sábado, 10 de dezembro de 2011

O perigo da privação de sono do motorista

Pesquisas indicam que sentir sono no volante é tão perigoso quanto dirigir alcoolizado. Para atenuar este grave problema e contribuir com a segurança rodoviária, a Volvo está investindo em projetos e tecnologias que auxiliam os motoristas a ficarem acordados, alertas e no controle.

Um final de noite, o cansaço, a monotonia de uma estrada ampla e longa. Existem muitas razões para um motorista ficar sonolento ao volante. Independentemente da causa, as consequências podem ser devastadoras. A proporção de acidentes causados ​​pelo cansaço dos condutores ​​varia de um estudo para outro, mas normalmente gira entre 15% e 60%. As pesquisas também mostram que este tipo de acidente é muitas vezes mais grave do que as colisões causadas por outros fatores, já que os tempos de reação são retardados.

"Está comprovado que dirigir cansado é tão perigoso quanto dirigir com álcool no sangue", diz Torbjörn Åkerstedt, pesquisador do sono e professor do Karolinska Institutet e da Universidade de Estocolmo, na Suécia, país sede mundial do Grupo Volvo.

Em seus estudos, o professor Åkerstedt coloca pessoas cansadas em um simulador de condução de veículo para estudar como elas reagem ao volante. Muitos dos participantes do teste, após sentirem os primeiros sintomas clássicos de cansaço, como pálpebras pesadas e bocejos, entram no que é conhecido como um microssono, situação em que cochilam por alguns segundos, muitas vezes sem perceber.

Para manter a atenção do motorista e alertá-lo sobre a necessidade de parar para descansar, a Volvo Trucks desenvolveu o Detector de Atenção (DAS), um sistema baseado em sensores que detectam quando o condutor está saindo do curso normal, mudando a direção do veículo. Se o motorista mostra sintomas de cansaço, tais como a condução errática ou irregular, o sistema envia um aviso sonoro e um sinal visual.

Prevenção

“O sistema é invisível caso se esteja dirigindo bem", explica Peter Kronberg, que liderou o desenvolvimento técnico dos DAS para os caminhões Volvo. "Não é algo que irá exigir sua atenção ou distraí-lo desnecessariamente enquanto estiver na estrada. Quando o sistema faz o alerta, é por uma razão muito boa. É para avisá-lo que é um perigo na estrada e que está na hora de você fazer algo a respeito".

A capacidade de condução é afetada de várias maneiras, além das consequências óbvias de cair realmente no sono. "Você raciocina mais lentamente, demora mais para se lembrar das coisas, tem mais dificuldade para aprender coisas novas e responde mais lentamente a estímulos simples", diz Åkerstedt. "As investigações também mostraram que se perde o controle sobre as emoções. Ser emocionalmente instável não é uma característica positiva quando se está atrás do volante, pois prejudica o seu julgamento”, relata o professor.

Motoristas em foco
Um estudo do Comitê Sueco de Segurança do Transporte revelou que 52% dos acidentes envolvendo caminhões pesados estavam relacionados à fadiga, e que, em quase 18% dos casos, o motorista admitiu ter adormecido. Uma pesquisa sobre fadiga realizada em 2009 pela Rede Europeia de Segurança (European SafetyNet Fatigue) revelou que 60% dos condutores de veículos pesados pesquisados tiveram momentos de sonolência ao volante.

Já um estudo finlandês revelou que motoristas de caminhão têm menos probabilidade de adormecer ao volante que outros motoristas, além de estarem envolvidos em menos acidentes por quilômetro percorrido. Porém, devido a grande quantidade de tempo que passam dirigindo, eles são um grupo importante para ser examinado.

O motorista de longo curso dorme, em média, 4,6 noites por semana na cabine do caminhão, segundo pesquisas realizadas pela Volvo Trucks. E quando a empresa pediu para os 2.200 motoristas que participaram da pesquisa priorizar quinze parâmetros diferentes na cabine, no topo da lista apareceu descanso e conforto para dormir.

"Um bom ambiente para o motorista é uma das marcas registradas da Volvo e diz muito sobre um dos nossos valores fundamentais: a segurança", explica Carl Johan Almqvist, diretor de Tráfego e Segurança de Produto da Volvo Trucks. "Um ambiente mal projetado resulta numa menor segurança na estrada, mas um motorista cansado porque dormiu mal é, na verdade, ainda pior”, observa.

Para que o motorista durma melhor e se mantenha mais atento ao volante no dia seguinte, a Volvo redesenhou toda a área de beliche das cabines de seus caminhões. As camas são ajustáveis​​ e há opções de colchões com diferentes tipos de revestimento e de maciez e firmeza para atender as preferências individuais.

A ciência do sono


· O corpo humano tem um ritmo biológico natural que faz com que queira dormir durante a noite. Como resultado, a qualidade do sono é pior quando você dorme durante o dia.

· O cansaço é maior entre às 4h e 6h da manhã.

· Cansaço excessivo durante o dia pode decorrer de exaustão frequente, devido ao trabalho por turnos ou ao sono insuficiente.

· Consulte um médico caso suspeite que existam causas patológicas para sua sonolência diurna.

· Estudos demonstram que é possível armazenar o sono. Obter um bom descanso antes de partir para uma longa viagem é uma boa ideia.

· Um condutor cansado reage mais lentamente e leva mais tempo para detectar perigos que se aproximam, como obras nas estradas e passagens de nível.

· O cansaço prejudica tanto a sua capacidade de processar informação, como a sua função de memória de curto prazo.
FONTE: Imprensa Volvo

Logística é mais (bem mais) que Transporte! por Frederico Bussinger *

Logística é uma das novas palavras da moda. Tão na moda que raramente está desacompanhada: é logística disso, logística daquilo... logística de alguma coisa! Do que se trata?

