quinta-feira, 5 de maio de 2011

Contra fraude, Basf rastreia logística

O mercado do agronegócio vem sofrendo nos últimos anos com um grande volume de produtos falsificados e desvio de mercadorias durante o processo de transporte. De acordo com a Basf Agro, o prejuízo gerado chegou a US$ 360 milhões por ano, fato que levou a empresa a desenvolver um projeto de rastreabilidade para cargas em toda sua cadeia de distribuição.
"O prejuízo é muito alto, mas, além disso, temos o dever de estar alinhado de maneira favorável com a opinião pública. O agrotóxico já não é bem visto, imagine ele falsificado", declarou Rodrigo de Oliveira da Silva, gerente de operações logística da Basf.
Em seis meses de trabalho, envolvendo mais de duas mil pessoas entre clientes e operadores logísticos, a empresa criou a tecnologia que concentra selos e códigos de barras que são aplicados nas garrafas e paletes, com detalhes, segundo o executivo, que tornam impossível a reprodução. "O selo possui o mesmo tipo de papel moeda do euro", revela.
Monitorado em tempo real desde a linha de produção, passando pela transferência dos produtos da fábrica para os CDs e posteriormente para os clientes finais, de acordo com o gerente, o novo sistema é um dispositivo anti falsificação que trará muitos benefícios tanto para o transportador quanto para o público consumidor.
"A partir desse monitoramento minucioso, além de proteger a mercadoria contra roubos, por ser de difícil violação, a tecnologia nos dá a segurança de que o produto que o cliente recebeu é realmente de fabricação Basf", prossegue.

Cem olhos

Denominado "Argos" - deus grego de cem olhos - o projeto se assemelha ao criado para rastrear medicamentos, a partir da criação de uma lei para esse setor. De acordo com Silva, a empresa se antecipa fornecendo o sistema que poderá ser utilizado por outras empresas que atuam no segmento do agronegócio.
"Em pouco tempo também será criada uma lei para a nossa área de atuação. Estamos dispostos a colaborar com a inspeção realizada pelas autoridades brasileiras e esse sistema de lacre facilitará todos os processos futuros de recall", declarou.
Por questões estratégicas, o gerente não revelou o montante investido no projeto, mas salientou que por ser um projeto desenvolvido pela unidade brasileira, o valor destinado a plataforma de coletas de dados, selos e códigos de barras e treinamentos realizados com os operadores logísticos foi considerável.
FONTE: Webpesados

terça-feira, 3 de maio de 2011

Cabotagem deve crescer 8% em 2011

O fenômeno do crescimento da economia brasileira seguirá empurrando setores ligados à atividade de transporte de carga ao longo deste ano, e um deles, em especial, deverá crescer acima do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. É a navegação de cabotagem - ou o transporte marítimo dentro do País - que tem estimativa de incremento da ordem de 8% na movimentação de contêineres pela costa, em comparação com o ano passado.
Em março, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sinalizou com um PIB 4,5% a 5% maior para o ano. A tese de que a cabotagem tende a crescer acima da economia nacional é defendida pelo representante legal das armadoras do setor, o Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma).
Os dados oficiais de 2010 ainda não foram fechados, mas a estimativa aponta para uma movimentação de contêineres no mesmo patamar de 2008, quando chegou a 692 mil TEUs (o equivalente a um contêiner de carga pequeno, de 20 pés).
FONTE: A Tribuna - Santos

