quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Veloce Logística investe pesado para conquistar espaço no mercado

Empresa entra no mercado com meta de faturar R$ 140 milhões e já conta com 14 bases operacionais no Brasil e na Argentina, frota de 326 carretas, 75 parceiros em transporte e 375 funcionários. Nova operadora logística nasceu de iniciativa do fundo de investimentos Pátria oferecendo serviços logísticos como milk-run, armazenagem e gestão de embalagens
Fundada pela Pátria Investimentos, juntamente com a experiência de executivos do setor, a Veloce Logística estreia no mercado com o objetivo de atender às necessidades logísticas de grandes empresas de diversos segmentos. Sua estrutura é formada por 14 bases operacionais no Brasil e na Argentina e 326 carretas sider próprias. No País, as bases estão em São Paulo (SP), São Caetano do Sul (SP), São José dos Campos (SP), São Bernardo do Campo (SP), Gravataí (RS), Uruguaiana (RS) e São Borja (RS). Na Argentina, em Buenos Aires, Zárate e Rosário.
Com a meta de faturar R$ 140 milhões em 2010, a empresa atua em operações logísticas domésticas e transporte internacional. Entre seus clientes figuram General Motors, Toyota, Fiat, Danone e Nestlé. "Não queremos só crescer organicamente. Queremos crescer agregando outras empresas que tragam sinergia às nossas operações", explica Paulo Guedes, presidente da Veloce.
Os serviços oferecidos pela companhia incluem milk-run (coleta programada), armazenamento, embalagem, reembalagem controle de estoques, inventários, administração e controle de embalagens, logística reversa, sistemas de documentação internacional, gerenciamento e gestão de transporte e transporte internacional.
Hoje, somente nas atividades de coleta de produtos para customização de cargas, os veículos percorrem, mensalmente, 1,4 milhão de quilômetros. São mais de 7 mil viagens por mês. Dessas, cerca de mil são internacionais, conta Guedes.
A partir de dezembro desse ano, a companhia passará a realizar suas atividades em um novo espaço. O armazém de x-docking tem 18 docas e está localizado na cidade de Diadema (SP). São, no total, 21 mil metros quadrados para "se preparar para novas operações e atender melhor as atuais", explica o executivo.
Expansão
Nos próximos três anos, a empresa pretende investir até R$ 200 milhões em estrutura e equipamentos. Mas isso não quer dizer investir somente em ativos. "Ter ou não ter ativos é estratégico. As vezes é preferível alugar, arrendar ou terceirizar. É preciso ver o que é mais rentável. Depende da necessidade de cada cliente", explica o presidente. "A estratégia da Veloce é estar ao lado dos clientes no desenvolvimento conjunto de novas e melhores soluções logísticas, instituindo programas efetivos e contínuos de melhoria nos processos operacionais existentes", diz o diretor de Operações Ruy Galvão.
Novos mercados também estão nos planos dos executivos. Os países vizinhos, principalmente os do cone Sul, são os que atraem mais interesse. "Queremos aumentar a abrangência para mais países da América do Sul. Antes, queremos consolidar as atuais operações, mas, quem faz Argentina tem possibilidade de fazer Mercosul", revela o diretor administrativo-financeiro André Perosa.
Logística verde
Preocupada com a preservação do meio ambiente, a Veloce já realiza o controle de emissão de gás carbônico (CO2) de seus veículos. "No fim de cada viagem, o motorista informa a quantidade de CO2 eliminada", conta Galvão. A frota, com idade média de 1 ano e meio a dois, também contribui para o baixo nível de poluentes despejados na atmosfera. "Esses motores já vêm com as exigências do Euro III. Mantendo uma frota cada vez mais renovada, mantém-se o equipamento mais perto das exigências", conclui o diretor.
FONTE: Portal Transporta Brasil

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Logística na Gestão de Suprimentos

