sábado, 17 de outubro de 2009

Melhoria de Processos em Centros de Distribuição

A operação de um centro de distribuição (CD) envolve uma coordenação detalhada de suas diversas atividades. Para atingir uma eficiência maior nas operações, os CDs costumam investir pesadamente em tecnologia (ERP, SCM, WMS, entre outras siglas). No entanto, algumas vezes se deixa de lado um dos pontos mais críticos para a eficiência e redução de custos: os processos. Claro que a tecnologia tem um papel crucial na otimização das atividades, mas sem os processos adequados o CD não terá bons resultados.
Conforme aumenta a complexidade das operações (mais fornecedores, clientes e itens), aumenta também a importância do gerenciamento dos processos. Deve-se monitorar a mudança na realidade operacional do CD para modificar os processos de forma correspondente. Usar os mesmos processos antigos para uma operação que cresce em complexidade somente levará a um maior índice de erros, baixa produtividade e atraso nas entregas.
A seguir estão 3 áreas de processos que devem ser monitoradas e podem levar a uma operação mais eficiente com sua equipe e tecnologia atuais.

1. Entrada de Materiais
Se a área de recebimento é um gargalo, é necessário encontrar a causa raiz. A ineficiência na entrada multiplicará seus efeitos ao longo da operação, e as outras áreas sempre terão que correr atrás do prejuízo. Ao cometer erros na entrada de materiais, a pressão aumenta nas fases seguintes e aumenta também o risco de mais erros adiante. O resultado final são custos maiores e uma má qualidade de serviço para seu cliente.

O CD deve ter processos documentados detalhadamente nestas áreas:

Agendamento da chegada de materiais – para evitar picos de trabalho deve-se ter um processo que coordene a chegada de materiais de forma distribuída ao longo do período de trabalho

Planejamento de Pré-Recebimento e Documentação – deve-se definir quais processos podem ser realizados antes da chegada do material, e a documentação que deve ser preparada previamente.

Procedimentos de Chegada e Descarga de Veículos – detalhar estes procedimentos evitará erros de colocação e danos aos materiais, além de aumentar a segurança (física e contra roubos)

Procedimentos de Controle de Qualidade – as atividades de controle da qualidade devem seguir estritamente os padrões definidos. Estes padrões devem ser documentados e seguidos nos procedimentos de entrada.

Avalie também se os procedimentos estão sendo seguidos. Assegure que os funcionários estão bem treinados e sabem que serão beneficiados (financeira ou profissionalmente) com a eficiência dos processos de entrada.

2. Picking

O picking (coletar os itens do pedido no armazém) é normalmente a atividade de maior custo na operação de um CD. Portanto, até melhorias incrementais gerarão benefícios na produtividade como um todo. O principal componente do tempo de picking é a distância percorrida pelos funcionários para coletar os itens. Ao definir processos que reduzam as distâncias percorridas, podem-se obter melhorias consideráveis na produtividade da operação.

Alguns processos que podem ser implementados com este objetivo são:

Análise ABC, para definir os itens com alta, média e baixa rotatividade, e redistribuir o layout de materiais para que os de maior rotatividade fiquem mais próximos entre si e à saída de materiais.

Usar “flow racks” para itens pequenos, que podem estar ocupando espaços de pallets normais, aumentando o espaço ocupado e as distâncias entre os materiais.

Para itens de baixa rotatividade, usar armazenagem e picking multi-nível, que otimizará o espaço no armazém e reduzirá as distâncias percorridas.

Para pedidos de baixo volume, usar “batch picking”. Este sistema faz com que o funcionário colete o material para várias ordens de uma vez, ao invés de fazer uma viagem para cada ordem pequena.

Novamente, o treinamento da equipe é essencial para que estes processos surtam os efeitos desejados na operação. Analise como são estocados os materiais entrantes. Existe um processo claro que é seguido? Ou existe uma correria e a armazenagem é feita de forma quase aleatória?

