sexta-feira, 18 de março de 2011

Reformulado, Detran-SP voltará a emitir 2ª via da CNH pela web

A partir do segundo semestre, motoristas de São Paulo vão poder receber suas carteiras de habilitação definitivas em casa. Eles não vão precisar mais ir ao Detran, como ocorre atualmente. Até o fim do ano, várias outras mudanças vão ocorrer.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta quinta-feira uma grande reformulação no órgão de trânsito paulista.
A filosofia das alterações, segundo Alckmin, é dar um padrão de "Poupatempo" ao órgão. As alterações vão ocorrer de forma gradativa.
Em 45 dias, será lançado um novo portal. Em 90 dias, vai começar o serviço de envio de CNH definitiva a quem não cometer infrações graves durante o primeiro ano de habilitação. Pela internet, será possível acelerar o pedido de transferência do local de registro do carro e voltar a pedir a segunda via da CNH --como era feito anteriormente.
O pacote de mudanças prevê ainda reestruturação dos três postos físicos do Detran na capital. Em 120 dias, haverá mais serviços disponíveis em Interlagos e na zona leste. A reforma do prédio perto do metrô Armênia, entretanto, ainda não tem data para terminar, segundo o governo.
O Detran também saiu das mãos da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Agora, ele está sob o comando da secretaria de Gestão Pública. O novo diretor do órgão será Daniel Annenberg, que foi superintendente do Poupatempo.
Segundo ele, até 2012, as pessoas não vão mais sentir frio na barriga quando tiverem que fazer alguma coisa no Detran.
Só falta agora levar esses bons ventos reformistas para o DER, que continua emitindo AET só no papel.
FONTE: Folha de São Paulo - SP

Armazéns do Paraná estão no limite da capacidade de estoque

Armazéns do interior do Paraná estão trabalhando no limite da capacidade de estoque da produção agrícola para exportação, segundo a Ocepar - Organização das Cooperativas do Paraná.
Há cerca de 13,75 milhões de toneladas colhidas na região, o que representa 75% da produção da área.
A chuva do fim de fevereiro e do início de março já atrapalhava o carregamento de navios. Com as quedas de pontes e deslizamentos na BR-277 da sexta passada e a dificuldade de transporte, os silos encheram rapidamente.
A estrada leva ao porto de Paranaguá. O acesso à cidade continua restrito. "Houve represamento [do estoque] e não há espaço nos armazéns para atender a colheita da safra", diz Luiz Sebastião Bronzatti, gerente na cooperativa Coamo.
Na empresa, quase toda a capacidade de estoque de 4 milhões de toneladas é ocupada pela safra que chega do campo. Em algumas cooperativas, a armazenagem é feita a céu aberto.
Na Copavel - Cooperativa Agroindustrial de Cascavel, a 521 km de Curitiba, os silos de 420 mil toneladas, no total, estão cheios. No pátio, o excedente fica sobre lonas.
De acordo com a Ecovia, que administra a BR-277, o pior trecho é sobre a ponte do quilômetro 26, onde passa um caminhão por vez.
Segundo a Appa - Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, as senhas que estavam bloqueadas para embarque de carga começaram a ser parcialmente liberadas ontem.
As senhas são distribuídas por sistema on-line e autorizam a saída, para o porto, dos caminhões que estão no interior. Elas evitam acúmulo de caminhões na estrada. Na madrugada de quarta, 566 caminhões passaram pelo Pátio de Triagem de Paranaguá, diz a Appa.
FONTE: Folha de São Paulo - SP

quarta-feira, 16 de março de 2011

Paranaguá reforça logística para a safra de 2011

A administração portuária de Paranaguá (PR) criou uma força-tarefa de logística com mais cinco órgãos para suportar o escoamento da safra de grãos de 2011, que começou em meados de fevereiro e atingirá picos de movimento entre março e abril.
Conforme as previsões para este ano, o porto chegará a movimentar 15 milhões de toneladas de grãos - 15% a mais do que em 2010, quando o volume chegou a 13 milhões de toneladas.
Além do próprio porto, integram a força-tarefa a Guarda Portuária, a Claspar (Empresa Paranaense de Classificação de Produtos), a Polícia Militar, a Polícia Rodoviária Federal e a concessionária Ecovia, responsável pela administração da BR-277, que liga Curitiba, a capital do Estado, a Paranaguá.

