sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Transporte aéreo cresce 25% no País

A procura pelo transporte aéreo nacional e internacional registrou alta de janeiro a outubro deste ano. De acordo com dados da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), na comparação com o mesmo período do ano passado, houve um acréscimo de 25% na demanda por voos domésticos e 21% externos.
Os números correspondem apenas às rotas operadas por companhias brasileiras. Em outubro, a demanda doméstica foi 16,8% superior à do mesmo mês de 2009. O Grupo TAM - formado pelas empresas TAM e Pantanal - manteve a liderança com 42,83% do mercado doméstico, seguido pela Gol/Varig, com 39,15%.
As demais companhias detêm 18% do mercado brasileiro de transporte aéreo. A Azul é a terceira colocada, com 6,73% do mercado doméstico. Em seguida, estão a Webjet (5,60%), Avianca (2,52%) e Trip (2,25%). Entre as empresas de menor porte, a Passaredo atingiu 0,65% do mercado depois de ter crescido 80,86% no último ano.
Já no segmento internacional, a ocupação em outubro chegou a 82,79%. Novamente, a TAM se manteve na liderança registrando 21,02% de crescimento e atingindo 87,12% de participação de mercado. Já a Gol/Varig, obteve demanda 61,24% maior do que em outubro de 2009 e sua participação no segmento internacional é de 12,84%.
FONTE: Webtranspo

Braspress passa a atender via chat

O website da Braspress (www.braspress.com.br) iniciou nesta semana o atendimento via chat para assuntos relacionados aos departamentos de Atendimento, Cobrança e Comercial.
O internauta acessa o chat à direita no Site no item ''clique aqui e tire suas dúvidas'', recebendo resposta ao vivo de suas necessidades.
Segundo o Controller da Braspress, Tayguara Helou, o novo serviço de chat é realizado por 45 atendentes que auxiliam e esclarecem todas as necessidades dos clientes, encaminhando-os ao departamento que querem acessar.
''O nosso cliente não tem tempo para serviços complexos e demorados por telefone, muito menos para se dirigir aos terminais da Organização, por isso com o chat facilitamos o acesso dele, pois a resposta é imediata'', disse ele.
O acesso online do departamento de Atendimento responde de segunda sexta-feira das 8h00 às 17h00.
Já o acesso online para o departamento de Cobrança pode ser feito de segunda a sexta-feira das 8h00 às 17h30, e do departamento Comercial é de segunda a quinta-feira nesse mesmo horário, e às sextas-feiras das 8h00 às 16h30.
O novo website da Braspress está no ar desde o dia 15 de junho passado com um novo design iconográfico e justamente para facilitar e priorizar as necessidades dos clientes.
FONTE: Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Problemas esperam o próximo governo

Infraestrutura. Esta é uma palavra que deverá causar muitas preocupações à equipe de governo da presidente eleita Dilma Rousseff. Ao menos este foi o problema mais apontado pelos especialistas ouvidos pelo Portal Webtranspo, na lista de desafios para alavancar a economia brasileira nos próximos anos.
Para Luciano Rocha, presidente da Abepl (Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística), por exemplo, este é um ponto crucial. Segundo ele, "se não houver investimentos nesta área o Brasil não crescerá mais do que 5% no próximo ano, por uma questão física".
De acordo com o executivo, "a própria economia do País será a responsável pela limitação do avanço econômico nos próximos anos se o ritmo da indústria e do consumo continuarem acelerados".
A conta é simples. Quanto mais o Brasil gera emprego, mais o consumo cresce. Com o aumento nas vendas são mais produtos para serem transportados, sendo assim, cada dia se precisa mais de boa infraestrutura.
"O mercado de transporte e logística é altamente dependente da atividade econômica brasileira, ou seja, da renda e do emprego. Com o crescimento destes fatores, automaticamente, este nicho da economia se expandirá", esclarece Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo).
Ao que tudo indica, essa matemática deve continuar aquecendo a economia brasileira. Segundo números do BNDES, as classes C e D já superam a classe B em poder de consumo. Em 2002, a classe C tinha 21% de participação na massa de renda, e a D, 15%. Em 2010, elas passaram a ter, respectivamente, 31% e 28%. A classe B encolheu sua participação, no mesmo período, de 28% para 24%, e a classe A, de 30% para 16%.

