sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Brasil amarga um prejuizo de 1 Bilhão com roubo de carga

O Brasil teve um prejuízo de quase R$ 1 bilhão com o roubo de cargas nas rodovias em 2009. Foram 13.500 ocorrências, segundo dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística). A realidade, no entanto, é ainda pior, de acordo com o próprio presidente da entidade, Flávio Benatti. Segundo ele, é grande o número de crimes desse tipo que não são comunicados à polícia. Estimativas não oficiais da Federação Interestadual das Empresas de Transporte de Cargas (Fenatac) indicam que o roubo de cargas aumenta cerca de 7% a cada ano.
"Não há dúvidas de que o prejuízo é muito maior e que é grande a influência desse tipo de prática criminosa no custo Brasil", disse Benatti, durante o 10º Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas, na Câmara dos Deputados.
"O prejuízo vai muito além de R$1 bilhão, uma vez que é grande o número de casos que não são notificados. Isso acaba sendo arcado pelas empresas e seguradoras, antes de ser repassado aos consumidores", avalia o presidente da Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados, Milton Monti.
Segundo a NTC, 81,38% dos roubos de cargas registrados ocorrem na Região Sudeste. "Isso corresponde a quase 11 mil, das 13.500 ações criminosas praticadas no país. Em valores, são cerca de R$ 660 milhões em prejuízo apenas no Sudeste", explica Benatti. Em segundo lugar, vem a Região Sul, com 1.069 casos, ou 7,9% - prejuízo de R$ 102,5 milhões.
Entre as mercadorias mais visadas pelos criminosos estão as alimentícios, eletroeletrônicas, fármacos, os cigarros, têxteis, as autopeças e os combustíveis, além de produtos metalúrgicos e químicos.
O uso tecnologia para prevenir esses crimes não têm resultado na diminuição dos roubos de cargas. "A cifra de prejuízos é enorme, porque as quadrilhas têm atuado de forma intensa e já está ficando disseminada por todo o país", avalia o presidente da Fenatac, José Hélio Fernandes.
"Mesmo com as empresas fazendo uso das tecnologias modernas, como rastreadores por GPS, dispositivos que só permitem a abertura dos compartimentos em locais previamente definidos ou mesmo a chamada cerca eletrônica [travamento do veículo que desviar de uma rota pré-estabelecida], os roubos de cargas são cada vez mais praticados no Brasil", explica Fernandes.
De acordo com Fernandes, seria importante que a atuação policial passasse a ser federalizada, a fim de melhorar o combate a esse tipo de crime. "Esse é um passo importante, porque a atuação das polícias estaduais acaba limitada por causa dos procedimentos burocráticos necessários para que a investigação avance para os estados vizinhos".
Para o secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, o roubo de cargas precisa ser combatido por duas frentes. Além de uma infraestrutura que evite o tráfego em baixa velocidade, "é necessário que se faça um trabalho com foco na inteligência policial para identificar trechos onde há falta de fiscalização e para identificar onde ocorrem as vendas de produtos sem notas fiscais", avalia.
"A redução de velocidade depende da característica das estradas. A maior parte das vias pavimentadas no país são pistas simples e algumas delas ficam em regiões montanhosas. Além dos aspectos topográficos, precisamos fiscalizar, de forma mais eficiente, os locais onde ocorre maior incidência de assaltos", disse Perrupato.
O 10º Seminário Brasileiro do Transporte Rodoviário de Cargas está sendo realizado na Câmara dos Deputados e discute propostas de infraestrutura que ajudem a superar os gargalos do transporte rodoviário, além de medidas de combate ao roubo de cargas no país.
FONTE: Agência Brasil

Faturamento do Grupo Ouro Verde cresce 24,6% em relação a 2009

O Grupo Ouro Verde, com atuação em logística e locação de veículos e equipamentos, fechou o ano de 2010 com faturamento de cerca de R$ 517 milhões, obtendo uma receita líquida de R$ 446,7 milhões, indicando um crescimento de 24,6% em relação a 2009.
A elevação no faturamento já era aguardada pelos executivos da empresa que, desde 2008, foi reestruturada para ampliar a sua receita e EBITDA, sendo dividida em três segmentos de negócios (logística, locação e armazenagem) e passando a realizar investimentos anuais maiores em cada um desses setores. Em 2010, o investimento total da empresa nas suas três áreas foi de cerca de R$ 352 milhões.
Com a reestruturação, o Grupo Ouro Verde também conferiu taxas maiores de crescimento nos últimos três anos, totalizando 55,6% de crescimento de receita líquida - sendo 24,4% em 2009 e, em 2010, 24,6%.
Para 2011, a empresa anuncia investimentos na casa dos R$ 350 milhões, com a expectativa de manter a elevada taxa de crescimento nos últimos anos. De acordo com o diretor superintendente da empresa, Karlis Kruklis, as apostas para este ano são mais agressivas. "Estamos colocando em prática nosso planejamento sustentável com o objetivo de atender a demanda esperada para este ano, o que inclui renovações de frota e prospecção de novos negócios", revela.
Para o profissional, grande parte dos investimentos anunciados para 2011 está focado nos setores de infraestrutura e sucroalcoleiro e na ampliação da frota de veículos leves para terceirização. "Estamos consolidados em alguns segmentos, como o de locação de maquinários pesados para a produção do Etanol e a terceirização de veículos leves. Agora, queremos atuar mais fortemente na construção civil, setor essencial para o desenvolvimento econômico, com a locação de máquinas e equipamentos", finaliza.
FONTE: Logweb - SP

