sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Brado investirá R$ 1 bilhão em cinco anos

A recém-criada Brado Logística nasce com um plano de investimentos de R$ 1 bilhão para os próximos cinco anos. Braço para transporte de contêineres da América Latina Logística (ALL) - que tem 80% de seu capital -, a empresa surge da fusão com a Standard, firma especializada no transporte de refrigerados que, assim como a ALL, tem sede em Curitiba. Com a nova companhia, a ALL quer chegar a 12% do mercado nacional de contêineres já no primeiro ano de operação, desenvolvendo o uso do modal ferroviário para clientes de pequeno e médio porte.
"Nossa participação no mercado de contêineres é muito baixa. Além de investimentos específicos, vamos oferecer nível e variedade de serviços inéditos no mercado brasileiro, possibilitando o acesso ao modal ferroviário para clientes que não o utilizam atualmente", disse ontem o presidente da ALL, Paulo Basílio, durante conferência com analistas de mercado e investidores. Segundo dados da própria companhia, o mercado nacional é de cerca de 4,3 milhões de contêineres. Deste total, 2,6 milhões de contêineres estão na área de atuação da ALL. A companhia tem hoje 2% desta parcela do mercado e estima que é possível chegar a 50% com a nova empresa.
A Brado vai investir em vagões e locomotivas, além de melhorias e ajustes na via permanente e na construção de terminais intermodais. Um dos projetos pioneiros da empresa é operar vagões "double stack", que empilham dois contêineres. "Esse investimento estabelece as bases para a companhia dar um salto tanto no volume de transporte quanto no perfil de serviços oferecidos. Estamos dando o primeiro passo para construir a maior empresa de logística de contêineres do Brasil", diz o diretor-presidente da Brado, José Luis Demeterco Neto, que fundou e era o presidente da Standard.
Gestão - A Brado terá gestão completamente independente. O superintendente de relações com investidores da ALL, Rodrigo Campos, disse aos investidores que a estrutura de capital para investimentos da Brado será definida nos próximos meses, incluindo financiamento e mercado financeiro - em parcelas equivalentes de emissão de dívida e ações. A companhia espera um retorno sobre o capital empregado acima de 30%. "A empresa terá flexibilidade para acelerar ou reduzir o ritmo de investimentos de acordo com a velocidade de crescimento do seu market share."
Campos destacou ainda que a negociação vai permitir à ALL um volume adicional de negócios que, sozinha, ela não teria condições de receber. Os contratos já fechados entre a controladora e a Brado preveem que os investimentos sejam feitos pela nova empresa, que terá, em contrapartida, o direito de transportar pela ferrovia a preços competitivos mais um porcentual de desconto.
A Standard tem hoje cerca de mil funcionários e cinco terminais intermodais, cinco complexos logísticos de cargas frigorificadas e um porto seco no interior de São Paulo. Agora, a Brado assume também a gestão dos terminais de contêineres já existentes na malha da ALL - em Porto Alegre, Uruguaiana (RS), Araucária (PR) e Tatuí (SP), além dos contratos de transportes de contêineres já assinados pela ALL. "A sinergia fortíssima entre as empresas fica clara quando vemos o mapa de ativos de cada uma. Estamos unindo a cultura e gestão da ALL com a experiência e know-how da Standard no segmento de logística de contêineres", completa Basílio.
FONTE: Gazeta do Povo - PR

