quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Frete sofrerá reajuste de 10% em Mato Grosso

A Associação das Transportadoras de Cargas de Mato Grosso (ATC) prevê reajuste de no mínimo 10% no preço do frete para o período de escoamento da produção, que começa em fevereiro. O aumento faz parte do calendário da categoria e visa equilibrar a alta no preço do combustível e demais custos com manutenção.
Mesmo com a elevação, o diretor de Logística da ATC, Maurício Galvão, diz que ela não corresponde ao que seria necessário para equiparar aos aumentos do óleo diesel. Segundo ele, neste período as empresas discutem quanto do que foi onerado nos últimos meses será repassado para o valor do frete. "Nos últimos 5 anos o diesel aumentou mais de 500% e o reajuste das transportadoras não corresponde a isso".
Além do preço do combustível, outros fatores que compõem o preço do frete são a manutenção, o valor do caminhão e o salário dos motoristas. O presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, afirma que entende que as empresas precisam readequar a tabela de preços anualmente, mas considera que a diferença se torna prejuízo ao produtor. "Se ficar 10% mais caro, este é o percentual que é abatido da renda", afirma ao explicar que o produtor não consegue repassar a variação para o produto.
Segundo Prado, o que não dá para entender é a inflação no preço do diesel. "O país produz e é alto suficiente, como pode haver tantos reajustes?", questiona. Conforme Maurício Galvão, de R$ 3 a R$ 3,20 que era pago por tonelada/km de Rondonópolis ao porto de Paranaguá (PR) passará para R$ 3,60.
FONTE: Só Notícias

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Empresa lança CT-e que opera integrado ao software TMS

Em meio às discussões sobre os novos procedimentos que as empresas de logística e transportes terão que incorporar ao adotar o CT-e, a ESL Consultoria e Serviços em Informática, empresa especializada na produção e desenvolvimento de softwares para gestão nos setores de logística e transportes, de Caieiras (SP), largou na frente da concorrência e já está operando com sucesso o novo sistema. Ao ser integrado ao software TMS (Transportation Management System ou Sistema de Gerenciamento de Transporte), que atende às operações dos segmentos rodoviário, rodo-aéreo e container, as operações com o CT-e são facilitadas. Isso porque o software da empresa paulista permite ao cliente total integração dos dados enviados à SEFAZ (Secretaria da Fazenda), referentes ao dia a dia dessas transportadoras.

Entre as informações, destacam-se a gestão total dos dados dos lotes de conhecimentos, visibilidade dos dados operacionais e informações fiscais contidas no CT-e, além da amostragem de indicadores de desempenho. O objetivo é analisar a performance das operações de transporte, o que inclui controle das entregas, controle estatístico de ocorrências, gestão dos tempos e custos dos fluxos operacionais, visualização das margens de lucratividade bruta operacional, da lucratividade líquida administrativa e financeira.

Como funciona - a aplicação efetua validação primária dos dados cadastrais contidos no CT-e, a geração dos lotes de até 500 KB ou 50 CT-e, a geração e assinatura digital dos XML's, o envio para o web service da SEFAZ e recepção das autorizações ou rejeições retornadas pela SEFAZ. Possui ainda funcionalidades como controle de inutilização, cancelamento de CT-e's, emissão em contingência, arquivamento dos XML's validados pela SEFAZ e envio destes por email ao destinatário, remetente e contabilidade, além de uma série de relatórios gerenciais da operação o que permite uma visualização ampla de todas as informações geradas durante o processo.

Para comprovar o sucesso da operação do TMS junto ao CT-e, a ESL iniciou um projeto piloto há dois anos com a Omnitrans Logística e Transportes, de Santos (SP). E desde o início do último mês de dezembro, a transportadora já emite os dados das operações à Secretaria da Fazenda via CT-e, sendo a pioneira no segmento de transporte de contêineres a trabalhar com a nova modalidade de emissão.

O gerente geral de operações logísticas da Ominitrans, Alex Augusto, conta que na operação "tradicional" do envio do Conhecimento se perdia muito tempo para realizar tais procedimentos. Segundo ele, era preciso separar toda a documentação em papel e arquivar esse material. "Atualmente emitimos cerca de 80 Conhecimentos ao dia. A cada 10, gastávamos em média 30 minutos", ressalta.

Menos de 30 dias após a adoção do novo sistema, o gerente já começou a perceber as mudanças. "Ganhamos muito na velocidade da expedição dos documentos. Agora fazemos 10 Conhecimentos em apenas cinco minutos, além de economizarmos com equipamentos de impressão, espaço físico e até mesmo mão de obra, pois antes era preciso duas pessoas realizando esse trabalho e agora uma só consegue operar a documentação. Vantagem também aos erros de digitação terem sido quase extintos, devido a digitação do CT-e praticamente não existir, pois adquirimos o leitor do código de barras. E com a leitura e integração das informações da NF-e, o CT-e é alimentado automaticamente", enfatiza.

