sábado, 17 de abril de 2010

Seis competências essenciais para a nova realidade das empresas

Enquanto, e lamentavelmente, uma parcela expressiva das empresas, cooptou por todos os novos apetrechos e ferramentais do wikiworld - única e exclusivamente para se mostrar moderna, esquecendo-se de jogar a velha moldura fora, como recomendou Drucker, muitas evoluem de forma consistente e verdadeira em novas práticas, comportamentos e relações.
Dentro dessa 'nova realidade' que já caracteriza o novo mundo dos negócios, demonstrar de forma cabal competências específicas é essencial. Confira abaixo seis destas competências:

1 - Confiança

Não existe uma segunda maneira de se conseguir a lealdade dos clientes que não seja o estabelecimento de uma relação de absoluta e total confiança. Os novos consumidores só permanecerão para sempre junto a marcas em que verdadeiramente possam confiar. Assim como, irão confiar em empresas que em eventuais dúvidas e mal entendidos não percam um único segundo em questionar o desconforto revelado por seus clientes. Hoje, mais do que nunca, o cliente tem sempre razão. Nenhuma empresa é obrigada a atender todas as pessoas que a procuram. Mas, uma vez estabelecida a relação, e tendo demonstrado seu interesse, e a aceita como cliente, daí para frente não existe espaço para discussões. O cliente, mais do que nunca, e sempre, tem razão.

2 - Minha empresa

Estabelecida a relação, o cliente não é mais um. É o Pedro, a Joana, a Paula, o Olavo. De novo como no tempo do freguês de caderneta, passamos a lidar com o cliente igual ao dono do armazém, que fidelizava sua clientela pelo nome, endereço e preferências. Bom dia, Pedro! é tudo o que o Pedro espera ao ingressar na loja onde se considera Cliente. Pessoas querem ser tratadas e reconhecidas no mundo analógico, da mesma forma como são tratadas e reconhecidas no mundo digital. É você, Pedro?

3 - Antecipar-se com Educação

A maior parte dos novos consumidores frequentam redes sociais abertas. Onde as empresas podem acompanhá-los e manterem-se informadas sobre suas manifestações de apreço ou desapreço, conforto ou desconforto, felicidade ou decepção. E nas duas situações, sempre pedindo licença antes de se manifestar, agradecer e recompensar, ou, tentar superar pequenos tropeços, e também recompensar.

4 - Máquina nunca mais!

Pessoas querem falar com pessoas. Um contato humano. Muitas empresas surpreendem seus clientes que ao acessá-las encontram do outro lado da máquina um ser humano, de carne, cara e osso, que fala, ouve, sorri, se revela preparado, educado, cordial, amigo. Pode até não ter todas as respostas mas ouvirá com atenção, vai atrás da solução, e em pouco tempo, responde. URA nem pensar!

5 - Não se terceiriza a mina de ouro

Boa parte das melhores companhias que terceirizaram seus serviços de atendimento ao consumidor estão reconsiderando essa decisão. A terceirização é uma das principais características da sociedade de serviços, o que não quer dizer que tudo, obrigatoriamente, tenha que ser terceirizado. A terceirização física pode até acontecer, mas a gestão, acompanhamento, responsabilidade, e consideração e aproveitamento de todas as informações decorrentes, como diria um certo ministro brasileiro, são "interceirizáveis".

6 - Check-list

Pessoas não se sentem atraídas pelo feio: como está o Design de sua empresa?
Pessoas só reconhecem um Design sedutor e atraente, quando no contexto adequado: em que contexto sua empresa se insere?
Pessoas fogem de desconhecidos até mesmo por segurança: como anda a narrativa de sua empresa?
Pessoas não têm mais tempo para o complicado, difícil, inacessível: como anda a componente lúdica de sua empresa?
Pessoas precisam se sentir queridas e desejadas: sua empresa exala empatia em todos os seus movimentos?
Pessoas exigem a verdade: sua empresa tem autenticidade?
E pessoas, preferem empresas que transcendem: o estilo e personalidade de sua empresa é único e distingue-se do das empresas concorrentes?
Francisco Alberto Madia de Souza (Diretor-presidente do MadiaMundodoMarketing). E-mail: famadia@madiamundomarketing.com.br - www.madiamundomarketing.com.br
FONTE: Portal HSM

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Anos difíceis para os profissionais de logística, por Mauro Roberto Schlüter*