O pátio tem capacidade para mil caminhões por dia mas com a entrada da safra, o giro diário ficará em torno de 1.800 caminhões. Atualmente, o caminhoneiro espera entre seis e oito horas para a entrada no pátio de triagem. As filas na estrada, no entanto, continuam extensas. A Ecovia ampliará a comunicação entre os caminhoneiros, distribuindo material informativo sobre a safra e alertando para a importância das dicas de segurança. As Polícias Rodoviária e Militar, bem como a Guarda Portuária, controlarão trechos do caminho rumo ao porto para evitar atrasos na movimentação dos caminhões e também ações como a chamada "vazada", quando ladrões de carga perfuram a lona de caminhões para roubar soja e outros grãos.
FONTE: Global Online

Parados na estrada, caminhoneiros enfrentam fome e sede no Paraná

Caminhoneiros que esperam para descarregar soja, trigo e milho no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, sofrem com falta de água e comida nesta segunda-feira. Por conta da destruição da BR-277, que liga Curitiba ao litoral, causada pelas chuvas da semana passada, caminhões pesados não estão passando pela rodovia e permanecem no acostamento.
Antes das chuvas, o problema era a demora em conseguir avançar pela rodovia para chegar até o porto. Os primeiros meses do ano, até maio, constituem o pico da safra, principalmente de soja, e o congestionamento de caminhões se repete todo ano.
As reclamações dos caminhoneiros fizeram o governador Beto Richa (PSDB) determinar a distribuição de água potável nesta segunda-feira. O governo estadual estuda, ainda, a possibilidade de distribuir mantimentos e de colocar banheiros químicos em alguns pontos da BR-277.
Por medidas de segurança, o tráfego na BR-277 está acontecendo com restrições no sentido Curitiba - Paranaguá, no qual apenas veículos leves estão sendo liberados próximos do quilômetro 26 da rodovia. A liberação dos caminhões que estão do quilômetro 60 ao quilômetro 70, antes da praça de pedágio, depende da disponibilidade de vagas no Porto de Paranaguá, que no momento é de 500 veículos.
No sentido contrário, do litoral para a capital do Paraná, a liberação é para todos os veículos, mas a viagem pode demorar de duas a três vezes a mais do que o normal e requer muita paciência. O trajeto de Morretes (cidade histórica do litoral paranaense, que decretou estado de calamidade pública), depois que o motorista entra na BR-277, está durando cerca de seis horas, de acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A situação fez a PRF retomar a orientação de que só deve trafegar pela via quem realmente não pode adiar a viagem.

A reconstrução total de todos os estragos causados na estrada só vai ser possível daqui a seis meses, se as condições do tempo permitirem, segundo estimativas da concessionária que administra o trecho, a Ecovia.

A alternativa para quem precisa ir ou voltar do litoral é a Estrada da Graciosa (PR-410), que também requer cuidados. Um afundamento de pista na altura da Serra da Graciosa, entre os quilômetros 20 e 30, bloqueia parcialmente a estrada, mas não interfere na passagem de veículos, informa a Polícia Rodoviária Estadual (PRE).
As outras estradas estaduais do litoral continuam com problemas. A PR-408, que liga os municípios de Morretes a Antonina, está funcionando precariamente, com trânsito lento, devido a quedas de barreiras. A PR-340 (que liga Antonina a Guaraqueçaba) e PR-411 (entre São João da Graciosa e Morretes) estão fluindo em meia pista.

Do Paraná a Santa Catarina

Não há melhoras no trânsito pela BR-376, trecho do Paraná a Santa Catarina, onde uma queda de barreira causa a interdição total em Guaratuba (no quilômetro 670). Sem previsão de que a BR-376 volte a ser liberada, os motoristas que precisam fazer o percurso de Santa Catarina para o Paraná devem sair da BR-101 no quilômetro 113 (região de Itajaí), acessar o quilômetro 184 da BR-470 (passando por Blumenau, Ibirama e Rio do Sul) até a cidade de São Cristóvão do Sul (SC) e pegar a BR-116 até Curitiba.
Os usuários que estão em Curitiba e precisam viajar a Santa Catarina podem fazer o caminho inverso: seguir pela BR-116 até o quilômetro 84 (São Cristóvão do Sul), acessar a BR-470 e chegar à BR-101 por Itajaí, no quilômetro 113. Há congestionamento nos dois sentidos.

Porto de Paranaguá

Além da interdição da BR-277 para caminhões, os trens que levam mercadoria até o Porto de Paranaguá não podem mais chegar até o local. A preocupação da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) é que, caso as interdições se prolonguem, há risco de faltar carga de grãos para exportação, assim como ficará prejudicada a movimentação de cargas importadas, como os fertilizantes.
FONTE: IGParaná

segunda-feira, 14 de março de 2011

Obras em estradas não vão precisar de análise ambiental

Os investimentos públicos federais e de empresas privadas em rodovias concessionadas ganharão um empurrão. Os Ministérios dos Transportes e do Meio Ambiente preparam para as próximas semanas decreto que dispensará estudos de impacto ambiental para licenciar obras de duplicação e manutenção das estradas que estejam no Sistema Nacional de Viação.
O decreto vai destravar, por exemplo, a segunda etapa do Contrato de Restauração e Manutenção (Crema). É um programa que custará R$ 16 bilhões nos próximos cinco anos e prevê a reforma e preservação de 32 mil quilômetros de rodovias. O decreto também facilitará a duplicação de rodovias como a BR 060, em Goiás, e as BRs 364 e 262, em Minas Gerais.
A racionalidade no licenciamento dessas obras exigirá, porém, contrapartida que agrada ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(Ibama). Outro decreto obrigará o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a realizar obras para corrigir problemas ambientais em 56 mil quilômetros de rodovias prontas. Por exemplo, recuperar uma área utilizada como pedreira para a obra ou dar tratamento adequado para a água drenada de uma rodovia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
FONTE: Agência Estado

Cerca de 2 mil caminhoneiros do Paraná estão parados no Porto de Paranaguá

O Sindicargas/MS (Sindicato dos Trabalhadores de Transportadores de Cargas e Similares de Mato Grosso do Sul) estima que cerca de 2 mil caminhoneiros que pegaram cargas no Estado estejam paralisados na BR -277, que dá acesso ao Porto de Paranaguá (PR), principal plataforma de exportação de grãos no País.

