminuir o grande roubo de cargas nas rodovias brasileiras. Assim, percebeu-se que unir a tecnologia da informação às operações de transporte seria uma alternativa a coibir os roubos através de um sistema de rastreamento de veículos. O sistema de rastreamento veicular, além de monitorar as cargas quando roubadas, possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu ciclo de distribuição, em tempo real, propiciando uma vantagem competitiva para o negócio. Esse sistema é o Global Position System (GPS), sistema global de posicionamento via satélite. Sendo assim, o sistema de rastreamento veicular surge como um importante instrumento de apoio às ações de logística empresarial e gerenciamento de risco. Não alheias ao fato, as empresas estão investindo nesse sistema, a fim de diminuir os prejuízos com os roubos de cargas e manter um controle total de seus produtos possibilitando inclusive a reprogramação da entrega de mercadorias em função de imprevistos. O GPS é um sistema eletrônico que fornece informações via satélite a um aparelho receptor móvel, indicando a posição do mesmo, tendo as coordenadas terrestres como referência.

2 - Desenvolvimento

2.1 - Logística das Empresas

Em um Mundo globalizado, com a abertura de mercados, verifica-se que os fabricantes e os consumidores encontram-se geograficamente dispersos. Em grandes quantidades em algumas regiões, as matérias-primas quase nunca estão próximas aos locais de entrega das empresas que as utilizam como insumos em seus processos produtivos, e, posteriormente, estes bens vêm a ser consumidos em outros territórios. A logística é muito importante no contexto das empresas, para superar as distâncias e reduzir os tempos durante o deslocamento que impede que haja um ótimo fluxo de insumos e produtos. Os novos nichos de mercado, compostos por consumidores cada vez mais exigentes de qualidade, passam então a exigir que os produtos estejam no local e na hora exatos em que são demandados. Estes consumidores também são mais sensíveis a serviço para determinar a escolha do produto que será adquirido, em detrimento inclusive de qual seja a sua marca. O setor logístico beneficia as empresas e organizações na agregação e criação de valor ao cliente. Ela pode ser a chave para uma estratégia empresarial de sucesso, provendo diversas maneiras para diferenciar a empresa da concorrência através de um serviço superior ou ainda por meio de interessantes reduções de custo operacional. Assim, a logística passa a ser reconhecida nas organizações como um diferencial competitivo frente à acirrada concorrência. Sendo uma ferramenta estratégica, sua utilização adequada permite que a empresa possa diminuir as distâncias existentes entre a localização e a disponibilidade dos insumos para a elaboração dos produtos, atendendo às necessidades de consumo pelos clientes, com um considerável grau de eficácia e eficiência. O produto, ao sair da fábrica, já tem um valor intrínseco a ele agregado, mas esse valor está ainda incompleto para o consumidor final. Ao longo de todo o processo logístico, dependendo da distância, do tempo ou da quantidade de intermediários, há um aumento ao valor do produto. Assim, além de possibilitar a otimização dos processos existentes na organização, em sua mais ampla abrangência, reduzindo os custos operacionais, a logística empresarial gera a oferta de um produto de valor superior ao cliente. Fica evidente que, mesmo o mais modesto sistema logístico, introduz valor de lugar ao produto. Como este valor depende do deslocamento do produto do local em que foi fabricado até o depósito, depois à loja, e finalmente ao consumidor, a atividade logística empresarial é equivocadamente entendida como sendo apenas transporte e armazenagem. Um outro valor, como dito, o de tempo, é incorporado ao produto desde que este seja entregue ao consumidor no prazo acordado, ou no momento em que seu consumo é necessário ou desejado, enfatizando a importância da logística nas empresas. Os valores de lugar e de tempo agregados ao produto pela logística, satisfazendo o consumidor, estão de acordo com o conceito de que a logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final. Basicamente, a Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. Desta forma, os processos logísticos de uma empresa devem ser modelados através de estruturações organizadas e sinérgicas de seus componentes, humanos e também materiais, sejam externos ou internos à organização, tendo como objetivo principal a satisfação das necessidades dos consumidores finais de seus produtos. Dentro deste contexto logístico, existem diversos setores que desenvolvem papéis importantes para que o produto certo, esteja na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível. Dentre estes setores destaca-se o de transportes por sua grande participação e importância dentro da cadeia, pois seus custos são elevados e é fator determinante a chegada do produto aos consumidores.