Fator fundamental para o sucesso da operação da Omnitrans com o CT-e, na visão de Augusto, foi a integração com o software TMS da ESL. Ele explica que o fato de já operar com o TMS garante à Ominitrans uma visualização completa de todas as operações do transporte, o que compreende em que períodos os documentos foram emitidos, quem emitiu o documento, custos, valores dos clientes e frete médio, entre outras informações essenciais. "Se não fosse essa integração, ficaria muito trabalhoso coletar as informações em uma planilha ou qualquer outro programa e depois operar com o CT-e. Já estamos com a ESL há quatro anos e o TMS fez toda a diferença para nós", conclui.

De acordo com Rinaldo Oliveira, diretor comercial da ESL, a empresa desenvolveu a sua própria ferramenta de CT-e com o objetivo eliminar toda a dependência junto a uma solução de CT-e desenvolvida e comercializada por empresas de terceiros. Para ele, estabelecer uma parceria com uma determinada empresa que já possuísse a ferramenta desenvolvida seria favoravelmente o caminho mais atraente. Contudo, Oliveira ressalta. "Entendemos logo no início do projeto que a integração TMS e CT-e, devido à sua complexidade e importância, deveria ser desenvolvida internamente, pois assim poderíamos cuidar e nos comprometer com todo o ciclo do transporte de nossos clientes. Não desenvolvemos isoladamente o CT-e, mas sim trabalhamos o sistema totalmente integrado ao nosso TMS". Para 2011, a expectativa da ESL é aumentar a operação desses sistemas junto aos seus clientes. O diretor comercial acredita em um crescimento de 30% a 40%. "Sempre buscamos atender nossos clientes da melhor forma possível. Nosso sistema foi desenvolvido de forma que sua integração facilite as operações do transporte e dessa forma, o CT-e se encaixa perfeitamente", conclui o executivo.
FONTE: Divulgação

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Usuários refutam nova alta do frete ferroviário

Insatisfeita com as propostas de aumento do custo do frete ferroviário, a Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut) decidiu tentar uma renegociação dos valores que as concessionárias querem impor ao setor. A associação procurou a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) para tentar rever a proposta.
Com o reajuste pedido pelas concessionárias das ferrovias, há caso em que a alta do frete pode chegar a 25%. A Anut, que representa os usuários, tenta barrar o forte reajuste proposto pelas concessionárias. A instituição quer condicionar o preço da tarifa ao aumento dos custos gerais do segmento. "O aumento está acima do razoável. Os custos do setor cresceram em média 6% de 2009 para 2010", disse Luiz Henrique Baldez, presidente da Anut. "O óleo diesel, insumo usado em grande parte das locomotivas, não sofreu variação no ano passado (comparado com 2009). Se os custos não sobem, não vejo motivo para tamanho aumento nos preços."
A Anut, que possui entre os associados grandes empresas da siderurgia, cimento, grãos, mineradoras e fabricantes de papel e celulose, sustenta que a falta de uma regulação maior no setor favorece as concessionárias. "Elas possuem o termo de concessão e estão protegidas por esse documento. Os usuários não têm nenhum recurso para se proteger e precisam se sujeitar às regras do concessionário", disse Baldez.
Representantes da Anut se reuniram com várias associações ontem, em Brasília, para discutir o reajuste dos fretes e as audiências públicas que a ANTT pretende lançar este ano. A agência está preparando, para o primeiro semestre, várias audiências públicas para discutir a regulação no setor. A primeira medida pretende regulamentar a defesa dos usuários do serviço de transporte ferroviário. A segunda define os direitos de passagem em trilhos. A terceira, e última, prevê metas de produção para o setor.
O teto tarifário para o transporte, estabelecido na época da privatização, é motivo de grandes reclamações dos usuários. O valor é considerado alto, o que deixa aberta a possibilidade para que se faça grandes reajustes. "Esses aumentos não são coisa nova. As concessionárias cobram mais que o razoável há tempos", disse Baldez. As principais ferrovias do país sãoVale, MRS LogísticaeALL.
No atual modelo de transporte, somente uma empresa tem licença para operar um trecho outorgado. O novo modelo de concessão desenhado pela ANTT vai estimular outras empresas a utilizar a estrutura de terceiras mediante o pagamento de uma taxa. Com essa mudança, a concorrência deve aumentar, reduzindo os preços. A ANTT quer rever o direito de passagem para estimular o intercâmbio de trens entre as várias linhas do país.
A Anut se reunirá trimestralmente para avaliar o processo de negociação das tarifas de transporte de carga. Para esse fim, a associação criou a "Coalizão dos Usuários". A ANTF foi procurada, mas todos os funcionários encontram-se em férias.
FONTE: Valor Econômico - SP