3. Indicadores

A frase “você não pode melhorar o que não pode medir” já é conhecida por todos. No entanto, muitas vezes ainda usados os indicadores incorretos para a operação do CD. Por exemplo, um CD pode ter como seu indicador principal o “Custo por Pallet Processado”. Esta é uma boa medida para a alta gerência, mas não é um bom indicador para os responsáveis pela execução da operação e definição de processos. Além disso, um fator externo pode tornar este custo mais alto, enquanto a equipe fez um ótimo trabalho ao minimizar o aumento dos custos.
Os indicadores da operação devem refletir a verdadeira produtividade da equipe, já que isto é o que os motivará a obter sempre melhores resultados. Seguindo o mesmo exemplo, seria importante incluir também um indicador de pallets processados por funcionário. Deve-se sempre procurar um equilíbrio entre indicadores de alto nível (normalmente financeiros) e indicadores que podem ser entendidos pelos funcionários e servir como referência para as ações de melhoria.

Também é importante definir metas para cada indicador, procurando um aumento constante da produtividade, mas sempre realista. Não adianta definir metas excessivamente ambiciosas, que não serão atingidas e somente causarão frustração na equipe.

Fonte: Portal O Gerente, autor Luiz de Paiva

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DHL Supply Chain realiza operações de armazenagem para a NEC

O projeto tem como principal objetivo o gerenciamento das operações logísticas e inventários da NEC Brasil.
São Paulo - A DHL Supply Chain, líder mundial em logística, iniciou as operações de armazenagem para a NEC Brasil, provedora de soluções convergentes de redes de comunicação e tecnologia da informação.
A NEC Brasil elaborou uma concorrência para escolher a empresa responsável pela operação de armazenagem. O resultado indicou a DHL Supply Chain como o provedor com maior capacidade para o atendimento das necessidades da companhia.
Segundo o gerente de negócios da DHL Supply Chain, Márcio Barbeito, o projeto tem como principal objetivo o gerenciamento das operações logísticas e inventários da NEC Brasil, aplicando todos os conceitos de controles organizacionais.
Para Milton Hanayama, diretor de supply chain da NEC, os principais fatores que levaram a companhia a optar pela terceirização e escolher a DHL foram o foco no core business e ter um parceiro com expertise no negócio. “A DHL Supply Chain demonstrou total capacidade de expansão através da regionalização, além de ser o provedor capaz de oferecer serviços em todas as fases da cadeia logística como importação e exportação e armazenagem e transportes”, afirma.
Além disso, o executivo aponta a garantia de concessão de inventário, bem como a entrega de produtos serializados corretamente como diferenciais nos serviços proporcionados pela DHL.
O sistema WMS (Warehouse Management System), disponibilizado pela DHL, tem como principais funcionalidades: o gerenciamento inteligente das localizações versus produtos; as customizações de conceitos de picking; a consolidação automática de roteiros e ondas de separação e otimização de stagings para maximizar o uso da área de armazenagem.
O procedimento implantado pela DHL Supply Chain permite ainda o rastreamento dos números de série de cada mercadoria. “É possível a separação do produto exato que o cliente solicitou em seu pedido, inclusive pelo número de série”, explica Barbeito.
O Centro de Distribuição da DHL Supply Chain, localizado em Barueri (SP), tem 37 mil metros quadrados de área coberta e adequada para armazenar e manusear produtos de diversos segmentos, incluindo equipamentos de tecnologia.
Perfil da DHL Supply Chain - A DHL Supply Chain tem a solução ideal para a terceirização de serviços logísticos, com operações em 220 países e presente em mais de três mil localidades.
A DHL é líder de mercado em soluções logísticas integradas e faz parte do Grupo Deutsche Post, que possui três divisões de negócios no Brasil - a DHL Supply Chain, a DHL Express e a DHL Global Forwarding.
A abrangência de sua atuação garante a capacitação e a experiência global em toda a cadeia de suprimentos, somadas ao conhecimento específico de cada região onde atua. Isto garante a oferta de soluções inovadoras de alto valor agregado e comprometimento total com a segurança, a saúde e o meio ambiente.
Com processos desenhados especialmente para cada cliente, a DHL Supply Chain opera em centros de distribuição dedicados, compartilhados ou na própria instalação do cliente, pelo sistema In-Plant Logistics.
Perfil da NEC - No Brasil, a NEC oferece soluções de telecomunicações e TI para operadoras, empresas e governo. A NEC também desenvolve no país projetos de computação de alto desempenho, broadcasting e identificação biométrica. Com 40 anos de experiência no mercado local, a NEC é subsidiária da NEC Corporation, uma das maiores companhias globais de tecnologia
Fonte: Fator Brasil