2.2 - Transporte

O setor de transportes de uma organização possui uma forte relação com a logística, inclusive sendo parte dela, devido à evidência de seu papel estratégico na seleção da modalidade, no dimensionamento da frota, na definição de níveis de serviço e no detalhamento dos custos, contabilizados os seguros de veículos e de cargas. O transporte é, para a maioria dos produtos, um elemento de enorme peso nos custos de distribuição, e muito importante para os resultados obtidos no serviço ao cliente. Seu desempenho pode influenciar o resultado final de uma operação, alterando a percepção de qualidade do serviço, pelo comprador. Verifica-se que, como a atividade logística de transporte compõe o custo de um produto, a sua eficiência é um fator determinante para a satisfação dos clientes. Isto porque a excelência no desempenho do transporte se reflete na redução do preço do produto e no aumento da qualidade percebida pelo comprador, sendo uma forma de agregar valor ao produto frente ao cliente, fidelizando-o. Dessa forma, é claro que as empresas estão sempre atentas ao processo de como efetuar a entrega de seus produtos no local especificado sem que os fretes lhe sejam muito onerosos, enquanto que as organizações que atuam em logística de transportes procuraram implementar melhorias no serviço que prestam àqueles seus clientes empresariais. É importante também o papel do transporte no desenvolvimento econômico de um País. Além do comentado impacto sobre a formação do preço de produtos, uma infra-estrutura de transportes bem montada viabiliza a atuação em mercados mais abrangentes, a um custo mais baixo, gerando possíveis economias de escala que diminuem os custos de produção. Os riscos empresariais no segmento de transporte de cargas são todos os eventos e expectativas de eventos que impedem o transporte eficaz. Como eventos e suas expectativas, incluem-se também as situações que ocorrem à revelia da empresa, como a violência e o roubo de cargas, os acidentes de percurso devido à péssima manutenção das rodovias, entre outros, incluindo as fraudes. Como já comentado na introdução deste artigo, o modal rodoviário é o mais utilizado no país. Este, apresenta algumas desvantagens em relação a outros modais como a velocidade se comparado com o modal aéreo que é o mais veloz, a confiabilidade e a freqüência que é predominante no modal dutoviário além da capacidade disponível no transporte aquaviário. Apesar disso, a superioridade desta modalidade tecnicamente mais indicada para a coleta e a entrega de mercadorias, que são as pontas do serviço de transporte de cargas, é reforçada pela possibilidade de atendimento do tipo porta a porta, durante o percurso. Os veículos que transitam com carregamentos nas estradas, que são os caminhões, conseguem atingir mercados geograficamente dispersos, levando volumes de todos os tamanhos. Por outro lado, por ser o mais utilizado, é também o que ocorre o maior número de roubos de cargas que será apresentado a seguir.

2.3- Roubos de Cargas

Nas últimas estatísticas evidenciadas de roubos de cargas no Brasil, de 2003 a 2005 houve oscilação de ocorrências, porém a partir de 2006 houve crescimento até 2008. Em 2007, o número de ocorrências foram de 11.850 totalizando 735 milhões de reais, e em 2008 o número de ocorrências foram de 12.400 totalizando 805 milhões de reais em prejuízo. Em face disto, as empresas começaram a investir em sistemas de monitoramento de caminhões como o GPS, com o objetivo de diminuir os prejuízos em relação ao furto de cargas.