Seguradoras têm novas regras para cargas internacionais

A Câmara de Comércio Exterior, por meio da Resolução Camex (número 21 de 8 de abril de 2011), comunicou que nas exportações e importações brasileiras serão aceitas quaisquer condições de venda praticadas no comércio internacional, desde que compatíveis com o ordenamento jurídico nacional. Na visão de Aparecido Mendes Rocha, especialista em seguros internacionais, com esta resolução, coloca-se um ponto final na questão, para quem ainda tinha dúvida, sobre a legalidade de realizar importações com Incoterms CIF (cost, insurance and freight) para transporte aquaviário e CIP (carriage and insurance paid to) para qualquer modalidade de transporte.
Estes são os únicos termos em que estão previstos seguros. Nesses termos, o exportador tem que entregar a mercadoria ao comprador, com seguro de transporte internacional.
Nessas operações, o importador realiza compra, cuja mercadoria lhe foi vendida já com garantia de seguro de transporte incluído, com apólice contratada pelo exportador no exterior, tendo o importador brasileiro como beneficiário.
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro no Brasil. No ano passado, a Susep declarou, em resposta a consulta efetuada sobre o tema, que não existe em sua regulamentação qualquer vedação para os importadores brasileiros obterem seguro através de importações com Incoterms CIF e CIP, e não identifica qualquer irregularidade nas importações com esses termos.
Com a resolução CNSP 03/71, não há mais a obrigatoriedade de que o seguro de transporte internacional de mercadorias importadas seja realizado exclusivamente por sociedades seguradoras estabelecidas no Brasil.
Embora seja permitida a importação CIF e CIP, existem muitos motivos para que os importadores brasileiros evitem importar com estes termos.
Para o importador, é importante observar que, muitas vezes, a seguradora do exportador não possui representante no Brasil, o que torna necessária a contratação de surveyors, por conta do importador, para regular sinistro.
FONTE: DCI - SP

domingo, 1 de maio de 2011

Fernando Real é o presidente da Maestra Navegação e Logística, mais nova empresa do setor do setor de cabotagem

Fernando Real, 46 anos, brasileiro, casado, é o diretor-presidente da Maestra Navegação e Logística, empresa pertencente à Triunfo Participação e Investimentos e a mais nova companhia do setor de cabotagem brasileiro. O executivo já atuou na Diretoria da Rodo Linea Implementos para Transporte, MRS Estudos Ambientais, Águas de Paranaguá, Grupo Josapar-Suprarroz, na Arisco Industrial - como gerente de negócios.
Real possui MBA em Gestão Empresarial (ISAE/FGV), é graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Pelotas. Além de curso de idiomas na Inglaterra, possui experiência internacional na EFLP- Zurique-Suíça, West Of Scotland College - Escócia e Grupo Sonae - Portugal.
Como um de seus desafios, Real destaca o oferecimento de um serviço de logística integrada, que coordene todos os braços do transporte de cargas, seja por meio rodoviário ou ferroviário, ou pela navegação marítima ou fluvial.
A companhia está habilitada a fazer tanto o transporte porto a porto, em que o cliente entrega a mercadoria no porto de origem e a recebe no porto de destino, como também o transporte porta a porta, em que a empresa cuida de toda a logística, desde a coleta até a entrega da mercadoria. “A idéia é oferecer um serviço de logística integrada, coordenando todos os braços do transporte de cargas, seja por meio rodoviário ou ferroviário ou pela navegação marítima ou fluvial”, diz, acrescentando que “60 a 70% do volume total será no porta a porta”.
A Maestra, cujo aporte de investimentos realizado pela Triunfo soma aproximadamente R$ 60 milhões, atenderá o mercado com quatro embarcações, mantendo freqüência regular semanal. A companhia somará mais de 200 colaboradores. A rotação dos navios Maestra começa em Navegantes e passa por Santos, Salvador, Suape e Manaus.
Com grandes perspectivas de desenvolvimentos locais, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do País, e com o aquecimento do mercado doméstico, o executivo acredita que os gargalos logísticos do Brasil podem ser superados com a cabotagem. “As metas audaciosas do governo no transporte, tanto em redução de custos, bem como em medidas mais ecológicas, podem ser alcançadas com a cabotagem, beneficiadas pela longa extensão da costa brasileira e também devido às vantagens no transporte marítimo de longas distâncias”, afirma.
Fonte: Portal Fator Brasil