Juros

Outro tendão de Aquiles do próximo governo poderá ser a taxa de juros. Atualmente, a Selic está em 10,75% ao ano. Nos anos 90, a taxa alcançou o índice de 45% e no início do atual governo permaneceu, por um bom tempo, acima de 20% anuais.
Ao olhar para o passado o atual nível é bom. Todavia, em relação ao resto do planeta, a taxa de juros brasileira ainda é alarmante. Juros altos são sinônimos de empréstimos mais caros às empresas e custo de produção mais elevado.
Sendo assim, é mais difícil exportar do Brasil do que de países como a África do Sul (6,5%), Índia (6%) e China (com juros de 2%), sem contar as grandes potências - Japão, Europa e Estados Unidos -, que hoje estão com juros próximos de zero.

Valorização do real

Além das questões de infraestrutura e juros altos, outro assunto que pode tirar o sono da futura presidente é o câmbio. Efeito da crise iniciada em 2008, a desvalorização do dólar e a consequente alta da moeda nacional, o real, deixa os produtos brasileiros caros, dificultando a venda no exterior.
Além disso, o dólar barato estimula o aumento nas importações, o que acarreta em uma competição desigual com os produtos locais. Com esse cenário, a indústria nacional investe menos, emprega menos e reduz a utilização da capacidade instalada.
Este problema fica ainda mais grave pois não depende exclusivamente das políticas econômicas brasileiras. O xis da questão está, sobretudo, nos Estados Unidos, que ainda não conseguiram superar a crise financeira.
Lá, o governo do presidente Barak Obama elevou a quantidade de dólares em circulação com o objetivo de aquecer a economia. Entretanto, esse excesso de dinheiro, diante das taxas reduzidas dos juros americanos, termina migrando, em parte, para centros que oferecem maior rentabilidade, como o Brasil, que oferece taxa básica de juros acima de 10% ao ano, uma das maiores do mundo.
Mas essa questão também pode ter um lado bom para o brasileiro. "A valorização do real é, em geral, benéfica para o setor de transporte, pois reduz custos de combustíveis e aumenta o fluxo de importações - demandando mais movimentações - e viagens ao exterior - impulsionando o mercado aéreo", conclui Gamboa.
FONTE: Webtranspo

Ultracargo investe R$ 62 mi em Santos

A Ultracargo, empresa de logística do grupo Ultra, aprovou investimentos de R$ 62 milhões para aumentar a capacidade de tancagem de seu terminal no porto de Santos (SP). As obras deverão ser concluídas no início de 2012, acrescentando 18% à atual estrutura (ou mais 46 mil m3), para 301 mil m3, afirmou ao Valor Ricardo Catran, diretor-superintendente da companhia.
Líder em armazenagem de granéis líquidos no país, a Ultracargo já tem aportes em curso para ampliação nos terminais de Suape (PE) e Aratu (BA). Em Pernambuco, a capacidade saltará de 132 mil m3 para 158 mil m3, com previsão de final das obras em junho de 2011, e em Aratu, dos atuais 237 mil m3 para 259 mil m3.
Com participação estratégica nos principais portos do país - a empresa também está presente no Rio de Janeiro (capacidade de 17 mil m3) e Paranaguá (PR), 56 mil m3, e terminais no interior de São Paulo e Minas Gerais, nas cidades de Paulínia (SP) e Montes Claros (MG), que, juntas, somam 13 mil m3 - a Ultracargo é especializada em produtos que exigem manuseio especial, nos segmentos químico, etanol, combustíveis, óleos vegetais e lubrificantes.
"Nos últimos cinco anos, crescemos a uma taxa de 18% ao ano, mesmo durante a crise financeira global, enquanto o setor apresentou aumento de 10% ao ano no país. O setor de infraestrutura portuária tem registrado grandes saltos, reflexo da demanda global", disse Catran. O Brasil, segundo o executivo, registrou crescimento de importação em produtos químicos e óleo diesel.
A expectativa é que em um ano a empresa tenha capacidade de tancagem em operação de cerca de 800 mil m3.
O etanol, que tem sido considerado a grande aposta do governo e usineiros para exportações, teve forte redução de embarques este ano, mas a expectativa é que os embarques cresçam consideravelmente nos próximos anos. A companhia tem acompanhado o movimento do setor sucroalcooleiro, que deverá fazer fortes investimentos em parceria com a Petrobras para a construção de alcooldutos. A empresa diz que estuda esse mercado com interesse, mas não há nada engatilhado no momento.
Atualmente, a Ultracargo opera dutos de pequeno porte voltados para produtos químicos. "São dutos próprios, que atendem a clientes específicos. As operações ocorrem em Suape (com um duto) e em Aratu, com dois", afirmou Catran.
Neste ano, a Ultracargo optou como estratégia focar seus negócios em granéis líquidos. A companhia vendeu seus negócios de transporte e armazenagem de sólidos e de transporte rodoviário para a Aqces Logística Internacional por R$ 82 milhões, controlada pelo Fundo de Investimentos em Participação Green Capital I, gerido pela Green Capital Investimentos.
Nos últimos quatro anos, a empresa realizou importantes aquisições - uma delas é a União Terminais, em 2008, no valor de R$ 500 milhões, e em Suape, no total de R$ 40 milhões, destacou Catran.
FONTE: Valor Econômico - SP