Santos quer maior capacidade de carga

O atual limite do porto de Santos é definido por duas linhas imaginárias paralelas. A proposta de criar uma poligonal é uma forma de fechar esse desenho para incorporar sobre tudo a área conhecida como Barnabé Bagres (localizada mais ao fundo do canal de navegação, na direção de Cubatão). A região abrirá uma nova fronteira para a instalação de terminais portuários - que, uma vez dentro do porto organizado, e portanto sob jurisdição da Codesp, poderão ser arrendados à iniciativa privada.
Barnabé Bagres quase dobrará o tamanho do porto, mas não a capacidade operacional, pois nem todo espaço poderá receber atividade portuária devido a limitações ambientais. Conforme entrevista concedida ao Valorem setembro deste ano, o presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, José Roberto Serra, estimou que a nova região tem cerca de 7,8 milhões de metros quadrados, mas pouco mais da metade poderá receber atividade portuária, pois a região é de mangue.
A Codesp diz que não comentará o processo de demarcação dos novos limites do porto até a Secretaria de Portos se pronunciar sobre o acórdão da Antaq. Mas o Valorapurou que a recusa da agência em aceitar o pedido de incluir a base aérea (na margem esquerda, Guarujá), acatando o pleito da Aeronáutica, assim como excluir a área no Valongo (margem direita, Santos), em nada frustram os planos de ampliação de Santos diante do gigantismo de Barnabé Bagres. "É inócuo", disse uma fonte.
A autoridade portuária recebeu três propostas da iniciativa privada de projetos para exploração de Barnabé Bagres, nos termos admitidos pelo decreto 6.620/08. As modelagens são diferentes entre si. Conforme Serra já havia adiantado, haverá um "múltiplo uso", pois o porto precisa de mais áreas para movimentação de granel (líquido e sólido), mas não carece de novos empreendimentos para contêineres levando em conta a entrada em operação dos terminais da Embraport, Brasil Terminal Portuário (a médio prazo) e a ampliação dos existentes. Atividades de apoio a plataformas offshore, supply boat e estaleiros também devem ser contemplados na ocupação de Barnabé Bagres.
O Valortambém apurou que a SEP estudou a possibilidade de a área da base aérea receber um terminal para movimentação de contêineres. A prefeitura de Guarujá nega que tenha recebido alguma consulta.
Já a exclusão da Ilha Diana do novo desenho é encarada como razoável. Na comunidade, localizada na margem esquerda do porto, vivem 45 famílias, aproximadamente 250 pessoas, cuja atividade principal é a pesca artesanal. "Estar dentro do limite de porto organizado não significa que ali só se faz atividade portuária, mas não podíamos deixar essa dúvida. Para que não pairasse nenhum questionamento futuro, foi solicitada a exclusão", explica o presidente do Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos, Sérgio Aquino. Aquino, que também é secretário de Assuntos Portuários e Marítimos de Santos, explica que a ideia foi trabalhar os novos limites de maneira estratégica. "Quando nós analisamos os limites que a Codesp apresentou tínhamos uma necessidade de excluir duas questões e incluir uma outra."
Além de parte da Ilha Diana, outro pedido de exclusão é de uma área da margem direita do Canal de Piaçaguera que está em fase de discussão no plano diretor do município. "Não significa que aquilo não será um dia porto organizado, porque não há óbice para isso", diz Aquino.
Por fim, o município solicitou a inclusão de parte final da Alemoa, visto que o bairro industrial de mesmo nome já está todo dentro dos atuais limites. "Entendemos que existe uma viabilidade muito grande de desenvolvimento de negócios tanto portuários quanto de apoio offshore daquela região. A Antaq entendeu isso de forma positiva", diz o secretário.
FONTE: Valor Economico

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Futura ministra diz que ferrovias são fundamentais para melhorar a logística do país

A atual coordenadora-geral do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e futura ministra do Planejamento no governo da presidenta eleita, Dilma Rousseff, Miriam Belchior, afirmou hoje (17) que o transporte ferroviário é fundamental para a logística do país.
"Por isso, o governo Lula retomou os investimentos em ferrovia", disse, durante entrevista a emissoras de rádio no programa Brasil em Pauta, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a EBC Serviços. Segundo ela, mais de 900 quilômetros de ferrovias foram construídos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Ela admitiu problemas nas obras da Ferrovia Norte-Sul em pelo menos cinco lotes - três em Goiás e dois no Tocantins - causados por uma troca de empresas. As mudanças provocaram atrasos na entrega de trechos previstos para serem inaugurados ainda este ano. A nova previsão é que essas obras sejam concluídas em abril de 2011. A coordenadora do PAC se referiu à ferrovia como "a espinha dorsal" do transporte ferroviário brasileiro.
"Um dos grandes legados do PAC 1 é exatamente o aumento das ferrovias. Estamos fazendo não só o prolongamento da Norte-Sul, mas temos obras em andamento na Transnordestina e na Ferrovia Oeste-Leste", disse. "Dilma dará continuidade à execução dessas obras. Vai ter geração de emprego e de renda muito grande e isso vai contribuir de forma efetiva para a continuidade do desenvolvimento", completou.
FONTE: Agência Brasil

