domingo, 3 de janeiro de 2010

Jacareí quer oficina do trem bala na cidade

O município espera participar das discussões sobre o Trem de Alta Velocidade (TAV) e receber um centro de manutenção, já que o Vale do Paraíba paulista terá, obrigatoriamente, uma estação.
O prefeito de Jacareí, Hamilton Ribeiro Mota, defende que a cidade, localizada no Vale do Paraíba, a cerca de 70 km de São Paulo, receba pelo menos uma das oficinas de manutenção do TAV (Trem de Alta Velocidade). “Sugerimos que os municípios onde não forem instaladas estações sejam beneficiados com a construção de bases operacionais, de manutenção e logística do TAV. Como o TAV passará pelo Vale do Paraíba e a probabilidade de instalação de uma estação em São José dos Campos é muito grande, acreditamos que Jacareí reúne todas as condições para receber uma base de manutenção dos trens, já que quase não teremos interferência urbana: nosso município tem áreas disponíveis, um sólido e diversificado parque industrial, qualificação profissional e infraestrutura”, afirma Mota.
O projeto do TAV irá encurtar o tempo de percurso por terra de dois importantes polos econômicos do Brasil: o eixo Rio-São Paulo, em viagens que devem durar 1h33. O investimento previsto é de R$ 34,6 bilhões. Já há estações definidas nas cidades de Campinas (duas), São Paulo, Guarulhos, Aparecida e Rio de Janeiro (duas), além de outras duas, a serem escolhidas em municípios do Vale do Paraíba paulista e carioca.
“O TAV está nos seus primórdios e o debate apenas toma corpo. Mas os desafios que o projeto impõe aos brasileiros são ciclópicos: financiamento, viabilidade técnica, dificuldades de engenharia, conciliação entre interesses dos municípios, estados e União, impacto ambiental, prazos etc. Mas, como diria o Barão de Mauá, aquele empresário visionário que estava muito à frente de seu tempo, ‘as dificuldades foram feitas para serem vencidas’. Saberemos vencê-las”, finaliza o prefeito de Jacareí.
Fonte: Fator Brasil

Orgânicos: certificação obrigatória só será exigida a partir de 2011

Brasília - A certificação obrigatória dos produtos orgânicos, que será exigida a partir de 31 de dezembro de 2010, vai além de seu objetivo – a regulamentação do mercado, inclusive com os mecanismos de controle a cargo do Estado. A exigência entraria em vigor no dia 28 de dezembro (segunda-feira), mas o prazo para os produtores se adaptarem foi prorrogado até o final do ano que vem.
Para os envolvidos no processo, é preciso também derrubar mitos, dos quais o principal é a crença generalizada de que os produtos orgânicos são muito mais caros do que os convencionais.
Apesar da crescente demanda, a agricultura orgânica ainda ocupa pouco espaço nas 5,2 milhões de propriedades rurais do país.
Dados do Censo Agropecuário 2006, divulgado em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que apenas 1,8% do total de produtores usam tal técnica.
Os ramos mais frequentes são a pecuária e criação de outros animais (41,7%) e a produção de lavouras temporárias (33,5%). A maior parte dos produtos, no entanto, é voltada à exportação (60%), especialmente para o Japão, os Estados Unidos e a União Europeia.
A preocupação com a saúde e o meio ambiente é um dos fatores que explicam o aumento da procura por alimentos orgânicos, em todo o mundo. Na produção orgânica, não podem ser usados agrotóxicos, adubos químicos e sementes transgênicas, e os animais devem ser criados sem uso de hormônios de crescimento e outras drogas, como antibióticos.
Além de produzir alimentos considerados mais saudáveis, na agricultura orgânica, o solo se mantém fértil e sem risco de contaminação. Os agricultores também ficam menos expostos, já que a aplicação de agrotóxicos, sem os devidos cuidados, é nociva à saúde.
Para controlar esse modo de produção, ainda com carência de dados sobre a quantidade de produtores e a área ocupada e de políticas públicas para seu desenvolvimento, o governo criou o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (Sisorg), cujo selo será permitido a partir do momento em que o produtor estiver de acordo com as novas regras. O selo deverá estar em todos os produtos orgânicos brasileiros. A exceção é para os produtos vendidos diretamente por agricultores familiares.
ABr
Fonte: Fator Brasil