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Usina Pindorama investe em logística e agiliza sistema de transporte

A modernização no campo exige das grandes indústrias investimentos. Ao longo dos anos a Cooperativa Pindorama atentou para essa necessidade e iniciou um investimento estratégico na parte de transporte da Usina Pindorama. Estratégico porque na entressafra os veículos tendiam a ficar ociosos. Hoje a cooperativa trabalha com sete caminhões sendo cinco com dupla aptidão e somente dois exclusivos para o carregamento da cana-de-açúcar.
A adoção do novo modelo foi estudada pela cooperativa que visitou propriedades de outros estados. De acordo com o técnico Adeilton Lourenço, o sistema adotado em Pindorama foi baseado no usado pela usina Agrovale, localizado no estado da Bahia. "A única diferença é que os caminhões utilizados lá não são caçambas, mas funcionam na forma de rodízio, bate volta, deixando o pátio da usina livre e com fácil circulação", explicou o técnico.
O técnico reforçou que com o novo sistema a eficiência da frota chegou a 100% e citou como exemplo o carro pipa, que servia somente para combate incêndio e hoje dá apoio na moagem e serve ainda para fazer alguns carregamentos na entressafra. "Ganhamos tempo e dinheiro. A usina possui três trios de reboques que carregam de 15 a 20 toneladas de cana em cada um. Outra vantagem das caçambas é que elas possuem um peso para equilibrar a carga, facilitando a tração na subida. O que elimina as experiências ruins já acontecidas", afirmou.
O fiscal de transporte da usina e um dos funcionários mais antigos de Pindorama, Tarciso Faustino, lembra da fila de caminhões que se amontoava no pátio da usina gerando até algumas confusões. "Muita coisa melhorou nos últimos sete anos. Antigamente não tinha reboques e o custo se tornava muito alto. Agora o sistema está moderno. Nos comunicamos por rádio, controlando a saída e entrada de todos, com certeza foi um dos maiores ganhos dos últimos anos", testemunhou.
Este ano, a Usina Pindorama realizou manutenção de ponta em todos os equipamentos da unidade antes de iniciar a safra 2010/2011, e trabalha com perspectiva de safra recorde. Deve-se esmagar 30% a mais que no ciclo anterior, cerca de 900 mil toneladas de cana-de-açúcar.
FONTE: Alagoas em Tempo Real