2.4 - GPS

O Sistema de Posicionamento Global, conhecido por GPS (Global Positioning System ou do português "Geo-Posicionamento por Satélite"), é um sistema global de navegação via satélite que permite, com uma precisão de poucos metros(ou de centímetros), a posição de um veículo, uma pessoa ou outro objeto. Inicialmente, o GPS foi usado na área militar para o direcionamento de diversos tipos de armamentos de precisão. Atualmente, estes armamentos "inteligentes" são guiados aos seus alvos por um sistema em conjunto com um GPS. Este tipo de sistema pode ser usado em qualquer condição climática e garante um alto índice de acertos. Além disso, o GPS é aplicado à aviação geral e comercial, navegação marítima, ou até mesmo qualquer pessoa e/ou objetos, que deseja obter maiores informações acerca de sua posição, possibilitando outras informações como o conhecimento de sua velocidade e direção do seu deslocamento. O GPS funciona mediante uma rede de 24 satélites sendo 3 sobressalentes(que entram em operação caso ocorra alguma falha com um dos satélites principais) em 6 planos orbitais, a 20.200 km. de distância, a uma velocidade de 11.265 km/h, com trajetórias sincronizadas para cobrir toda superfície da Terra. Os satélites, assim como os receptores GPS, possuem um relógio interno, o qual marca à hora com uma precisão de nanosegundos. Quando o sinal é emitido, também é enviado o horário que ele "saiu" do satélite. Este sistema é controlado através de sinais de rádio, que viajam na velocidade de 300 mil quilômetros por segundo, no vácuo. Calculando quanto tempo este sinal demorou a chegar, o receptor consegue calcular sua distância do satélite. Como a posição dos satélites é atualizada constantemente, é possível, por meio destes cálculos, determinar qual a sua posição exata. Os GPS usam o sistema de triangulação para determinar a localização de um receptor em terra. Suponhamos que uma pessoa esteja perdida, e esta pessoa pergunta para alguém onde ela está. A resposta da pessoa normalmente é: "Você está a 10 quilômetros da cidade X". Mas você pode estar a 10 quilômetros em qualquer direção da cidade. Então, é possível traçar um círculo para determinar a possível área em que você se encontra. O mesmo pode ser feito com outros pontos de referência (Y e Z, por exemplo) e assim fazer a triangulação dos pontos para determinar exatamente a sua posição. O sistema de GPS funciona da mesma forma. Este princípio é chamado de trilateração. Um quarto satélite é necessário para determinar a altitude em que você se encontra. O princípio do cálculo é o mesmo, mas envolve alguns números e fórmulas extras por tratar-se de um espaço tridimensional. Há um projeto para o lançamento de novos satélites, a fim de substituir os atuais. Mas, tal projeto encontra-se atrasado em três anos, e não há indícios de que venha a acontecer logo. Por isso, os países da Europa se uniram e já estão construindo seu próprio sistema GPS, batizado de Galileo, com previsão para entrar em funcionamento até o ano de 2013. A Rússia também está com um projeto alternativo aos satélites americanos. É o Glonass, que ainda não tem previsão para entrar em funcionamento, mas que promete maior confiabilidade do que o sistema GPS atual. As "sucatas" que orbitam a Terra também vêm se mostrando verdadeiros inimigos dos satélites funcionais. A colisão entre o lixo espacial que está na órbita terrestre e satélites está sendo cada vez mais freqüente. Faz-se necessário a presença de profissionais capacitados para operar o aparelho de forma eficiente, sabendo utilizar e trabalhar em cima das informações fornecidas pelo GPS. É importante lembrar que o GPS apresenta outras vantagens além da redução do roubo de cargas como veremos mais abaixo.