Classe C lidera compras virtuais

Com os comércios e shoppings lotados na época do Natal, realizar compras online é uma alternativa cômoda e ágil para quem não tem tempo a perder. É o momento em que mais consumidores aderem a essa modalidade. A praticidade, segurança e agilidade das lojas virtuais ganham a confiança e conquistam os consumidores que preferem otimizar o tempo e ter a facilidade de receber as compras em casa.
A melhor data do ano para o varejo deve ser, também, a melhor época para o comércio eletrônico. De acordo com pesquisas recentes, o Natal de 2010 será o melhor dos últimos dez anos, principalmente por causa do aquecimento econômico e a ascensão das classes C e D.
Dados de uma pesquisa realizada pela plataforma digital MoIP - empresa de pagamentos online - para detalhar os hábitos de consumo do brasileiro na internet indicam uma forte presença de consumidores das classes C e D nas compras online. Segundo o levantamento, realizado entre setembro de 2009 e julho de 2010, 52% dos e-consumidores são da classe C e 29% da classe D.
O grupo desses novos consumidores é formado por pessoas de variadas faixas etárias, com destaque para os adultos que nasceram antes da internet e que optaram por adquirir o hábito de comprar via web, além dos jovens da geração digital, que praticamente não têm outra alternativa a não ser aderir à prática.
Com o mercado em plena expansão, a Direct Express, maior empresa privada do segmento no país, termina o ano com um crescimento de 50% em relação ao ano passado, totalizando quase 10 milhões de entregas e faturamento previsto em 130 milhões de reais. Para conseguir prestar o melhor serviço e garantir todas as entregas de Natal, a empresa investiu na abertura de novos centros operacionais em 2010, como os de Campinas (SP), Jacarepaguá (RJ) e na ampliação de outros como os da Zona Norte (SP), Brasília e Salvador. São 13 centros operacionais próprios que chegam a atender até 80% de toda a demanda e mais 70 terceirizados.
No período do Natal - 20 de novembro a 20 de dezembro, a empresa prevê um crescimento de 40% em relação a 2009, o que mostra claramente a nova opção de compras do brasileiro. Serão movimentadas cerca de 50 mil remessas por dia e a Direct Express já dispõe de tecnologia própria para não deixar ninguém na mão. Sistemas de rastreamento, monitoramento e abastecimento de informações em tempo real permitem que o cliente saiba detalhadamente onde se encontra a entrega, e também permite auxiliar os couriers com possíveis problemas de não localização ou ausência do cliente. Essa plataforma tecnológica via WAP possibilita uma queda substancial no insucesso das entregas para menos de 0,5%, já que através desse rastreamento é possível realizar até três tentativas de entrega no mesmo dia de um único pedido.
Dados do e-bit, empresa de monitoramento do mercado eletrônico, prevêem um aumento de 35% nas compras on line somente no segundo semestre de 2010 e esperam alcançar um faturamento de R$ 7,6 bilhões. No primeiro semestre deste ano o aumento nas compras no e-commerce foi de 40% em relação ao mesmo período de 2009.
Dispondo de toda sua estrutura logística e tecnológica, e parceira de players como B2W (Americanas.com, Submarino e Shoptime) e Flores Online, Carrefour, NetShoes, Saraiva.com, Comprafácil, etc, a líder no segmento de entregas das vendas online está preparada para atender o aumento da demanda do final de ano, sem comprometer a eficácia nos prazos.
FONTE: Divulgação