Integração modal é desafio

Em meio às obras de dragagem e de ampliação dos portos do Mucuripe e do Pecém, respectivamente, que quando prontas irão aumentar em até 30% a capacidade de movimentação nos dois terminais portuários, eis que novo desafio surge no Ceará: a integração entre os modais de transporte marítimo e rodoferroviário. Esta integração é uma condição básica para fazer fluir como maior velocidade e competitividade o novo volume de cargas que passará a chegar e sair do Estado.
"A dragagem precisa de outras obras nos modais ferroviário e rodoviário. É preciso escoar essa movimentação de carga, tanto na chegada quanto na saída", ressalta o presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Paulo André Holanda.
Projeto - Para minimizar o problema de logística, tão crítico quanto a estrutura dos portos brasileiros, Holanda confirma a existência de um projeto para ampliação da bitola do ramal ferroviário Acarape-Mucuripe.
Orçada em R$ 300 milhões, a substituição da bitola do referido ramal é, segundo o presidente da Docas, essencial para interligar o Porto de Fortaleza à Ferrovia Transnordestina, que está sendo executada em bitola larga, o que possibilita o transporte de vagões maiores.
Sem a ampliação do ramal Acarape-Mucuripe o transporte de cargas do Porto do Mucuripe, que hoje é feito em bitola métrica menor, ficaria prejudicado. E passaria a perder competitividade, inclusive, com o Porto do Pecém, que recebe atualmente a construção de um terminal de múltiplo uso (Tmut) e que deve ser interligado à ferrovia Transnordestina.
Seminário - Esse é um dos temas que irá ser discutido no V Seminário SEP de Logística e Feira de Tendências de Logística do Norte/ Nordeste, que transcorrerá em Fortaleza, entre os dias oito e 11 de dezembro próximo, no Centro de Negócios do Sebrae. O lançamento do seminário será presidido pelo ministro chefe da Secretaria Especial dos Portos, Pedro Brito, às 9 horas de hoje, no Salão Iracema do Marina Park Hotel, em Fortaleza.
Na oportunidade, o ministro fará um balanço das obras portuárias em andamento no País, notadamente no Ceará, falará sobre a importância do incremento da logística e deverá dar maiores detalhes sobre investimentos públicos e privados, estimados em R$ 30 bilhões, previstos para o setor, nos próximos cinco anos no Brasil.
Segundo a organização do seminário, a palestra magna "Oportunidades de Financiamento para Infraestrutura do Norte e Nordeste" será proferida pelo professor e presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Está confirmada também, a presença da palestrante francesa Pauline Dubois, da Comunidade Urbana de Dunkerque.
O seminário, que irá reunir representantes de todos os elos da logística, pretende fomentar discussões e debates sobre comércio exterior, infraestrutura e logística, com autoridades no assunto, especialistas e técnicos. Será oportunidade também para debater formas eficientes para a melhoria da produtividade de toda a cadeia do setor exportador e importador.
Tendências - A feira de tendências vai funcionar como um show room para o setor, onde serão expostos equipamentos e máquinas e serviços utilizados ultimamente nos principais portos brasileiros.
Até semana passada, 14 empresas ligadas à logística já haviam confirmado presença, número que tende a crescer com a aproximação da data de realização do evento. Para o seminário está sendo esperado público em torno de mil pessoas e na feira, de 400 visitantes.
Docas do Ceará - Desde o dia 29 de setembro, duas dragas com capacidade para 5 mil metros cúbicos (m³) e 13 mil m³ de areia estão trabalhando em Fortaleza na dragagem do Porto do Mucuripe.
A empresa vencedora da licitação, e responsável pela obra, é a brasileira Bandeirantes, do Rio de Janeiro, que tem o prazo de dez meses para concluir o serviço. Mas o prazo deve ser antecipado. A empresa pretende concluir o serviço até o final do ano. O presidente da Companhia Docas do Ceará, Paulo André Holanda, acredita que até fevereiro o porto estará com a dragagem pronta.
Com a obra de dragagem, os berços de atracação vão ficar mais profundos. Deixam de ter 10,5 metros e passarão a ter 14 m. Assim, o porto passará a receber navios maiores.
A areia retirada está sendo depositada em alto mar, próximo ao Pirambu e, numa segunda fase, o material será colocado numa área na altura da praia do Náutico.
Toda a obra de dragagem é acompanhada por um monitoramento ambiental feito por técnicos do Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC). Ao todo vão ser retirados 6 milhões de m³ de sedimentos.
Segundo Paulo André, o movimento no porto aumentará ainda mais. "Com a dragagem, o movimento no Porto do Mucuripe vai receber um incremento de 30%." O presidente da Companhia Docas falou também da importância em dar suporte a esse crescimento. "A dragagem precisa de outras obras nos modais ferroviário e rodoviário. É preciso escoar essa movimentação de carga, tanto na chegada quanto na saída".
Pensando nisso, já existe um projeto para que o ramal ferroviário Acarape-Mucuripe possa trabalhar com vagões maiores. Seria uma ampliação da Transnordestina, que está sendo executada em bitola larga, o que possibilita o transporte de vagões maiores. O ramal Acarape-Mucuripe, que hoje é feito em bitola métrica (menor), ficaria prejudicado. O projeto de R$ 300 Mi prevê a troca para a bitola larga, e assim o transporte de cargas do Porto do Fortaleza seria ampliado.
FONTE: Diário do Nordeste - CE