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Direct Express inaugura novo hub e comemora crescimento de 50% no primeiro semestre de 2009

A logística é um fator crucial para o e-commerce. Sem ela, não existe o comércio eletrônico. A Direct Express, líder privado no segmento de entregas expressas no Brasil, nasceu para atender a demanda das lojas virtuais, além disso, já conta com participação importante nos segmentos industrial e de serviços, oferecendo soluções em logística expressa, com informações precisas e em tempo real.
A empresa, que atua tanto com entregas B2C ou B2B, tem abrangência nacional nas entregas de encomendas expressas (pacotes até 50kg, médio/alto valor agregado e com prazo entre 1 e 4 dias úteis, dependendo da localidade. Em sua carteira de clientes estão empresas como a SKy,Embratel, LG, Natura, Flores On Line, Ticketmaster (T4 F) e a B2W (detentora das marcas Americanas.com, Submarino.com e ShopTime.com).
A empresa acaba de inaugurar seu novo hub de 12.000m² em Alphaville, São Paulo, com o objetivo de ampliar sua atuação no mercado nacional e criar maior eficiência na oferta de logística integrada (armazenagem, planejamento de estoques, picking/packing), bem como a distribuição e logística reversa. Segurança, confiabilidade e rapidez na entrega são fatores fundamentais para a Direct Express.
“O comércio eletrônico B2C/B2B possui singularidades que criam demandas específicas e difíceis de serem atendidas por sistemas logísticos tradicionais. Por isso a Direct Express se destaca no cenário nacional. Nossa empresa possui inovações tecnológicas únicas, como a tecnologia WAP utilizada por nossos couriers, que nos permitem o rastreamento, monitoramento e o abastecimento de informações em tempo real”, declara Luiz Nascimento, diretor comercial da empresa.
A Direct Express conta com uma estrutura de 12 centros operacionais próprios em S.Paulo (5), São José dos Campos, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre e Salvador, responsáveis por mais de 80% das entregas que lhes são confiadas, frota exclusiva com 350 veículos, entre furgões leves, vans e VUC’s, além de uma rede de 71 unidades de entrega em todo Brasil, homologadas e geridas via WEB..[Site www.directlog.com.br ]
Fonte: Fator Brasil

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Meios de transporte mais verdes, procuram-se !!

