sexta-feira, 30 de julho de 2010

Medidas sobre transporte de carga são lógicas e coerentes

As vias onde vão vigorar as novas medidas para o tráfego de caminhões em São Paulo tinham passado por recente e sensível melhoria nas condições de trânsito, desde a inauguração do trecho sul do Rodoanel. Com isso, sua saturação ganha sobrevida maior, ao preço de aumento da dificuldade para o transporte de carga na região atendida por essas vias.
Ao mesmo tempo, facilitando o transporte de carga na cidade, a prefeitura propôs o fim do rodízio dia par/ dia ímpar dos veículos urbanos de carga, os VUCs, que são relativamente pequenos e levam muito mais carga que caminhonetes e furgões.
Assim, os ágeis VUCs poderão melhor contribuir para o abastecimento e o transporte na cidade de São Paulo. São complementares, lógicas e coerentes as medidas de restrição aos caminhões pesados e de liberação de VUCs. Ao que tudo indica, foram previamente discutidas com os transportadores.
O fato de o secretário de Transportes ter anunciado que as medidas serão implantadas sem multas, com prazo para adaptação, é mais uma mostra de novos e bons ares na secretaria.
Motos - Já a restrição do tráfego de motocicletas na pista expressa da marginal Tietê vai "empurrar" as motos para as pistas central e local, onde é mais frequente a mudança de faixa, causa de frequentes acidentes com motos.
Assim, a medida proposta poderá aumentar a ocorrência de acidentes. A faixa mais segura para o tráfego de motos é exatamente a da esquerda da pista expressa, que tem a velocidade mais constante e que não apresenta entrelaçamento de veículos.
Para melhorar a segurança das motocicletas e do tráfego geral na marginal Tietê, basta a redução da velocidade máxima de veículos leves e, mais ainda, a dos veículos pesados, além da sinalização adequada de orientação e da restauração da iluminação pública suprimida durante as obras de alargamento. Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela USP

Consultor teme piora na marginal Tietê

Com veto à marginal Pinheiros, via receberá caminhões rumo ao porto de Santos, segundo especialistas em tráfego

Proibir caminhões na marginal Pinheiros pode levar esses veículos a migrarem para a marginal Tietê, avaliam consultores de tráfego.
A via será alternativa para caminhões das rodovias Dutra/Fernão Dias/Ayrton Senna rumo ao ABC e ao porto de Santos, afirmam Horácio Figueira e Alexandre Zum. Como não poderão seguir pela marginal Pinheiros, os motoristas podem chegar ao ABC e, consequentemente, ao porto pela marginal Tietê (por meio do acesso à av. Cruzeiro do Sul e depois à av. do Estado, na zona norte).
Ir "por dentro" é mais rápido do que cortar a cidade em direção ao Rodoanel, disse o caminhoneiro Rogério Ferreira Conrado, 33.
Ele já costuma chegar à Anchieta a partir de outro acesso da marginal, a avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé (zona leste). Em relação ao Rodoanel, o trajeto é 40 km mais curto, estima.

A CET disse que fará ajustes no trânsito, se necessário.

Para Alexandre Zum, a decisão de restringir caminhões na marginal Pinheiros acerta no conceito, mas erra na aplicação. Segundo ele, deve-se proibir os caminhões de passagem -de outras cidades e Estados-, não os locais.
Da maneira proposta pela prefeitura, o trânsito local, feito de caminhões que circulam em torno do Ceagesp e em empresas de logística próximas à marginal Pinheiros, será prejudicado, diz.
Zum considera que o uso dos VUCs deve ser estimulado, por serem mais ágeis.
Horácio Figueira critica essa ação. Ele diz ainda que todas as medidas privilegiam o transporte individual, em detrimento do coletivo.
FONTE: Folha de São Paulo

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Exata passa a realizar gerenciamento logístico de vendas online

A CD2C, empresa nacional do segmento de e-commerce, é o novo cliente da Exata Logística. Além de realizar o armazenamento e a expedição, a Operadora Logística fará o gerenciamento do processo logístico de um projeto da cliente.
Depois de muitas pesquisas de mercado, a CD2C desenvolveu um modelo de negócio visando à venda programada pela internet, o Cueca em Casa. A ideia do projeto é realizar a venda por assinatura para o consumidor final por meio de planos bimestrais ou trimestrais.
O produto, de modelo exclusivo e fabricado com algodão ecológico, será entregue na casa dos compradores por meio do gerenciamento da Exata Logística. A empresa será responsável por todo o processo, desde o recebimento, passando pela armazenagem (no CD SP), separação, embalagem e expedição dos pedidos, assim como a gestão do transporte, geração das etiquetas, acompanhamento das entregas por meio dos Correios e administração de sinistros e indenizações.
"A entrega será feita via Correios por serem pacotes pequenos. O projeto é uma aposta inovadora que pode estourar. Você compra o plano de assinatura com entregas bimestrais ou trimestrais e recebe na sua casa, duas ou três cuecas, conforme o modelo e cor escolhida", revela Alejandro Bagnati (foto), diretor de desenvolvimento de negócios da Exata.
FONTE: Logweb