domingo, 7 de novembro de 2010

Demanda em alta e infraestrutura em baixa

Os índices econômicos brasileiros têm contribuído com o setor de transporte de cargas, mas falta de infraestrutura é contraditória ao cenário
Uma das causas apontadas pela Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) para o congestionamento no Porto de Santos é a alta da exportação de açúcar. Em 2009 foram 16,9 milhões de toneladas e, neste ano, a previsão é de 21,5 milhões Michele Stella
Agência BOM DIA
Falta de caminhões para o escoamento de mercadorias e aumento de 15% a 20% no preço dos fretes de transporte nos últimos dois meses.
Estas são as consequências dos problemas de infraestrutura enfrentados por empresários do segmento logístico desde o colapso no Porto de Santos - o aumento da demanda ocasionou congestionamento de caminhões e navios e o tempo de espera para carregar ou descarregar qualquer mercadoria no terminal tem variado entre três a quatro dias (não passava de seis horas antes do caos, que já dura mais de um mês).

- Leia mais: vendas de caminhões dobram em um ano

"O porto não tem infraestrutura que corresponde à sua representatividade. Sempre foi difícil, mas o cenário atual está mais conturbado do que nunca", avalia Felipe Mello, proprietário da Transportes Mello, empresa com sede em Santos e filial em Vinhedo.
Segundo o empresário, o problema imediatamente encarece toda a cadeia logística, seja para importação ou exportação de produtos. "A gente acaba repassando para os nossos clientes o custo do caminhão parado. Consequentemente, o consumidor também será afetado pelo aumento dos preços", explica.
Mercado aquecido
A alta da demanda no segmento de transportes é reflexo positivo do crescimento da economia. Mas no Brasil 93% de todo o transporte de cargas é feito por meio do modal rodoviário. Diante de um cenário como o atual, a falta de caminhões se torna outro agravante.
"Estamos tendo que negociar fretes mais altos com os caminhoneiros agregados para garantir o transporte", conta Mello, explicando que a empresa reavaliou o seu planejamento anual para apostar em ações estratégicas imediatas.
Para Luciano Rocha, presidente da ABEPL (Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística), o colapso na infraestrutura já era esperado. "Mais de 95% das riquezas importadas e exportadas pelo Brasil passam pelo Porto de Santos, que não tem capacidade para essa demanda", afirma, apontando a falta de investimentos em infraestrutura como empecilho para o crescimento de 7% almejado pelo governo brasileiro neste ano.
"Precisamos de ações de médio e longo prazo e de parcerias entre o poder público e a iniciativa privada. Se não, o Brasil vai parar", acredita Rocha.
Trabalho garantido
Para os empresários a falta de infraestrutura representa perda de competitividade e exige planejamento estratégico. Mas para caminhoneiros como Marco Antônio Andreazza, 52 anos, o cenário conturbado é sinônimo de oportunidade.
"Sou caminhoneiro há mais de 20 anos e acho que nunca tive um momento tão bom como o de agora", conta Andreazza, confirmando que os valores de frete subiram. "É a lei da oferta e da procura. A gente [caminhoneiros] não tem ficado sem serviço desde o final daquela crise [econômica], no ano passado", completa.
Em contrapartida, o tempo de viagem está mais longo pela dificuldade de carregamento ou descarregamento no porto. "Antes, uma viagem de São Paulo a Santos era feita no máximo em cinco horas. Com isso, fazíamos mais viagens por dia. Como isso não é mais possível, o frete tem que compensar o tempo perdido na fila", avalia o caminhoneiro.

