sábado, 24 de abril de 2010

Logística da Vale receberá R$ 60 mi

Em busca de modernidade e eficiência, a área de logística da Vale investirá neste ano R$ 60 milhões no desenvolvimento e aplicação de tecnologias inovadoras para as ferrovias de carga pesada - Vitória a Minas (EFVM) e Carajás (EFC) - e nos portos.
Conforme informações da empresa, o principal investimento será feito em novos equipamentos para operação de locomotivas, por meio de comando remoto e o “helper dinâmico”, tecnologia inédita entre as ferrovias brasileiras, que auxilia nas operações em trechos de aclive.
“Procuramos buscar o que há de melhor em termos de tecnologia no mercado para modernizar nossas ferrovias e portos e também adaptar tecnologias para a realidade das ferrovias de carga pesada, o que não é típico na indústria”, contou Humberto Freitas, diretor de Operações Logísticas da Vale.
Na área portuária, o segmento de logística da Vale criou um sistema de inteligência artificial que permite a todas as máquinas empilhadeiras e recuperadoras - usadas para transferir o minério do pátio para as correias transportadoras, até o navio - operarem de forma remota.
O sistema funciona por meio de um software que possibilita o comando à distância das máquinas, a partir do Centro de Controle e Operações do Porto. A companhia investiu R$ 9 milhões na inclusão da solução no Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, no Maranhão.

Na prática

O Centro de Controle e Operação dispõe de um terminal de comando próprio para os operadores. Desta forma, eles não precisam se deslocar quando é necessário trocar de máquina, basta acionarem um comando.
O sistema de operação e layout dos terminais é o mesmo adotado em grandes portos europeus, como o de Roterdã, na Holanda, revela Freitas. “A partir de câmeras e sensores instalados nas máquinas, conseguimos levar operadores até um ponto distante dos equipamentos, para que tenham visão do pátio como um todo e operem de forma remota”, explica.
Segundo empresa, a Vale é a primeira no Brasil e ter um terminal portuário com todas as máquinas de pátio operando em modo remoto.

Inovação

Parte do recurso anunciado pela Vale foi aplicado no sistema de “helper dinâmico”, locomotiva que se acopla ao trem em movimento, auxiliando nas operações ferroviárias em aclives. Nesse caso, o trem pode ser acoplado a locomotiva em movimento, por meio da aproximação dinâmica.
A companhia estima um ganho de até 5% no consumo de combustível, já que os momentos de maior consumo são as paradas e frenagens dos trens. “Trata-se de tecnologia de ponta, de um processo muito mais eficiente em termos de energia, e que nos orgulha muito”, diz o executivo.
Com investimentos de R$ 2,5 milhões, a Vale inaugurou, em março, um simulador de trens, considerado o mais moderno do mundo, no CEL (Centro de Excelência em Logística), em Vitória (ES).
O equipamento possibilita a reprodução fiel das malhas ferroviárias da Vale em tecnologia 3D e recebeu investimentos da ordem de. O objetivo é treinar maquinistas com uma tecnologia de ponta totalmente brasileira, que resultará em mais segurança nas operações, economia de combustível e redução de desgaste das locomotivas e vagões.
Fonte:Escrito por Redação Webtranspo

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Aumento da frota nacional traz problemas novos aos seguros