Relatos são de que há pelo menos 44 quilômetros de congestionamento.

O motivo deste entrave na entrega dos grãos nos portos pode ser a safra recorde, que de acordo com Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) terá cerca de 154,2 milhões de toneladas de grãos, 3,4% a mais que a safra anterior, que circularão pelas rodovias em direção aos portos para escoação nos próximos dias.
Segundo o presidente do Sindicargas/MS, Roberto Sinai, a falta de estrutura para descarga atrasa a vida dos caminheiros que chegam a esperar dias para descarregar os produtos e consequentemente perdem dinheiro ao deixar de transportar novas cargas.
"Com certeza temos muitos trabalhadores do Mato Grosso do Sul, como caminheiros de outras regiões que pegaram carga aqui, porque temos frota meio deficitária então temos caminhões de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, que trabalham na nossa safra também", conta Sinai.

A principal reclamação dos caminheiros é por conta da falta de pagamentos de diárias por conta dos dias parados nas estradas.

"Os embarcadores acabam se abusando dos caminheiros, fazendo os caminhões depósito, como se fossem cilos, porque eles têm a necessidade de entregar a nota fiscal no porto aduaneiro para confirmar o desembarque da carga. Mas os sindicatos estão atuando para cuidar que os embarcadores paguem as diárias de paralisação, após 24 horas , pois é um direito nosso", reclama o presidente do Sindicargas.

Sinai explica como funciona o cálculo da diária reivindicada pelos caminheiros.

"A diária é calculada em 1 real por hora, multiplicado pela a quantidade de toneladas que a carreta transporta. Então um caminheiro que fica parado um dia na estrada (24 horas) e carrega uma carga de 30 toneladas, tem direito a uma diária de R$ 720, 00, já que conduz uma carreta bi-trem, que carrega cerca de 38 toneladas receberia R$ 912,00", explica Sinai.
Sinai afirma que representantes de vários sindicatos no País estão se dirigindo para o Porto de Paranaguá para acompanhar a situação e cobrar o pagamento das diárias dos caminheiros.

Setcepar lamenta situação do Porto de Paranaguá

Diretor da entidade destaca prejuízos para o transportador

Como todos os anos, a fila de caminhões para descarregar no Porto de Paranaguá é quilométrica. Na tentativa de desafogar o tráfego de caminhões que aguardam às margens da BR-277, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) suspendeu a emissão de senhas do sistema Carga On-Line, que programa o fluxo de chegada e descarga dos caminhões ao porto, ação que não deu certo. Laudio Luiz Soder, Diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Paraná (Setcepar), comenta que este problema no Porto está longe de acabar. O motivo, segundo o Diretor, é a falta de investimentos em infraestrutura portuária. "Sabemos que infelizmente a fila ocorre todos os anos e com maior frequência nas épocas de safra, mas esta situação não deve ser vista como normal. Na verdade trata-se de um problema logístico. O porto deveria receber mais investimentos em armazéns capazes de receber os volumes de produtos que são remetidos para posterior exportação. Fato que não está ocorrendo", explica.
Soder destaca que esta situação causa prejuízos gigantescos para o transportador, pois enquanto aguarda a descarga, o caminhão não tem faturamento. E isso não acontece só no Paraná. Também o Porto de Santos enfrenta problema semelhante, ano após ano. "Com os caminhões parados, as transportadoras têm dificuldade em receber indenizações de estadias, que não cobrem os custos dos veículos parados. Os reflexos desse gargalo prejudicam o agricultor, a agroindústria e aumentam o custo dos produtos exportados. Mais um item do chamado Custo Brasil. Este é um problema que precisa ser resolvido com urgência por todos os componentes da cadeia logística, com o apoio do governo", afirma.
O Diretor do Setcepar comenta um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) que informou que se o comércio internacional continuar em alta, os portos poderão não dar conta da demanda em dois anos. A pesquisa ainda aponta que para resolver os gargalos atuais, seriam necessários R$ 42,88 bilhões, que deveriam ser aplicados em construção, ampliação e recuperação de áreas portuárias, obras de acessos terrestres, dragagem e derrocamento, entre outras melhorias. "Contamos com uma infraestrutura portuária que não recebe atenção há anos. Se não queremos sofrer um apagão logístico precisamos com a máxima urgência de recursos aplicados neste segmento", finaliza.
FONTE: Campo Grande News