2.5 - Benefícios com a tecnologia de rastreamento

O GPS oferece uma série de benefícios para a empresa e para o motorista do veículo, pois garante maior fiscalização no serviço de transporte, dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas, garantindo assim maior eficiência no transporte de cargas, além de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota. Segue abaixo alguns outros benefícios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas.  Correto uso do veículo; Com o monitoramento via satélite o veículo só poderá ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veículo para fins pessoais ou que não sejam de interesse da empresa.  Eliminação de manobras desnecessárias; Os equipamentos de GPS já costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deverá fazer para o trajeto desejado. Neste caso, o motorista não perde tempo com equívocos ao traçar a rota.  Recuperação de veículos. Com o rastreamento, ficou mais fácil achar o veículo após o roubo. Geralmente, as cargas roubadas são levadas para algum local e só após a chegada, a carga é desmontada ou então toma outra rota. Então, enquanto essa carga é levada, a polícia é informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veículo na maioria das vezes com a carga intacta.  Economia em ligações telefônicas para saber onde estão localizadas as unidades, pois o aparelho nos dá as informações necessárias em tempo real.  Melhora de processos operativos e, por causa disso, obtenção de aumento nos lucros.  Administração da frota pelo telefone celular BlackBerry e o novo iPhone. Independentes de onde o controlador esteja os dados podem ser enviados para o seu aparelho móvel, facilitando o trabalho do controlador.  Tomada de decisões informadas em caso de imprevistos e contratempos (rupturas, acidentes, mudanças de itinerários, etc.).  Otimização da qualidade no serviço de transporte. Com os benefícios já citados acima, a eficiência na distribuição é maior e a qualidade do serviço também aumenta.  Prevenção em matéria de segurança e diminuição de riscos.  Economia em gastos de seguros e outras despesas relacionadas. Com o uso do GPS, a tendência do preço do seguro do caminhão é baixar devido à facilidade de obter informações do veículo mesmo que à distância.  Redução do número de acidentes devido ao controle da velocidade dos veículos. O equipamento rastreia a velocidade do caminhão ficando mais fácil o controle da velocidade do veículo.  Outro ponto importante é que o monitoramento via satélite pode ajudar em caso de imprevistos, pois se o local de monitoramento da frota perceber que o caminhão está muito tempo parado em um ambiente que não havia sido determinado como ponto de parada, o centro de controle pode entrar em contato com quem está no caminhão para ter detalhes do que está acontecendo, podendo evitar assim, um assalto, ou uma parada desnecessária para fazer um lanche por exemplo.  O GPS também serve de prova incontestável para efeito de alguma reclamação sobre o veículo quando ele estiver em curso, por exemplo, em caso de uma reclamação em que o pedestre informe à empresa que o caminhão de placa XXX- 9999 ultrapassou o limite de velocidade. Neste caso, o GPS poderá informar se este relato é falso ou verdadeiro tomando as providencias cabíveis caso seja necessário. Sendo assim, milhares de caminhões brasileiros já não só são localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operação para uma estação de controle com prontidão ou em tempo real. Informações indispensáveis para a melhoria de gestão de frotas de carga vêm dessa integração, que se desenvolve em vários níveis e atingem agora transportadores de todos os portes. Vale lembrar que o GPS não atua sozinho, pois é preciso ter gente capacitada para operar o aparelho de forma eficiente, sabendo utilizar e trabalhar em cima das informações fornecidas pelo rastreador. Somente o uso adequado das informações captadas pelo aparelho, unidas a habilidade dos controladores da frota em manusear tais informações, trarão resultados benéficos para a empresa.

3 - Conclusão

Não há ainda um modo eficaz para acabar com o furto de cargas, os sistemas apenas diminuem a incidência de roubos através do rastreamento que contribuem para a recuperação de cargas antes de ela ser desconsolidada. No Brasil a incidência de roubos vem crescendo constantemente nos últimos anos, portanto paralelo ao uso do GPS, o governo deveria investir na maior fiscalização com policiamento adequado. O GPS é responsável por uma mudança significativa no sistema rodoviário brasileiro, permitindo o rastreamento e controle de frotas. Através dele o sistema de distribuição tornou-se mais eficaz evitando custos desnecessários e trazendo maior segurança para as empresas transportadoras e para o motorista. Resultados são visíveis e as empresas continuam investindo a cada ano nesse sistema, mesmo com um custo de implantação elevado, os benefícios são grandes e satisfatórios.
FONTE: Portal Administradores

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Importação deve aquecer cadeia logística