terça-feira, 27 de julho de 2010

Uma das piores logísticas do mundo, por Samir Keedi*

É muito difícil entender como tudo que é ligado ao transporte se passa no Brasil. Em todos os modos de transporte temos sérios problemas. O que faz da logística brasileira uma das piores do mundo. Sem nenhum favor ao catastrofismo (sic). É pura realidade, infelizmente. E não é só no transporte, mas envolve a operação portuária, longe de padrões aceitáveis. Triste escrevermos isso, mas não temos outra opção, se queremos ajudar.
No transporte marítimo, temos a felicidade de poder desfrutar de uma costa de 7.500 quilômetros. Mas como a usamos, é estarrecedor. É algo que dói até o fundo da alma. A cabotagem, um excelente substituto ao transporte rodoviário, chegou a morrer. Começou a renascer na década de 90, portanto, há poucos anos. Tem um potencial absolutamente fantástico e esperamos que ele se realize. Temos que sair desse marasmo do transporte rodoviário, que domina o transporte de carga dentro do país. Tanto na distribuição de carga, quanto no seu uso para a intermodalidade e a multimodalidade.
O Brasil já foi, e agora pouca gente sabe disso, o segundo maior produtor de navios do mundo. O nosso transporte de comércio exterior chegou a ser de 30% em navios de bandeira brasileira. Hoje está beirando a 0%. Nossos estaleiros também morreram, e vêm renascendo nos últimos anos. Deveremos ter dezenas deles. Mas não vemos chance de recuperarmos aquela extraordinária posição perdida. Não diante da China, Coréia do Sul, Taiwan, etc. que hoje estão em posição de destaque. Fora outros. É uma pena.
O nosso transporte fluvial é quase nulo. E vide que temos 43.000 quilômetros de rios. Segundo se sabe, 16.000 são hidrovias, e apenas 8.000 são utilizados. E esse modo responde por apenas 2% do transporte brasileiro segundo se noticia. Mais uma humilhação. Em especial quando vemos a sua importância nos EUA, na Europa, e para o porto de Rotterdam. Uma pena, uma vez mais. Já que ele é o meio de transporte mais barato que existe.
Quando nos debruçamos sobre o transporte ferroviário, notamos que ele representa 26% da carga transportada dentro de nossas fronteiras. E isso após a privatização e retirada do Estado de suas operações - ainda bem. Que antes era de 18%, e cheio de problemas. Não que já não os temos, mas estão menores com os investimentos realizados pela iniciativa privada. Que segundo se sabe, investiu cerca de 25 bilhões no período entre 1996 e 2009. E em lugar dos prejuízos do Estado, pagou a ele mais de 10 bilhões de reais em concessão e impostos. E o Estado devolveu a ele, em investimento, menos de 10%. Uma lástima, mas normal no Brasil.
Mesmo o rodoviário, que queremos reduzir a cerca de 30%. Hoje é de 60%. Já que somos um país rodoviarista, deveríamos ter estradas adequadas e em condições de uso. Mas, segundo as entidades do setor, 70% delas são ruins ou péssimas. Não dá para entender. Se esse é nosso modo de preferência, ele tem que ser tratado como rei. No entanto, é tratado como mendigo.
E tem mais. Se o rodoviário é nosso modo, temos que ter uma quantidade de estradas coerentes, mesmo que não fossem lá essas coisas. No entanto, ao vermos quanto temos de estradas, nos deparamos com a seguinte situação: 1,5 milhão de quilômetros, e apenas cerca de 170.000 asfaltadas. Nos EUA, em que o trem é o modo preferido, não o caminhão e suas variações, é dito que há 5 milhões de quilômetros de estradas. E todas asfaltadas. Não se entende como as coisas se passam assim. Tem que haver um mínimo de coerência. E não parece haver este artigo na prateleira do transporte e da logística brasileira.
Os portos são outro mau exemplo. Queremos trazer para cá, para Santos, navios de cerca de 7.000 TEU - Twenty feet or equivalent unit (container de 20 pés ou equivalente - um pé mede 30,48 cm). No entanto, a dragagem do porto continua uma miragem. Fala-se muito e se faz pouco. E ele continua com máximo de 13 metros de profundidade. Muito pouco para o calado (medida entre a linha d'água e a quilha do navio, aquilo que ele precisa de profundidade do porto) desse gigante dos mares. E olha que hoje os navios já estão em 14.000 TEUs.
Os portos continuam feudos políticos. Todos sabem que o porto tem que ter administração técnica, profissional. Sua presidência e diretoria não podem, em qualquer hipótese, serem cargos políticos. A economia do país não é para se ficar brincando. É para ser tratada seriamente. Mas, sério, é uma palavra um pouco forte no país, e preferimos reduzir o nível de cobrança. O que reduz, obviamente, toda exigência para o país, que continua a espera de um futuro. E sempre como o país do futuro. E ninguém sabe até quando.
Samir Keedi - Economista, consultor e professor da Aduaneiras e diversas universidades, e membro do comitê da ICC-Paris de revisão do atual Incoterms.
samir@aduaneiras.com.br
FONTE: O autor