Entre 2008 e 2009, a frota de veículos segurados aumentou de 11,3 milhões para 12,8 milhões. A sinistralidade também cresceu em 2009, período em que foram regulados 2,1 milhões de sinistros. Segundo o diretor da Bradesco Seguros, Fernando Cheade, esse crescimento gerou uma situação nova ao setor de seguros, que é a falta de capacidade das oficinas de reparação em atender a demanda crescente. "Serviços que eram executados em curto prazo, atualmente, demoram 30 dias, 60 dias ou mais. Esse é um ponto de gargalo que tende a aumentar", prevê.
Cheade foi um dos palestrantes do Seminário "Considerações sobre Sinistros Massificados", realizado pela Associação Paulista dos Técnicos (APTS), em 13 de abril, no auditório do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (Sindseg-SP), sob a coordenação de José Roberto Macéa, diretor da Jopema Reguladora de Sinistros.
Outro problema gerado pelo aumento da frota de veículos, de acordo com o diretor da Bradesco são as conseqüências ambientais do descarte de veículos velhos. "Temos de pensar agora na correta destinação e reciclagem de veículos, porque no futuro teremos lixões de peças e resíduos a céu aberto", alerta.
O superintendente da Mapfre Seguros, Rogério Esteves Alves, que também participou do evento, disse que a explosão na venda de veículos entre o final de 2008 e o início de 2009, provocou um aumento vertiginoso na sinistralidade da carteira, com a maioria de casos de roubo e furto e de perda total dos veículos, entre os meses de janeiro a março de 2009.
Ocorre que, especificamente naquele período, a tabela Fipe, utilizada pelo setor como referência para o pagamento de indenizações de sinistros de automóveis, estava defasada em relação ao preço de mercado dos veículos. "Algumas concessionárias colocavam faixas, avisando que os preços de venda dos automóveis estavam abaixo da tabela Fipe", recorda-se.
Rogério Alves concluiu que a defasagem da tabela Fipe influenciou no crescimento do volume de fraudes, provocando um aumento de sinistralidade na carteira. "Naquela fase, o sinistro era lucrativo para os fraudadores", observou. Para ele, o mercado de seguros precisa refletir quanto ao seu preparo em enfrentar situações como esta. "Precisamos aperfeiçoar os métodos de combate à fraude", disse.
A advogada Angélica Carlini tocou em outro ponto importante, que são os conflitos na relação entre segurados e seguradoras por conta do seguro perfil em automóvel. Desde que foi implantado no país, na década de 90, o seguro perfil tem gerado conflitos entre segurado e seguradora.
Respostas inexatas sobre fatos que poderiam influenciar na aceitação da proposta ou a omissão de informações têm causado a negativa ao pagamento de sinistro, em muitos casos.
Para a advogada Angélica Carlini, seria importante esclarecer ao consumidor de seguros que o risco é mensurado de acordo com suas respostas. "O segurado não sabe, mas cada resposta sua representa um impacto no valor do prêmio", disse. A indicação de oficinas credenciadas é outra situação que, segundo ela, precisa ser mais bem esclarecida ao segurado.
Ela acredita que se o segurado fosse conscientizado sobre as vantagens de utilizar uma oficina credenciada, entre as quais a de ter a garantia da seguradora dos serviços prestados, então não teria do que reclamar. "Temos de eliminar o déficit de informação", disse.
FONTE: Midiaseg

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Rodoanel atrai centro logístico com aporte de R$ 250 milhões

O setor de logística verá no mês de setembro deste ano o surgimento de mais um centro de distribuição e armazenagem para oferecer serviços terceirizados em São Paulo, próximo ao Rodoanel. Com aportes médios de R$ 250 milhões, além do Parque Logístico Imigrantes, aberto na região na semana passada, agora a empresa Racional Engenharia irá concluir a primeira etapa da construção de seu condomínio logístico, o Centeranel Raposo, que contará com uma área de 180 mil metros quadrados e está localizado no quilômetro 20 da Rodovia Raposo Tavares.
Depois da inauguração do Parque Logístico Imigrantes, na semana passada, que também está localizado próximo ao Rodoanel, em setembro será a vez de o Centeranel Raposo entrar em operação. "Seus 180 mil m² oferecerão às empresas os mais arrojados conceitos de recebimento, armazenagem e distribuição de produtos, e flexibilidade na locação de espaços", comentou Erika Matsumoto, gerente executiva do núcleo de desenvolvimento de negócios da Racional.
O empreendimento, também irá explorar o complexo Mário Covas, que segundo o governador do Estado de São Paulo, Alberto Goldman é uma construção exemplar para o País. "O Rodoanel é um exemplo de construção que reflete os interesses do País, pois somente assim conseguiremos construir uma sociedade mais justa e com mais qualidade de vida para todos", afirmou Goldman semana passada.
Além desta obra, a empresa Racional Engenharia, com 39 anos de mercado, e mais de 500 obras concluídas, já estuda criar um novo condomínio logístico em Campinas (SP) que se chamará Centeranel Viracopos. No entanto, a empresa disse que o projeto ainda é bastante embrionário, e não tem mais detalhes sobre a sua implantação.
A Racional também será a responsável pelo início da reconstrução do Teatro Cultura Artística em São Paulo. Em outros nichos, ela também foi a mentora das obras, em São Paulo, do Shopping Vila Olímpia e da ampliação do Shopping Morumbi, além da Criação da fábrica da Wickbold em Hortolândia, no interior paulista.