No Brasil, volume de importações já cresceu 41%. Se as previsões mundiais de incremento em 10% nos volumes de importação da OMC (Organização Mundial do Comércio) se confirmarem neste ano, algumas empresas de entrega expressa que atuam no Brasil poderão contabilizar um salto interessante neste tipo de operação.
Pensando nisso, a DHL Express criou uma ação mundial para incentivar este processo comercial. "A prioridade da marca para os próximos meses é auxiliar pequenas e médias empresas nos processos de importação, pois enxergamos muitas oportunidades para companhias que necessitam matéria-prima, equipamentos e peças de outros países para sua produção no Brasil", explica Joakim Thrane, presidente da corporação no País.
Juliana Vasconcelos, diretora de marketing da empresa no Brasil, explica que embora atenda empresas de todos os portes, as PMES (Pequenas e Médias Empresas) devem impulsionar as importações e, em consequência, os negócios da DHL.
"Organizações menores, geralmente, buscam mais orientações quanto aos processos de importações. Como temos diversos serviços que visam facilitar este procedimento, muitas vezes, assumimos este serviço", argumenta.
Buscando linearidade com as metas da OMC, a empresa realizará - até agosto - a Empresa aposta nas PMEs para alavancar serviçocampanha "Importe. É simples com a DHL Express". A medida tem como principal objetivo reforçar o novo posicionamento da marca em ser um provedor completo, atuando desde a coleta até a entrega da mercadoria.
De acordo com Juliana, a meta do Grupo no Brasil é de incrementar em 15% o volume de importações. Embora não divulgue os números reais, a executiva destaca que é uma importante marca para o mercado brasileiro, já que a corporação espera aumentar em 10% este tipo de operação em outros países.
"As indústrias mais promissoras para essas operações são de tecnologia, engenharia, telefonia, automotiva, químico e têxtil. Com isso, as principais remessas para o Brasil devem vir de países asiáticos e da Europa", afirma.
Para se ter uma ideia da demanda por produtos importados no mercado brasileiro, dados do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) revelam que de janeiro à segunda semana de maio deste ano, a média diária de importações no País cresceu 41,7% - sobre o mesmo período do ano passado.
Este desempenho representa a aquisição de US$ 59,112 bilhões em mercadorias estrangeiras (média diária de US$ 649,6 milhões). Na mesma faixa de comparação, o volume de exportações cresceu 26,9%, com o envio de US$ 62,7 bilhões em mercadorias.
Companhia garante flexibilidade para aumentar sua infraestrutura logística
Com isso, outra empresa importante que aposta nas projeções da OMC e nos números positivos do mercado nacional é a FedEx. Vera Lúcia Lima, gerente sênior de Operações da companhia, destaca que se as previsões se concretizarem será bastante positivo para os negócios, já que as operações de importações devem a seguir a tendência mercadológica.
Sendo assim, a executiva garante que a empresa tem "flexibilidade para aumentar sua infraestrutura logística para acomodar aumentos de volume e à medida em que eles se verifiquem, a FedEx pode operar com mais rotas, couriers e vans, ou até mesmo aumentar a capacidade de suas aeronaves".
Questionada sobre as ações que a empresa está preparando para atender esta demanda, Vera explica que "mesmo sem contar com notícias como essa (projeções da OMC) a FedEx está sempre implementando melhorias em sua infraestrutura".
"Temos planos para aumentar a nossa estrutura no aeroporto de Viracopos, em Campinas, onde chegam as nossas aeronaves e abrir mais estações em cidades onde a FedEx está presente, por meio de parcerias e não diretamente. Mas, acima de tudo, estamos aumentando o portfólio de serviços para acomodar as necessidades das empresas que estão se lançando no comercio exterior", finaliza.
FONTE: WebTranspo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Trafti conquista cargas da Bombril e comemora bom momento

Operadora logística do ABC Paulista, fruto da fusão de cinco empresas da região, conquista cliente importante na indústria de consumo e projeta crescimento de 15% nas operações no primeiro ano de existência.
A Trafti, operadora paulista de logística com sede em São Bernardo do Campo, comemora o bom momento, depois de sua criação, em janeiro deste ano. Fruto da fusão entre as empresas Fantinati, Transvec, Transpostes, Riches Log do Brasil e MestraLog, a Trafti entrou no mercado com um conceito moderno de logística modular e comemora a conquista de um cliente estratégico: a Bombril.
De acordo com a empresa, o novo contrato inclui a armazenagem, a movimentação e a separação de cargas de produtos acabados e semiacabados da indústria, além do transporte de transferência entre as unidades de produção da Bombril e o armazém da Trafti, no ABC Paulista.
O diretor Comercial da empresa, Roberto Schaefer, não revela o volume de cargas que será movimentado na operação do cliente, mas garante que o "volume é grande". "O aquecimento da demanda de consumo, principalmente com a migração dos perfis de consumo nas classes C e D tem gerado muita demanda em nosso negócio. O movimento está fantástico", comemora Schaefer.
Roberto conta que a especialização de cada empresa que deu origem à operadora permite à Trafti operar em segmentos específicos, com grande expertise em cada um deles. Linha branca, indústria de consumo, transporte de aço e materiais pesados, transportes aduaneiros, carga fracionada. A gama de perfis de carga operados pela empresa é grande.
Shaefer conta também, na entrevista que concedeu à reportagem do Portal Transporta Brasil na sede da Trafti, que a demanda está forte a ponto de a empresa estar no rol das operações com falta de mão de obra especializada. Ele revelou que há veículos parados por conta da falta de motoristas. Para ele, a última boa notícia para o setor foi a inauguração do Trecho Sul do Rodoanel.
"A Trafti tem seu centro de operações localizado estrategicamente entre as rodovias Anchieta e Imigrantes e o novo trecho do Rodoanel foi um dos motivos da escolha do local. No início de nossas atividades, um contêiner vindo de Jundiaí levava 4 horas na transferência para o Porto de Santos. Hoje, com a nova via, leva duas horas", comenta o diretor.
Roberto conta que a Trafti espera crescer este ano, seu primeiro de fundação, 15% nas operações. Para o segundo semestre, a empresa planeja fazer investimentos em frota e anunciar novidades. Atualmente, a operadora realiza serviços logísticos e de transportes para clientes como a Nestlé, a Phillips, a Procter&Gamble e a Unilever.
FONTE: Transporta Brasil