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Pedágio da Dutra terá novo valor a partir de domingo (01/08)

A partir da zero hora deste domingo 01/08 (meia-noite de sábado), passam a vigorar as novas tarifas de pedágio da Rodovia Presidente Dutra, administrada pela CCR NovaDutra, conforme autorização da ANTT - Agência Nacional de Transportes Terrestres.

A resolução que autoriza o reajuste foi publicada no Diário Oficial da União. A tarifa para carros de passeio passará de R$ 8,80 para R$ 9,20, o que representa uma variação de 4,54 %, conforme previsto no contrato de concessão.

Esse reajuste é calculado com base em uma cesta de índices da Fundação Getúlio Vargas, conforme determina o contrato.

Em 14 anos de concessão, a CCR NovaDutra realizou investimentos de aproximadamente R$ 2,7 bilhões na modernização da rodovia. As estatísticas revelam que as melhorias na rodovia salvam vidas: o número de mortes caiu em mais de 60%, desde 1996, quando a rodovia passou para a administração da CCR NovaDutra. Nesse período, a CCR NovaDutra realizou mais de 1 milhão de atendimentos, entre ações de guinchos leves e pesados e atendimentos de socorro médico e resgate.

As novas tarifas a serem praticadas são as seguintes:

Praças de pedágio bidirecionais de Moreira César (km 88 - SP), Itatiaia (km 318 - RJ) e Viúva Graça (km 207 - RJ)

automóvel, caminhonete e furgão

2 eixos - R$ 9,20 *

caminhão leve, ônibus, caminhão-trator e furgão

2 eixos - R$ 18,40

automóvel com semi-reboque e caminhonete com semi-reboque

3 eixos - R$ 13,80

caminhão, caminhão-trator, caminhão-trator c/semi-reboque e ônibus

3 eixos - R$ 27,60

automóvel com reboque e caminhonete com reboque

4 eixos R$ 18,40

caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque

4 eixos R$ 36,80

caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque

5 eixos R$ 46,00

caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque

6 eixos R$ 55,20

motocicletas, motonetas e bicicletas à motor

2 eixos R$ 4,60



Praças de pedágio de Parateí Norte e Sul (Arujá, km 204,5 - SP), Guararema Norte (km 182, sentido RJ) e Guararema Sul (km 180, sentido SP)

automóvel, caminhonete e furgão

2 eixos - R$ 2,30

caminhão leve, ônibus, caminhão-trator e furgão

2 eixos - R$ 4,60

automóvel com semi-reboque e caminhonete com semi-reboque

3 eixos - R$ 3,40

caminhão, caminhão-trator, caminhão-trator c/semi-reboque e ônibus

3 eixos - R$ 6,90

automóvel com reboque e caminhonete com reboque

4 eixos R$ 4,60

caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque

4 eixos R$ 9,20

caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque

5 eixos R$ 11,50

caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque

6 eixos R$ 13,80

motocicletas, motonetas e bicicletas à motor

2 eixos R$ 1,10



Praça de pedágio bidirecional de Jacareí (km 165 - SP)

automóvel, caminhonete e furgão

2 eixos - R$ 4,10

caminhão leve, ônibus, caminhão-trator e furgão

2 eixos - R$ 8,20

automóvel com semi-reboque e caminhonete com semi-reboque

3 eixos - R$ 6,10

caminhão, caminhão-trator, caminhão-trator c/semi-reboque e ônibus

3 eixos - R$ 12,30

automóvel com reboque e caminhonete com reboque

4 eixos R$ 8,20

caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque

4 eixos R$ 16,40

caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque

5 eixos R$ 20,50

caminhão com reboque e caminhão-trator com semi-reboque

6 eixos R$ 24,60

motocicletas, motonetas e bicicletas à motor

2 eixos R$ 2,00

(*) para veículos comerciais, a tarifa é multiplicada pelo número de eixos

Disque CCR NovaDutra 0800-0173536

FONTE: NovaDutra