Carga aérea

No setor de logística aérea, a concorrência ainda não é representativa para a Absa Cargo Airline, a empresa brasileira líder no mercado de carga aérea no Brasil, com sede no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Ela vai incorporar no 4º trimestre deste ano mais uma aeronave, um Boeing 767-300F, a sua frota. Com a entrada em operação da nova aeronave, com capacidade para até 57 toneladas de carga, a Absa aumentará em 50% a capacidade do volume transportado. Atualmente, a Absa tem dois Boeing 767-300F.
Segundo a direção da companhia, o cargueiro, incorporado na modalidade leasing, vai dar suporte a toda malha internacional já atendida pela Absa e sustentabilidade aos projetos de crescimento da malha doméstica. Atualmente, a rota São Paulo - Manaus - São Paulo, que marcou o retorno da Absa ao mercado interno, detém 34% de participação no mercado doméstico.
Visando a manter seu plano estratégico de crescimento, a Absa aguarda a chegada do primeiro Boeing 777-200F para sua frota em meados de 2012. Cargueiro da nova geração, moderno, projetado para ter maior capacidade, eficiência, menor consumo de combustível e autonomia de voo, a aeronave apresenta também uma série de benefícios ambientais, como a redução de emissões e ruídos.
O Boeing 777-200F será o primeiro, dessa categoria, entregue a uma companhia aérea brasileira, e vindo direto da fábrica. A expectativa da companhia é de que em dois anos dobre sua capacidade de transporte de carga, oferecendo ao mercado boas opções.
A Absa foi fundada em 1995. Além da matriz, em Campinas, a empresa mantém filiais nos principais aeroportos do País. A frota própria da Absa conta com dois cargueiros Boeing 767-300F, com capacidade para transportar até 57 toneladas por viagem, incluindo itens como produtos perecíveis, animais vivos e artigos controlados. Em cooperação com outras conceituadas empresas no mundo da aviação, a Absa integra uma aliança estratégica de carga aérea com Lan Cargo, Mas Air e Lanco que lhe garante oferecer uma das mais amplas malhas de destinos do mercado de exportação e importação.
Fonte: DCI - SP

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Primeiro condomínio logístico de Ribeirão Preto, SP, está quase pronto

As empresas Halna, JBens e EWP informam que o condomínio logístico Park X, o primeiro do gênero instalado em Ribeirão Preto, SP, está na etapa final de construção e no início de comercialização dos galpões.
O empreendimento, que começou a ser erguido no ano passado, exigirá investimento de R$ 85 milhões. O terreno fica no km 317,5 da Via Anhanguera, distante apenas 2 quilômetros do aeroporto Leite Lopes, numa área de quase 200.000 m² junto ao trevo de ligação com o centro da cidade.
De acordo com os empreendedores, o Park X será formado por galpões logísticos com metragem flexível, a partir de 1.186 m² até 17.100 m². A área construída total será da ordem de 67 mil m².
"O projeto apresenta tecnologia de ponta quanto às características técnicas, operacionais e os parâmetros considerados pelos melhores operadores logísticos globais", afirma Wilson Pompílio, da EWP, a construtora responsável pela obra.
Já Arnaldo Halpern, que dirige a Halna Empreendimentos, revela que ainda há espaço para a entrada de novos investidores no empreendimento. "Criamos um fundo imobiliário para gerir o Park X e as empresas ou investidores aptos a aderir serão bem-vindos".
Jorge Manubens, diretor da JBens Participações, reforça que a expectativa das empresas é pela rápida comercialização dos galpões, antes mesmo da conclusão das obras. "Temos um produto com preço altamente competitivo se levarmos em conta a carência por espaços logísticos na cidade", acredita.
Segundo o diretor da Cushman & Wakefield, Mário Sérgio S. Gurgueira, o trabalho de implantação do novo condomínio consumiu cerca de um ano, "somente para a identificação de um terreno compatível à demanda apontada pela pesquisa". Pesaram na escolha, sobretudo, a localização junto ao acesso direto para a rodovia Anhanguera e a um anel viário recém-concluído, recursos considerados essenciais para operadores logísticos.
A comercialização e a administração do Park X estão sob responsabilidade da Cushman & Wakefield, que conta com parceria da Fortes Guimarães na comercialização.
FONTE: DCI - SP