Já vai longe o tempo da "estagflação" na década de 80 e pasmaceira sem perspectiva de crescimento sustentado da década de 90, em que o nosso horizonte de crescimento permanecia estável e sem modificações. Estamos vivendo uma época de ouro e quem diria, o Brasil é a bola da vez no que diz respeito a investimentos em ativos do mercado financeiro e empresarial. Fizemos a lição de casa no tocante a estabilidade financeira apesar do estado continuar a gastar cada vez mais nas suas despesas de funcionamento. Seria ótimo aproveitar este período de crescimento, não fosse um detalhe preocupante: o nosso sistema logístico não está preparado para tal. Qualquer leitor mais atento pode constatar os vários sinais que indicam tempos difíceis para os profissionais de logística. O crescimento da safra vai exigir uma quantidade maior de veículos para garantir o seu escoamento até os portos. O aquecimento da demanda de consumo final promete movimentar todas as cadeias produtivas do país e as importações nunca foram tão elevadas quanto são hoje em dia. Para completar, teremos a copa em 2014 e olimpíadas em 2016. O cenário é auspicioso para todos, mas infelizmente teremos uma grande dificuldade para absorver este impacto positivo por escassez e até falta de recursos logísticos adequados. O lançamento do PAC 2 é mera pantomima eleitoral, uma vez que boa parte do PAC 1 sequer está evoluindo dentro do cronograma previsto. Considerando que a construção de obras de infraestrutura de transportes demanda tempo elevado (da concepção até a efetiva entrega), é de se
esperar que quando forem entregues aos usuários já estarão com sua capacidade de oferta tomada, pois foram planejadas em épocas de crescimento pífio e não de crescimento acelerado como ocorre atualmente. Mas não é apenas a decantada falta de infraestrutura que aponta anos difíceis para os profissionais de logística.
As peculiaridades intrínsecas ao modal rodoviário o colocam na posição de substituto de todos os demais meios de transporte disponíveis. Em situações contingenciais é ele que assume a tarefa de transportar aquilo que os outros modais não conseguem. A falta de motoristas vai complicar a situação de quem já utiliza o modal rodoviário e muito mais de quem pretende utiliza-lo como alternativa. Em vista disso, o setor já trabalha com a possibilidade de realinhamento tarifário, portanto teremos aumento nos custos logísticos. Para piorar ainda mais este cenário, foi noticiado que a Vale do Rio Doce reajustou o preço do minério de ferro em média 90%. O minério de ferro é a matéria prima principal da cadeia logística, utilizada para produzir trilhos, guindastes,
caminhões, containeres, navios, locomotivas, etc. e vai causar elevação nos custos logísticos. Um horizonte sombrio se aproxima e vai exigir ao extremo a capacidade e talento dos profissionais de logística para transpor objeções. Será muito difícil manter os custos e o nível de serviço (os objetivos da logística).
Até hoje nunca tinha visto um conjunto tão amplo de pré-condições negativas para
a logística deste país. Prepare-se.

*Mauro Roberto Schlüter

IPELOG
www.ipelog.com
FONTE: O autor

domingo, 11 de abril de 2010

Cosan visa ao exterior com frete e venda direta

A Cosan, maior produtora de açúcar e etanol do Brasil, pretende expandir sua atuação no comércio internacional de açúcar por meio de serviços adicionais como contratação de frete e venda direta ao consumidor final.
Segundo o vice-presidente da Cosan SA, Colin Butterfield, que assumiu o comando da divisão Cosan Alimentos há pouco mais de um mês, a empresa atualmente vende açúcar na modalidade FOB Santos, deixando para as tradings os serviços de transporte e os contatos com compradores no exterior.
- Queremos passar a ser algo mais próximo de uma trading, passar a agregar novas metodologias, novos riscos e novas arbitragens - disse Butterfield durante evento em São Paulo.
Segundo ele, o volume de açúcar negociado pela empresa, em torno de 4 milhões de toneladas, é equivalente ao movimentado por grandes tradings globais. "Hoje, vendemos FOB Santos e as tradings levam para os destinos.
Estamos pensando em como agregar mais valor à nossa commodity." Mantega: inflação controlada O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que a inflação está sob controle no país e disse que a variação de preços do primeiro trimestre refletiu um choque de oferta. Mantega descartou uma inflação de demanda.
"A inflação que tivemos até agora não é de demanda; na minha opinião, é de choque de oferta tecnicamente", disse, em entrevista na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), após palestra.
Ele explicou que as chuvas reduziram a oferta de alimentos e pressionaram seus preços no trimestre. Eles, por sua vez, puxaram a inflação. Mantega considerou que este efeito já está sendo atenuado, citando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,52% em março.
Mantega observou que também houve fatores sazonais no período, como aumento de tarifas de ônibus e de mensalidades escolares. "A perspectiva, inclusive do mercado, é que nos próximos meses a inflação do IPCA estará mais baixa", declarou.
O ministro acrescentou que, do lado da oferta de mercadorias, há disponibilidade suficiente e a indústria tem capacidade de responder à demanda.
FONTE: Jornal do Brasil