Opinião
Luciano Rocha
Presidente da ABEPL (Associação Brasileira de Empresas e Profissionais de Logística)

Falta de infraestrutura
O que está acontecendo no Porto de Santos é o que a gente vem comentando desde 2007, mas o governo quer esperar para ver. O colapso já é realidade em terra e também no mar.
Um dos impactos é o não cumprimento dos contratos de entrega de produtos. O custo logístico das operações é outro. Ou seja, o transportador é penalizado, os caminhoneiros também, porque estão chegando a ficar uma semana dentro dos caminhões e, ainda, o aspecto econômico não pode ser desconsiderado - o consumidor certamente vai perceber o aumento do preço de vários produtos.
Somos um país rodoviarista, mas a nossa frota atual não é suficiente para atender a demanda. Em 2007, o país cresceu 5,7%. Em 2008, a crise econômica freou o crescimento. Neste ano, a expectativa é atingir os 7%, mas não temos suporte para isso.

Custos aumentam a partir de seis horas

De acordo com Felipe Mello, proprietário da Transportes Mello, entre tantas taxas a serem pagas pelos importadores e exportadores, ainda há aumento do valor de aluguel dos contêineres quando a estadia no Porto de Santos passa de seis horas. A adicional varia de US$ 50 a US$ 100 por dia.

1,4 mil

É o valor em reais de um frete de Santos a São Paulo com a demora para carregar ou descarregar no Porto de Santos. O frete dobrou.
FONTE: Rede Bom Dia

Vagões soldados em alumínio unem Alcoa e Zeppelin

Setor ferroviário está na mira da parceria.