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Presidente do Supply Chain Council no Brasil ressalta importância de Fórum que acontece na CeMAT

O encontro abordará o tema “Soluções para logística, movimentação e armazenagem de materiais” e objetiva oferecer informação e atualização, além de contribuir para a qualificação dos diversos profissionais de logística e Supply Chain.
A CeMAT SOUTH AMERICA, em parceria com o ILOG – Instituto Logweb de Logística e o SCC – Supply Chain Council-EUA realizarão, entre os dias 04 e 07 de abril de 2011, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP), o Fórum Internacional de Intralogística e Supply Chain.
Segundo Elcio Grassia, presidente do SCC no Brasil, empresas de todos os setores, regiões do mundo e estágios de maturidade reconhecem que suas cadeias de abastecimento são um elemento crítico para seu crescimento, lucratividade e alinhamento estratégico. “A difícil adaptação às novas realidades globais demanda novas competências para assegurar a eficácia na gestão da cadeia de abastecimento, pois se tornou imprescindível alinhar pessoas, processos, sistemas e sustentabilidade”, explica.
O Supply Chain World é um evento realizado há mais de uma década na Europa e Estados Unidos que está pela primeira vez no Brasil para ajudar na identificação de formas práticas de capacitar as organizações a atingir o sucesso através de uma gestão superior da cadeia de abastecimento.
Apresentadores de primeira linha vão discutir alguns dos tópicos mais relevantes e atuais, além de apresentar cases de sucesso. A agenda foi cuidadosamente preparada para oferecer apresentações teóricas, práticas, oportunidades de debate e oportunidades de networking”, ressalta Grassia.
Prêmios de Excelência em Gestão da Cadeia de Abastecimento - Segundo o presidente do SCC no Brasil, durante a realização da CeMAT também será lançada a versão latino-americana dos Prêmios de Excelência em Gestão da Cadeia de Abastecimento. Essa premiação reconhece, desde 2001, as contribuições de equipes gestoras, entidades de pesquisa e desenvolvedores de tecnologia para a excelência na performance de cadeias de abastecimento.
O Supply-Chain Council é uma entidade independente, sem fins lucrativos e com participação aberta a todo tipo de organização interessada em aplicar e desenvolver o estado da arte em práticas e sistemas gerenciais para gestão de cadeias de abastecimentos. Grassia explica que o SCOR (Supply-Chain Operations Reference model) é um modelo de referência que captura a visão consensual dos membros em torno da disciplina e se tornou o padrão global para desenho de processos, benchmarking, análise de melhores práticas e estruturação organizacional.
Supply Chain Summit Brasil 2011- No dia 04 de abril, será realizado o Supply Chain Summit Brasil 2011, reunindo os profissionais deste segmento com objetivo de ampliar conceitos, estimular negócios e promover ações para o enriquecimento do setor. O objetivo é reunir executivos de Operações, Logística e Supply Chain, para discutir os eixos temáticos que fazem parte da cadeia de abastecimento, benchmarks e suas melhorias. Os mediadores dos grupos serão: Prof. Dr. Orlando Fontes Lima Jr. – LALT-Unicamp; Prof. Dr. Lars Meyer Sanches – INSPER; Prof. Dr. Manoel Reis – GVLog-FGV e Prof. Dr. Paulo Sergio de Arruda Ignacio (Facamp).
Fórum - O fórum abordará, no dia 5 de abril, temas como: “Melhores práticas para o desenvolvimento de modelos de contratos, projetos para redução de custos e melhorias operacionais”, com Tim Osmulski, da Raymond Corporation dos EUA; “Introdução ao Supply-Chain Council e SCOR®, com Elcio Grassia, presidente do Supply Chain Council - Capitulo LatAm; “The New Realities for Driving Supply Chain Excellence”, com Joseph Francis, CEO do Supply Chain Council; entre outros.
No dia 06 de abril serão abordados os seguintes tópicos: “Rastreabilidade: Visibilidade, qualidade e segurança na Cadeia de Suprimentos”, com Flavia Ponde Bandeira F. Costa, da GS1 Brasil; “Síndrome do final do mês: Causas, impactos e soluções”, com Lars Meyer Sanches, do LALT/Unicamp; “Minicurso de reciclagem de operadores de empilhadeiras”, com Roland Buchhaas; “Logística Reversa e sustentabilidade”, com Ricardo Fógos, dos Correios; e palestra com Mauricio Kubrusly, entre outros. [www.ilog.org.br/forum].
Em paralelo a organização deste importante Fórum, a promotora empenha-se em divulgar no mundo todo a primeira edição sulamericana da CeMAT, conforme explica Constantino Bäumle, diretor da Hannover Fairs Sulamerica, responsável pela promoção e organização da CeMAT no Brasil. “A divulgação da feira e de seus eventos paralelos está sendo realizada em 100 países, através dos representantes e filiais da Deutsche Messe AG”, afirma. Segundo ele, a expectativa é que a feira reúna 175 empresas em uma área de 20 mil m².
A CeMAT South America – Feira Internacional de Movimentação de Materiais e Logística, acontecerá de 4 a 7 de abril de 2011, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Sua realização é parte da estratégia da Deutsche Messe AG – maior promotora de feiras do mundo, representada no Brasil pela Hannover Fairs Sulamerica – de realizar investimentos no País em feiras de alto padrão voltadas para mercados chave.
Por isso, a feira será promovida em cooperação com a Câmara Setorial de Equipamentos para Movimentação e Armazenagem de Materiais (CSMAM) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ). O evento conta também com parceiros como a Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Equipamentos (VDMA).
Entre suas atrações paralelas estarão o Show de Empilhadeiras e o Fórum Internacional de Intralogística e Supply Chain, organizado em parceria com o ILOG - Instituto Logweb de Logística e o SCC – Supply Chain Council-EUA.
A CeMAT South America reunirá todos os segmentos de movimentação de materiais, logística e intralogística destacando as últimas novidades desses setores. É considerada a maior em área de exposição, após a versão alemã, situando-se à frente das edições que acontecem na China, Rússia, Turquia e Índia. A expectativa, segundo os organizadores, é que a feira reúna 175 empresas em uma área de 20 mil m². | www.cemat-southamerica.com.br
Fonte: Portal Fator Brasil