Artigo de Carol Salsa
Água de lastro, derramamento de óleo, emissão de gases nocivos à saúde e efluentes a bordo, são alguns dos poluentes mais comumente avaliados neste tipo de transporte.
Os navios ao realizarem o comércio entre dois países captam água que serve como um contrapeso para a estabilidade do navio no seu regresso à origem. Esta água é conhecida como água de lastro.
Os organismos presentes nesta água têm um habitat diferente do país de origem das cargas. Uma grande embarcação pode carregar até 130 mil toneladas dessas águas de um continente para outro, por exemplo. Uma das verdadeiras pragas nos portos brasileiros tem sido a ocorrência do mexilhão dourado. O mexilhão dourado ( Limnoperna fortunei) é um bivalve da família Mytilidae de no máximo 4 cm de comprimento trazido por água de lastro. Possui uma forma larval, que é livre e, na fase adulta vive fixo a qualquer substrato duro, formando agregados e cobrindo extensas superfícies.
O mexilhão é originário dos rios da China. Foi introduzido nos estuários da foz do rio da Prata na Argentina, em 1991, através da “água de lastro” dos navios que fazem o comércio entre países asiáticos e a Argentina. O mexilhão chegou ao Pantanal, onde foi observado em 1998, incrustado nos cascos das embarcações que trafegam no sistema Paraguai-Paraná, entre Argentina e Brasil. O mexilhão entra no sistema de refrigeração dos motores das embarcações impedindo que a água circule, causa aquecimento do motor e, pode levá-lo a fundir, caso já registrado no rio Paraguai. Isto tem causado desconforto entre as comunidades e empresários, principalmente os do setor elétrico.
Temos no Brasil uma extensa rede hidrográfica e uma grande quantidade de reservatórios para a geração de energia. O prejuízo, tanto ambiental como econômico, será incalculável se medidas de controle da dispersão através de novas tecnologias não forem tomadas. O efeito das incrustações do mexilhão dourado tem sido observado em estações de captação e tratamento de água (tubulação e bombas), sistemas de resfriamento das hidrelétricas e entupimentos em tubulações em geral, aumentando o custo de manutenção na indústria e geradoras de energia elétrica.
No ambiente, o mexilhão ocupa todo o espaço que lhe for disponível e pode alterar a composição de espécies de invertebrados do ambiente aquático. Com as alterações na cadeia alimentar, a captura de certas espécies de peixe pode ser prejudicada.Problemas semelhantes ocorrem nos Estados Unidos e no Canadá, países onde o mexilhão-zebra se disseminou.
Métodos mais modernos sugerem o uso de filtros na operação de captação das águas de lastro.
Um outro problema comum é o ar que se respira na orla marítima. O ar não é tão puro como se pensa. Os poluentes emitidos por navios são responsáveis por cerca de 58 mil mortes ao ano, originando doenças como câncer e problemas no coração . Um estudo intitulado ” Environmental Science and Technology”, publicado pela revista da Sociedade Norte- Americana de Química, mostra que os três portos mais vulneráveis por intenso comércio do mundo - Xangai, Cingapura e Hong-Kong, vão sofrer grande impacto com as emissões provindas dos navios, uma vez que os poluentes não ficam restritos às áreas marítimas e sim, também, às terrestres.
Legislações ambientais adotadas em todo o mundo têm reprimido todo tipo de poluição da água, do ar e do solo. Exemplo disso é o contínuo emprego das normas ISO 9000 e ISO 14001. A Convenção Internacional MARPOL prevê que a água de estiva (estiva é a área do navio situada no fundo do casco, onde os efluentes líquidos e resíduos oleosos são recolhidos, juntamente com outros resíduos de sistemas e equipamentos em espaços de máquinas) deve ser tratada a fim de reduzir a concentração de óleo antes de ser lançada ao mar. Algumas companhias marítimas adotam o sistema de concentração de óleo antes de ser lançada ao mar somente se o teor de óleo for inferior a 15 ppm garantido por monitoramento contínua das empresas.
Os regulamentos MARPOL estabelecem que o esgoto tratado (água de descarga de banheiros e águas residuais de pias médicas) só pode ser lançado ao mar a uma distância superior a 4 milhas da costa mais próxima, enquanto a distância para o esgoto não tratado deve superior a 12 milhas.
Em algumas Companhias, a água dos navios é parcialmente fornecida por fontes externas; a maior parte é obtida diretamente a bordo, utilizando instalações de dessalinização para a produção de água potável.
Um selo que distingue uma conscientização ambiental consolidada é aquele conferido à companhia marítima que cumpre normas ambientais de prevenção de poluição do ambiente marinho, e é, na verdade, mais rigoroso do que as disposições vigentes da Convenção Internacional MARPOL. O selo conferido à empresa chama-se ” Green Star” . O ” Green Planet Award” é o selo de mais alto nível de aprovação ecológica no setor de turismo e viagens, pela gestão e pelo desempenho ecológico.
O setor demonstra uma grande evolução em conceitos ambientais e novas tecnologias para reduzir as emissões de poluentes no oceano, terra e ar.
Carol Salsa, colaboradora e articulista do EcoDebate é engenheira civil, pós-graduada em Mecânica dos Solos pela COPPE/UFRJ, Gestão Ambiental e Ecologia pela UFMG, Educação Ambiental pela FUBRA, Analista Ambiental concursada da FEAM.
Fonte: www.e-campo.com.br