A Alcoa e a Zeppelin, multinacional alemã de soluções industriais, acabam de anunciar parceria para fornecimento de vagões soldados em alumínio para fabricantes do setor ferroviário. A Alcoa produzirá perfis de alumínio multitubulares de alta complexidade, outros produtos manufaturados de alumínio e será responsável ainda pela montagem das estruturas. Já a Zeppelin fornecerá serviços e tecnologia em montagem e solda automatizada de grandes painéis de alumínio, além da estrutura física necessária para o desenvolvimento dos projetos da indústria de transportes.
“Identificamos este setor como estratégico para o crescimento da Empresa no Brasil. Precisamos preparar a indústria nacional para a fabricação de veículos de transporte de passageiros como monotrilhos, metrô, trens de passageiros e carga. Muitas das obras de infraestrutura urbana demandadas pelo PAC-Programa de Aceleração do Crescimento, Copa do Mundo e Olimpíadas dependerão dessa tecnologia”, explica José Carlos Cattel, gerente de Planejamento e Marketing da Divisão de Extrudados da Alcoa.
Para Ricardo Borges dos Santos, diretor da Zeppelin, há muitas oportunidades de negócio e de projetos específicos para o setor ferroviário. “A fabricação e montagem de vagões desse tipo exigem uma operação de alta complexidade. Agora podemos produzir no Brasil vagões de transporte de passageiros com a mesma qualidade que os fabricantes utilizam em suas unidades no exterior”.
Na América Latina, a Alcoa é a única detentora da tecnologia que permite produzir ligas especiais de alumínio e perfis multitubulares de grandes proporções e precisão dimensional.
A Zeppelin é líder mundial com amplo conhecimento em processos automatizados de solda de alumínio MIG e TIG, e experiência no manuseio de estruturas e painéis de grandes dimensões.
“A combinação desses recursos será perfeita para o fornecimento de estruturas de vagões de alumínio para o transporte de passageiros”, finaliza José Carlos Cattel.
Perfil- A JMB Zeppelin está no Brasil desde 1976. É especializada em soldas de alumínio e ligas especiais. Este know-how baseia-se na larga experiência de sua matriz alemã, Zeppelin Systems, que atua há mais de 100 anos neste setor.
A empresa fornece fabricação e montagem de sistemas de movimentação, transporte pneumático e ensilagem de produtos em pó ou granulados para indústrias químicas, petroquímicas, de cimento e minerais, de borracha, maltarias e de outras áreas. Seus equipamentos estão presentes em praticamente todas as fábricas do gênero no Brasil.
Além das bases na Alemanha, a ZEPPELIN tem unidades fabris no Brasil, Bélgica, China e Índia bem como uma ampla rede de subsidiárias nos EUA, Inglaterra, Singapura, França, Itália, Russia, Coréia etc.
A Fundação Zeppelin iniciada pelo Graf von Zeppelin em 1098 é hoje uma empresa líder de mercado reconhecida pelo seu espírito inovador, tecnologia avançada e alto padrão de qualidade.
Alcoa - Há 45 anos no Brasil, a Alcoa Alumínio S.A. é subsidiária da Alcoa Inc, líder mundial na produção de alumínio primário, alumínio transformado e alumina. Além de haver inventado a moderna indústria do alumínio, há 120 anos, a Alcoa prima pela inovação, contribuindo para o desenvolvimento dos mercados aeroespacial, automotivo, de embalagens, construção civil, transporte comercial, eletrônicos e industrial. Além de alumina e alumínio primários, a Alcoa fabrica produtos transformados, como laminados e extrudados, bem como rodas forjadas, sistemas de fixação, fundidos de superligas e de precisão, estruturas e sistemas para construções. Dispõe também de sofisticadas tecnologias em outros metais leves, como superligas de titânio e níquel. A Companhia possui 59 mil funcionários em 31 países e integra pela oitava vez consecutiva o Índice Dow Jones de Sustentabilidade. A sustentabilidade é parte integrante da Alcoa e está presente em todas as práticas, serviços e produtos oferecidos aos clientes, até porque, por ser infinitamente reciclável, o alumínio é a própria sustentabilidade em forma de metal, pois cerca de 75% de todo o alumínio produzido desde 1888 ainda continua em uso hoje em dia. A Companhia foi eleita por cinco vezes consecutivas uma das empresas mais sustentáveis do mundo no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça e é uma das fundadoras da Parceria Americana pela Ação Climática (United States Climate Action Partnership - USCAP), uma associação composta por importantes companhias e ONGs ambientais norte-americanas que lutam pela redução significativa das emissões de gases causadores do efeito estufa.
Na América Latina e Caribe, a Alcoa conta com mais de sete mil funcionários e opera em seis estados brasileiros - Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão, Pará, São Paulo e Santa Catarina - incluindo uma nova mina de bauxita, instalada em Juruti-PA. Possui operações também na Jamaica, Suriname e Trinidad & Tobago. Além das usinas de Barra Grande e Machadinho, no Sul do Brasil, a Alcoa participa nos consórcios das hidrelétricas em construção de Estreito, na divisa do Tocantins e Maranhão; e Serra do Facão, entre os estados de Goiás e Minas Gerais. Neste ano, foi incluída pela terceira vez consecutiva na lista das 50 Empresas do Bem, da revista Dinheiro. Em 2009 a Alcoa foi eleita uma das 20 empresas-modelo pelo Guia Exame de Sustentabilidade. Foi incluída pela nona vez entre as Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil, pelo Instituto Great Place to Work. Também foi uma das "empresas mais admiradas do Brasil", segundo pesquisa publicada pela revista Carta Capital; e destaque no ranking das 500 Melhores Empresas da revista Dinheiro. Foi reconhecida no Guia de Boa Cidadania Corporativa 2006, publicado pela revista Exame, nas áreas de Valores e Transparência e de Governo e Sociedade. [www.alcoa.com.br].
Fonte: Portal Fator Brasil