DER vai construir nova ponte na rodovia Abrão Assed. Obra deverá custar R$ 7 milhões e demorar quatro meses

O Departamento de Estradas e Rodagem (DER) inicia nesta terça-feira (18), a construção de uma nova ponte sobre o rio Pardo, no quilômetro 20 da Rodovia Abrão Assed (SP-333), entre Serrana e Cajuru. O trecho está interditado desde a noite da última quinta-feira (13).
Segundo informações do DER, a interdição do local foi feita após a identificação de danos em uma das vigas de estruturação, o que causou rachaduras em toda a extensão da ponte.
De acordo com o relatório dos engenheiros do DER, a ponte atual não comporta recuperação. A construção de uma nova ponte será feita em caráter emergencial. O investimento será de R$ 7 milhões e a obra deve demorar cerca de 120 dias.
Desvios
Segundo o DER há duas rotas alternativas para desviar do trecho interditado. Quem vem de Serra Azul, deve virar esquerda no anel de Serra Azul para seguir pela vicinal que vai para São Simão, depois pegar a SP-253 até Santa Rosa de Viterbo e pegar a vicinal até Cajuru.
Quem sair de Serrana, deve pegar sentido Altinópolis pela vicinal, pegar a SP-351 em direção a Santo Antonio da Alegria e lá se dirigir a Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338) em direção a Cajuru.
As rotas acrescentam de 20 km a 30 km no trajeto.
A rota por estrada de terra, mais curta e que está sendo bastante utilizada pelos motoristas não é aconselhada pelo DER.
FONTE: EPTV

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Incêndio coloca à prova logística do Ponto Frio

O incêndio que atingiu o centro de distribuição (CD) do Ponto Frio em Guarulhos na quarta-feira passada queimou quase R$ 50 milhões em mercadoria. O estoque perdido corresponde a quase 15 dias de vendas.
Tanto o estoque quanto o imóvel, alugado, estavam cobertos por seguro: não houve perda financeira. A causa do incêndio ainda não foi identificada.
O fogo consumiu móveis, colchões e eletrodomésticos da linha branca. "Menos de 5% era televisão. Se faltar TV na Copa, não será por conta do incêndio", brinca o vice-presidente executivo do Grupo Pão de Açúcar, Hugo Bethlem.
Para garantir a continuidade das entregas e não afetar vendas futuras, o grupo, que adquiriu o Ponto Frio em 2009, acionou seu comitê de gerenciamento de crise.
Cinquenta executivos se envolveram na tarefa de montar uma distribuição alternativa, dar assistência e realocar os 130 funcionários em outros centros.
Coube ainda ao comitê monitorar a web. Foram 1.800 posts no Twitter em dois dias. Quando surgia algum consumidor preocupado com a sua entrega, a empresa enviava uma resposta personalizada. "Mas a maioria dos posts era de piadas e trocadilhos. Faz parte da natureza irreverente do mundo digital", conta.
Na manhã da sexta-feira, a atividade do CD de Guarulhos já estava totalmente absorvida por outros três centros do grupo. Segundo o executivo, houve atraso em apenas 60 entregas -menos de 1% do total de pedidos em aberto até às 16 horas de quarta-feira, pouco antes de o incêndio começar.
FONTE: Folha de São Paulo