Para que a logística possa oferecer resultados positivos à empresa é preciso observar a cadeia produtiva inserida na organização. Para tanto, deve-se avaliar a cadeia de suprimentos e o gerenciamento desse ciclo de suprimento.
A cadeia de suprimento é o grupo de fornecedores que suprem as necessidades de uma empresa na criação e desenvolvimento dos seus produtos. As empresas que utilizam a mesma cadeia de suprimentos devem se comunicar e cooperar entre si eliminando todo desperdício, com o objetivo de satisfazer o cliente final ao menor custo possível.
As informações ocorrem nos dois sentidos, existindo um fluxo de informações, recursos, reclamações e de produtos, entre outros, no sentido cliente para fornecedor e vice-versa, na busca pela melhoria contínua.
Por sua vez, o gerenciamento da cadeia de suprimento ou supply chain Management (SCM) é a gestão da cadeia de suprimento com o objetivo de torná-la cada vez mais eficaz. Esta gestão visa identificar os pontos fortes e fracos de toda a cadeia a fim de tomar decisões com o objetivo de mudanças, combatendo o desperdício e aumentando a competitividade da empresa (Shapiro, 2001, p.4).
A gestão da cadeia de suprimento adota várias práticas logísticas visando eliminar desperdício e reduzir custos, tais como:
Cooperação: incentivar o trabalho conjunto entre clientes e fornecedores com objetivo de eliminar toda e qualquer operação que não agregue valor (desperdício).
Tecnologia da Informação: a informática oferece ferramentas utilizadas na gestão da logística, tais como ERP, WMS, EDI, código de barras, kanban eletrônico, RFID, etc. A exatidão e correção da informação são fundamentais para tomada de decisões, além de viabilizar ou facilitar a execução de outras práticas aqui listadas. Não é mais possível ser eficiente sem o auxílio dessas ferramentas e de um sistema ERP confiável e preciso como o Omega, que ofereça amplo suporte para as operações.
Modais no transporte: é boa prática a utilização de qualquer modo de transporte combinado durante o percurso, se houver redução de custo ou prazo é necessário manter a qualidade requerida.
Logística Reversa: devido à preocupação com o impacto no meio ambiente, a legislação está levando as empresas a serem responsáveis pelos produtos e embalagens após a entrega aos clientes. Os produtos que se tornam obsoletos, danificados ou quebrados devem retornar ao ponto de origem onde serão reparados ou sucateados e as embalagens reaproveitadas. As vantagens estão na percepção dos clientes sobre a preocupação ambiental do fornecedor e na redução de custos na compra de embalagens e matérias primas.
Terceirização: considera a opção de contratar parceiros para executar atividades específicas as quais podem ser mais bem executadas e a menor custo do que sua empresa é capaz.
Globalização: considera que não existem pré-condições geográficas definidas; fornecedores e clientes podem estar em qualquer parte do planeta, se houver vantagens competitivas.
Aspectos Fiscais e Tributários: procurar e negociar com os governos, ocupar regiões geográficas onde vantagens fiscais e tributárias são oferecidas.
Redução dos Riscos: avaliar os processos e planejar para reduzir as chances de algo dar errado através da análise e correção, a logística tem que estar preparada para “a lei de Murphy”.
À medida que estas e outras práticas logísticas são implantadas, consegue-se uma gestão mais eficaz possibilitando a empresa obter resultados mais perceptíveis em termos de organização, fluxo estável, redução de custos, maximização de resultados, satisfação dos clientes e permanência no mercado.
A gestão da cadeia de suprimentos é um dos mais importantes passos a serem dados pelas empresas que necessitam melhorar seus processos, principalmente, quando envolve fornecedores e empresas terceirizadas em seus processos de manufatura e/ou distribuição. A importância da logística nos processos atuais é justificada pelos custos agregados resultantes.
A qualidade dos produtos e serviços é um fator determinantepara o sucesso de uma cadeia de suprimentos, pois a má qualidade ou falta dela pode gerar atrasos nas entregas com respectivos custos, multas, perdas financeiras e de imagem, bem como produtos danificados ou impróprios para o uso produzindo custos de retrabalho e de sucata.
Muito se tem dito sobre esse assunto, porém, infelizmente, somente uma parte desse discurso é praticado no dia a dia das pessoas e empresas.
A observação sobre os impactos que causamos no planeta tem relação direta com a logística enxuta, porém poucos são os que param para reavaliar seus hábitos e práticas no âmbito individual e, consequentemente, no âmbito coletivo de suas ações
Uma sugestão que favorece o planeta e o bolso do empresário é começar a olhar a forma como se dão os processos logísticos da empresa, enxutos ou não!
Fonte: Aldo Albieri - Engenheiro eletrônico formado pele FEI e especialista em logística, consultor de negócios da ABC71 Soluções em Informática