quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Veloce registra suas emissões de gases de efeito estufa

Operadora logística emitiu 51,8 mil toneladas de CO² equivalente em 2010 e será uma das pioneiras em ações de compensação no setor.

A Veloce Logística é uma das primeiras empresas do setor no país a registrar publicamente seu inventário de emissões de gases de efeito estufa no Programa Brasileiro GHG Protocol, a metodologia mais utilizada mundialmente para medir e gerenciar as emissões.

O registro do inventário é o primeiro passo para um plano de gerenciamento e redução das emissões de gases de efeito estufa. Em todo o Brasil, somente 77 empresas, englobando todos os segmentos da economia, registraram seus inventários nesse programa até o momento.

“Entendemos que, como operadores logísticos, devemos saber exatamente qual o passivo ambiental que geramos, divulgar esse dado de forma transparente e tomar medidas concretas para reduzir esses impactos, possibilitando a melhoria do desempenho ambiental da empresa e do setor”, afirma Paulo Roberto Guedes, diretor-presidente da Veloce.

A Veloce registrou a emissão de 51,8 mil toneladas de gás carbônico equivalente (CO² e) em 2010. A medição das emissões levou em conta não somente as operações diretas de logística (como o transporte e movimentação de cargas), mas também o consumo de energia elétrica nas unidades da empresa, o impacto gerado na produção de todos os materiais consumidos pelos funcionários e até o volume de poluentes emitidos por automóveis e aeronaves nas viagens de executivos a trabalho.

Agora, um grupo formado por gestores de diversas áreas da empresa está preparando planos de ações para reduzir o volume emitido. Algumas dessas iniciativas mitigadoras já foram implantadas antes do inventário, como a reutilização de água de chuva para limpeza das carretas. Outras medidas serão iniciadas ainda este ano.

O registro do inventário de emissões faz parte do Sistema de Gestão para a Sustentabilidade (SGS) da Veloce. Também dentro desse sistema, a empresa está recebendo as certificações de qualidade e ambiental ISO 9001 e ISO 14001.

Veloce- Criada em 2009, a Veloce já é líder no transporte de cargas do setor automotivo entre Brasil e Argentina, mas seu portfólio abrange todo o leque de serviços integrados de logística, como milk run (coleta programada), cross docking, movimentação interna, gestão de armazenagem e documentação internacional. Entre seus clientes estão montadoras como GM, Toyota, Honda, VW e indústrias de bens de consumo como Bimbo, Danone, Nívea, Procter & Gamble, Sancor e Unilever.

A Veloce foi premiada pela GM como um dos Melhores Fornecedores no Brasil e na Argentina – caso que também foi finalista do Prêmio REI, concedido pela Revista Automotive Business. A empresa, que pertence ao grupo Pátria Investimentos, conta com 475 carretas, 500 funcionários, 19 bases operacionais no Brasil e na Argentina.
Fonte: Portal Fator Brasil.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Paraná precisa de R$ 6 bilhões para solucionar gargalos de infraestrutura

O Paraná precisa de investimentos de R$ 6 bilhões até 2015 para solucionar os principais gargalos que afetam a infraestrutura do Estado. O levantamento, elaborado por técnicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), foi apresentado à bancada federal durante a reunião do Fórum Permanente Futuro 10 Paraná nesta segunda-feira (17), que teve a participação do governador Beto Richa e de quatro secretários estaduais.

Desse montante, as entidades solicitaram que a bancada federal apresente emendas ao Orçamento da União totalizando R$ 480 milhões para serem aplicados já em 2012.

O estudo apresentado aos parlamentares enumera uma série de obras nos portos, aeroportos, ferrovias e rodovias do Paraná. Entre as melhorias apontadas como prioritárias já para o próximo ano está o início da modernização do corredor de exportação do Porto de Paranaguá, que precisam de investimentos imediatos de R$ 150 milhões. Além disso, o Fórum pede outros R$ 20 milhões para a dragagem e aprofundamento do canal que dá acesso ao terminal. Até 2015, as entidades apontam a necessidade de investimentos de R$ 1 bilhão nos portos paranaenses.

Em relação à malha ferroviária do Estado, o Fórum prevê investimentos de R$ 3 bilhões nos próximos quatro anos. As entidades pedem que, já no ano que vem, sejam disponibilizados R$ 25 milhões para o início das obras do Contorno Ferroviário de Curitiba – que tem valor total estimado em R$ 500 milhões. Também para 2012, seriam necessários mais R$ 3 milhões para obras na rede ferroviária em Maringá e Londrina.

Os investimentos mais importantes nesse modal, porém, não têm início previsto. Segundo o levantamento, seriam necessários R$ 1,5 bilhão para a construção de uma nova ferrovia entre Guarapuava e Paranaguá, além de outro R$ 1 bilhão para a construção de uma estrada de ferro ligando Cascavel a Guaíra e Maracaju (MS).