domingo, 16 de maio de 2010

Qual é o valor da Logística para a sua empresa?, POR Barbara Moya*

A área de logística é uma das mais estratégicas para o sucesso dos negócios, principalmente na área de distribuição. A sua atuação deve ser precisa e rentável, com processos bem definidos e profissionais capacitados.
A logística é dividida em dois tipos de atividades, as principais e as secundárias. As principais são: Transportes, Manutenção de Estoques e Processos de Pedidos. Já as secundárias são: Armazenagem, Manuseio de Materiais, Embalagem, Programação de Produtos e Sistema de Informação. Todas essas atividades fazem parte do custo da Logística e esse custo influência na formação de preço. Quanto mais enxuto, mais competitividade e melhor rentabilidade para o negócio.
Nesse cenário, a movimentação de estoques e sistemas pode ser feita por um sistema de ERP integrado com todos os departamentos da empresa, que oferece informação em tempo real, principalmente para a logística, gerando eficiência no processo. Outro item é integrar ao sistema a leitura de código de barras dos produtos, na entrada e saída, o que facilita a sua rastreabilidade, para controle de estoque e controle de retorno de mercadoria para a assistência técnica. O controle de movimentação de itens e volumes de despacho para transportadoras também pode ser controlado pelo sistema de ERP.
Outro fator é a expedição, em que o faturamento dos pedidos podem ser realizados pela logística, onde a nota fiscal deve ser impressa após separação e conferência dos itens, que garantem a disponibilidade, orientam a transportadora responsável e finalizam o romaneio do processo para registro e acompanhamento de todos com facilidade pelo sistema. Assim, ganha-se eficiência e agilidade nas informações.
Gestão de estoques é fundamental no processo, em que devemos considerar, acima de tudo, a manutenção do estoque, fora a sua conferência. Para evitar falhas, o ideal é a realização de inventário geral, no mínimo a cada seis meses e contagem diária de itens por amostragem, para manter a confiabilidade de registro disponível no sistema. O endereçamento dos produtos deve ser atualizado de acordo com a sua rotatividade e vida útil. É importante, ainda, que a limpeza do galpão seja regular e realizada por um profissional especializado e dedicado.
O layout do armazém é outro fator que influencia o funcionamento da logística, pois é a maneira como as áreas de armazenagem estão organizadas, que deve ser de forma a utilizar todo o espaço existente da melhor maneira, verificando a coordenação entre operadores, equipamentos e espaço. Sua proposta deve ser minimizar a distância total percorrida com uma movimentação eficiente entre os materiais, maior flexibilidade e custos reduzidos de armazenagem.
Dentro dos subprocessos, está incluída a Gestão de Transporte, pois o seu custo é de vital importância para redução dos gastos da logística, seja ele próprio ou terceirizado. O acompanhamento, a conferência e a negociação devem ser contínuas, visando reduções, analisando o seguro da mercadoria, qualidade de atendimento e tempo de entrega ao cliente.
Nesse contexto, outro item essencial é o pós venda ou o RMA, um processo que deve integrar a logística, para conferência da entrada do produto - para ter certeza da avaria e de ter sido fornecido pela empresa, rastreando pelo sistema e alocando esse produto em local apropriado para não misturar com novos produtos. Também deve haver o controle da saída do produto novo para o cliente e a saída para o fornecedor fazer a troca, mesmo se estiver dentro do procedimento da empresa. O profissional para atendimento desse processo com o cliente deve ser dedicado e utilizar o sistema de ERP da empresa, avançando para a logística e seguindo as normas de RMA (retorno de mercadoria autorizada). Com isso dá para medir o seu índice, valor de estoque de produtos com defeitos e quais produtos geram mais problemas, por exemplo.
Dentro de tudo o que foi descrito, acima de tudo a logística deve ter a segurança como fator principal, pois é o departamento mais visado da empresa, porque armazena produtos que chamam atenção, que podem ser roubados, gerando prejuízos. Assim, o primeiro passo é analisar o local de armazenagem e a segurança que oferece. Além disso, ter uma segurança, própria ou terceirizada é uma boa medida para prevenir transtornos. A segurança interna da logística também é importante a fim de evitar furtos.
Tendo em vista todos os fatores mencionados, é possível perceber o quanto a logística é essencial para garantir o sucesso dos negócios e o seu crescimento. Ficam as sugestões e uma dica: dê a sua logística o valor que ela realmente tem, ou esse valor vai comer seus lucros. Faça as contas!
Barbara Moya - tem 16 anos de experiência no mercado de tecnologia, sendo 13 deles em distribuição. Atualmente, dirige a Moya Consultoria e atua como Consultora de Negócios para TI e Telecom, com foco em alinhamento comercial e de marketing para indústria, comércio e serviços.
graziela@comunicacaovertical.com.br
FONTE: Logweb