Muitas vezes verbaliza-se logística para se referir, apenas, a um serviço de transporte. Pior: talvez nem isso! Somente a uma infraestrutura de transporte. E, pior ainda: talvez nem passe de uma infraestrutura viária: consciente ou inconscientemente, um reducionismo, verbal e, principalmente, conceitual.

Logística envolve um grande leque de fatores influentes

Claro que infraestrutura viária é parte da de transporte. Esta dos serviços de transportes e estes da logística. Mas logística é mais; muito mais! Daí porque qualquer especificação (como, p.ex. “logística de transportes”) ou é pleonástica ou a limita.

Ela envolve um leque de “hardwares”, de infraestruturas, como de armazenagem. Também um campo caracterizável como de “software” da logística. Nele se incluem, p.ex., serviços associados, como consolidação de cargas, estufagem de contêineres e segurança (humana e patrimonial); esta cada vez mais relevante no Brasil.

Logística também envolve a distribuição e organização espacial das cargas, particularmente no espaço urbano; a articulação intermodal (física, operacional e institucional); e tecnologia da informação – TI (“infoestrutura”). Quando a informação flui melhor, muitas vezes a carga pode se deslocar menos e melhor.

Alfândega, inspeção sanitária e sistema tributário também condicionam a fluidez, previsibilidade e custos da logística. P.ex: sobre-impedâncias alfandegárias e incentivos tributários podem fazer uma carga circular centenas de quilômetros adicionais ou usar um modo de transporte menos eficiente... aumentando tempo, custos, consumo de combustível, emissões, etc. etc.

Ao revés: eliminação de gargalos e eficientização em “software” ou de “infoestrutura” podem gerar ganhos logísticos e/ou economizar rios de dinheiro na implantação de novas infraestruturas. P.ex: por quantos anos a expansão do Sistema Anchieta-Imigrantes poderia ser postergada se as cargas do Porto de Santos pudessem ser liberadas/despachadas 24 horas/dia, 7 dias/semana?

Daí porque uma precisa conceituação não é preciosismo semântico; nem mero exercício acadêmico!
FONTE: o autor

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Maranhão anuncia empresas que vão construir terminal

Com cinco anos de atraso, a Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária) -responsável pelo Porto de Itaqui- anunciou ontem as cinco empresas que irão construir os terminais para escoamento de soja, o chamado Tegram.
As vencedoras da disputa foram: NovaAgri, Glencore, CGG Trading, Louis Dreyfus e Amaggi.

Com os novos terminais, Itaqui eleva de 2,5 milhões para 7,5 milhões de toneladas a capacidade de exportação de grãos. O investimento na primeira fase será de R$ 260 milhões. A Emap já tem um plano para uma segunda fase, com investimento para mais 5 milhões de toneladas.

Atualmente, apenas a Vale tem uma estrutura (2,5 milhões de toneladas) para embarque de grãos.
A construção dos terminais começa em 2012, mas a operação efetiva será só no final de 2013, diz Luiz Carlos Fossati, presidente da Emap.

A demora na definição de um modelo para licitação dos terminais gerou grande prejuízo ao país.

Segundo a Emap, milhões de toneladas podem ter deixado de ser produzidas por falta de estrutura do porto.
Mesmo assim, regiões do Maranhão, do Tocantins e do Piauí ampliaram a produção nos últimos anos para volumes superiores a 6 milhões de toneladas.

O problema foi sempre tirar a produção da região. Com um terminal de capacidade limitada, a opção dos agricultores era negociar a produção no Nordeste ou exportar a soja pelos portos de Santos (SP) ou Paranaguá (PR), distantes de 2.400 a 2.800 quilômetros da zona produtora.

Nova logística - O projeto tem a força de mudar a logística do agronegócio brasileiro. "O Tegram vai mudar a logística de escoamento de grãos. Há muita produção reprimida por falta de logística para o escoamento", afirma Fossati.
Com isso, o peso de Santos e de Paranaguá no embarque de grãos tende a diminuir.

Navio fretado pela Vale sofre rachadura em São Luís

A Capitania dos Portos do Maranhão disse que a situação está mantida sob controle pela tripulação do navio

Um navio graneleiro, fretado pela Vale, teve uma rachadura em um dos tanques de lastro, na noite de sábado, no Terminal Ponta da Madeira, em São Luís (MA), e corre risco de afundar.

A Capitania dos Portos do Maranhão disse que a situação está mantida sob controle pela tripulação do navio.

A água infiltrada na embarcação é retirada por bombas de grande potência, o que vem garantindo a flutuação do navio, segundo a Marinha.

O acidente ocorreu durante o carregamento de minério de ferro no terminal, que pertence à mineradora. Hoje deve chegar a São Luís uma equipe de técnicos.

O capitão dos portos do Maranhão, Nelson Ricardo Calmon Bahia, disse que não há estimativa da extensão do dano e que será aberto um inquérito administrativo para apurar o acidente.

A Vale informou, em nota, que acompanha as tratativas entre a STX Pan Ocean, proprietária e operadora do navio, e as autoridades responsáveis. A reportagem da Folha não conseguiu contato com representantes da empresa coreana.

O navio Vale Beijing, de bandeira das Ilhas Marshal, tem capacidade para 400 mil toneladas de minério, segundo a Capitania dos Portos, e é um dos maiores graneleiros do mundo: 292 m de comprimento, 45 m de largura e 23 m de calado máximo.

Técnicos do Ibama de São Luís fizeram uma inspeção no local. Segundo a Capitania dos Portos, não há informação de vazamentos de minério ou de óleo combustível.

A movimentação de navios no Porto de Itaqui, localizado próximo ao terminal da Vale, não foi afetada.
FONTE: Folha de São Paulo - SP