Em relação aos aeroportos – que precisariam de investimentos de R$ 975 milhões até 2015 –, a principal obra no Estado seria a construção de uma nova pista no Aeroporto Internacional Afonso Pena, na Região Metropolitana de Curitiba. A melhoria, estimada em R$ 580 milhões, precisaria de investimentos de R$ 30 milhões já em 2012, segundo o Fórum. A proposta das entidades pede ainda a mobilização por obras nos aeroportos de Foz do Iguaçu, Londrina, Cascavel e Maringá, além da implantação de um aeroporto regional no Oeste do Estado.

Por fim, o Fórum Futuro 10 pede investimentos de R$ 1,07 bilhão nas rodovias paranaenses – R$ 236 milhões já em 2012. Entre as principais obras estão a melhoria do acesso rodoviário ao Porto de Paranaguá e a duplicação de estradas em várias regiões do Estado, além da elaboração do projeto para construção da BR-101 no Paraná, cortando o litoral.

"Precisamos do esforço da bancada principalmente nas questões de logística e infraestrutura, em que o Paraná tem tido certa dificuldade nos últimos anos. Quando pensamos em desenvolver o Paraná como um todo, e especialmente o interior do Estado, é necessário que haja essa sintonia", disse o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo.

O governador Beto Richa também destacou a importância do trabalho conjunto entre setor produtivo, Executivo estadual e bancada federal na busca de soluções para a infraestrutura. Segundo ele, esse diálogo já vem gerando resultados positivos. "Estamos conseguindo muitos investimentos federais no Estado e nossos deputados têm apresentado emendas ao orçamento da União destinando importantes recursos para a melhoria, sobretudo, da infraestrutura do Paraná", declarou.

Apesar disso, Richa admitiu que os esforços adotados por seu governo desde o início do ano para solucionar os problemas logísticos do Estado ainda estão distantes do ideal. "Primeiro tivemos a necessidade de recomposição das finanças e da capacidade de investimento do Paraná, com medidas de austeridade para termos uma sobra de caixa", explicou. "O Estado nunca ficou paralisado, mas investimentos de forma intensa e vigorosa como eu quero, ainda não aconteceram. Certamente, porém, em breve os paranaenses vão poder ver o Estado transformado em um canteiro de obras", concluiu.

Banco de Projetos

Uma das primeiras ações que deve nortear a realização das obras de infraestrutura diz respeito à criação de um Banco de Projetos, ideia que vem sendo defendida de forma intensa pela Fiep. "Este banco será sediado pelo setor produtivo, mas com participação do governo estadual e federal", explicou o consultor do Conselho Setorial de Infraestrutura da Fiep, Mario Stamm. Segundo ele, a minuta de um projeto de lei que embasará a criação deste Banco de Projetos está em análise pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR) e pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Após esta análise, a proposta será encaminhada ao líder da bancada paranaense na Câmara Federal, deputado Fernando Giacobo (PR), e ao chefe do escritório do governo do Paraná em Brasília, Alceni Guerra, para que seja defendida na capital federal.

Segundo o deputado federal Eduardo Sciarra (PSD), hoje o Paraná é preterido na liberação de recursos federais em relação a outros estados. Esse hiato, segundo ele, deve-se, entre outros fatores, à falta de projetos para realização de obras. "É fundamental a participação da sociedade civil organizada neste processo", afirmou. O parlamentar sugeriu ainda que as emendas de bancada sejam destinadas a obras estruturantes, que beneficiarão o Estado como um todo, deixando as emendas individuais para as obras nos municípios onde os parlamentares têm sua base eleitoral.

Também a deputada federal Rosane Ferreira (PV) destacou a importância do trabalho do Fórum Futuro 10 na articulação de diferentes entidades e atores políticos e sociais. "Fico muito feliz porque vejo a sociedade civil, a bancada federal e a nossa ministra da Casa Civil (Gleisi Hoffmann) falando a mesma língua", observou.

Também participaram da reunião do Fórum Futuro 10 desta segunda-feira o vice-governador e secretário de Educação, Flávio Arns, e os secretários estaduais José Richa Filho (Infraestrutura e Logística), Cassio Taniguchi (Planejamento), e Norberto Ortigara (Agricultura); os deputados federais André Zacharow (PMDB), Fernando Francischini (PSDB), Rosane Ferreira (PV), Eduardo Sciarra (PSD), Nelson Padovani (PSC) e Reinhold Stephanes (PMDB); além do senador Sérgio Souza (PMDB) e do chefe do escritório do governo do Paraná em Brasília, Alceni Guerra.
FONTE: O Estado do Paraná