AVANÇOS EM LOGÍSTICA, POR PEDRO BRITO*

Os avanços conquistados nos últimos anos com relação à logística dos transportes são notáveis em nosso país. Há melhorias nos setores de infraestrutura, nas áreas de energia e comunicação, por exemplo, e no setor energético.
No entanto, ainda há muito o que melhorar. O setor de transportes aquaviários é um dos que clama por mais investimentos e organização.
A busca pela melhoria em infraestrutura, aliás, é uma necessidade de toda a sociedade, especialmente em um ano em que teremos eleições.
É pungente que tenhamos investimentos em setores diversificados da economia brasileira, com destaque para as áreas que estão defasadas e que gritam por investimentos.
Como consta do Programa Nacional de Logística Portuária (PNLP), a matriz de transportes do país tem que ser modificada. Nossos custos de logística estão entre os mais elevados do mundo e correspondem a 15,4% do PIB, de acordo com o estudo "How to Decrease Freight Logistics Cost in Brazil" (como reduzir custos com logística de transporte no Brasil), publicado em fins de 2008 pelo Banco Mundial (Bird).
Esse número é quase o dobro do americano (8,5%), e, segundo o próprio Bird, pode chegar a até 18% de todo o PIB nacional, o que representa custos da ordem de US$ 290 bilhões.
Mesmo assim, o país entrou em 2010 com uma ótima notícia sobre logística, também divulgada pelo Banco Mundial. Segundo o Índice de Desenvolvimento Logístico deste ano, o Brasil pulou da 61ª posição, desde a última divulgação do índice, em 2007, para a 41ª posição neste ano.
Subimos 20 posições em apenas três anos, e estamos em primeiro lugar na América Latina, à frente de países como México, Argentina e Chile.
O Índice de Desempenho Logístico avalia desempenhos em eficiência de processos de liberação nas transações alfandegárias; infraestrutura; simplicidade e disponibilidade para embarques; competência de logística; rastreamento e acompanhamento de cargas; custos de transporte, armazenagem e manejo de cargas e rapidez e economia de tempo.
Em 2007, foram 150 países analisados; em 2010, esse número subiu para ra 155 nações estudadas.
O intervalo entre as duas divulgações do índice pelo Bird (2007-2009) coincide exatamente com o período em que a Secretaria Especial de Portos (SEP) está funcionando.
Criada em 2007 como uma secretaria com status de ministério, o órgão tem obtido resultados muito positivos no desenvolvimento de políticas de logística para o setor portuário.
Usando esse mesmo intervalo, para efeito de comparação, as exportações brasileiras cresceram 11% no período de 2007 a 2009, apesar da retração de demanda externa em função da crise financeira.
A movimentação apresentou resultados surpreendentes em Santos, o maior porto da América Latina, em um período entre 2004 e 2008. Em apenas quatro anos, passou de 60 milhões de toneladas para 80 milhões de toneladas movimentadas.
Os investimentos públicos e privados em infraestrutura portuária, no período, não pararam. Entre 2007 e 2009, foram aplicados pelo governo federal mais de R$ 2 bilhões, enquanto a carteira de investimentos privados conhecidos, entre 2007 e 2015, supera US$ 5 bilhões.
Ao fazer uma análise cuidadosa e criteriosa do documento produzido pelo Bird, vemos que as maiores deficiências do setor portuário não estão em problemas de infraestrutura ou de competência logística.
Enfrentamos mais problemas em questões relacionadas ao impacto negativo da burocracia e diversos processos que dificultam o desembaraço de mercadorias importadas e o embarque de produtos para o exterior.
Se resolvermos essas questões burocráticas, certamente poderemos pular mais 20 posições na divulgação do próximo Índice de Desenvolvimento Logístico.
Para isso, é necessário que haja investimentos em inteligência logística e em todos os modais, para que o desenvolvimento seja sustentável, de longo prazo e que traga retornos positivos para o país, como a melhoria nos padrões de competitividade e o auxílio no crescimento da economia.
* Pedro Brito é ministro-chefe da Secretaria Especial de Portos (SEP)
FONTE: Divulgação