Logística é um setor que não para de crescer

Brasil vive um dos seus melhores momentos econômicos. Um dos motivos é estar impulsionado por ser sede da Copa do Mundo em 2014 e dos Jogos Olímpicos em 2016. O que contribui para esse cenário positivo é o crescimento ascendente de todo o setor logístico do país.
O ano de 2010 foi o melhor para a logística, que acumulou um faturamento médio de 60% maior que 2009. Lembrando ainda que o mundo passou por uma grande crise em meados de 2008, o que acabou sendo refletido no ano seguinte. Mesmo com todos esses fatores negativos, os números de desenvolvimentos da logística e do Brasil conseguiram ser acima das expectativas.
Em 2011 esse crescimento pode ser ainda maior, já que o novo secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Welber Barral anunciou que o governo de Dilma Rousseff vai trabalhar em prol de reduzir os gargalhos existentes na logística, além de realizar uma desoneração tributária das exportações. Tudo isso faz parte da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).
Uma das regiões onde mais se concentra investimentos logísticos é a de Jundiaí. Um dos fatores que elevam a cidade a essa categoria é sua estrutura logística, já que fica próxima de São Paulo e Campinas; além de oferecer acesso facilitado a duas das mais importantes rodovias do país, Anhanguera e Bandeirantes e com interligação ao trecho sul do Rodoanel. Também está próxima aos aeroportos de Viracopos, Cumbica e Guarulhos, além de acesso facilitado a uma extensa malha ferroviária e ao Porto de Santos.
A troca de experiências no setor e o conhecimento das inúmeras novidades ajuda a manter esse mercado em pleno aquecimento. É por isso que a Feira Internacional Logística.2011 chega a sua segunda edição.
Realizada pela Adelson Eventos, a primeira edição da Logística.2010 foi no mês de junho mostrando-se um sucesso, atraindo um público de dez mil visitantes e gerando negócios.
Em seu segundo ano, a Logística.2011 terá 4 dias de evento. A feira ocorrerá nos dias 14, 15, 16 e 17 de junho de 2011, no Parque da Uva, em Jundiaí, São Paulo.
Nesta feira, os empresários do setor de logística poderão trocar experiências, participar de um intenso networking, além de assistir a palestras, participar de um congresso e da rodada de negócios. Serão aproximadamente 100 expositores em um espaço de quase 53 mil m², divididos em uma área externa e mais 3 pavilhões cobertos, sendo esperado um público de 15 mil pessoas ligadas ao setor e a indústria prestigiando a Feira Internacional Logística.2011.
O objetivo do evento é atrair investidores, empresários e profissionais da área de logística que queiram conhecer as novas tecnologias, as novidades do setor e consequentemente a geração de negócios. |www.feiradelogistica.com.
Fonte: Portal Fator Brasil

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Bitrenzões enfrentam restrição na BR-381, em Minas

Nunca se falou tanto em TRC na província de Minas. A causa-raiz não foge do chão batido da deficiência viária. A expansão do asfalto, até meio precoce, e indiscutível benefício de infraestrutura nas décadas de 1960 e 1970 virou pecado mortal. E ponha mortal nisso. As atuais estatísticas de sinistros estaduais estão liderando os levantamentos nacionais.
Os segmentos críticos, assim chamados pelos estradeiros de 'leitura', são inúmeros e há o caso tétrico da BR-381. Seus 342 quilômetros, da capital a Governador Valadares, no Leste do estado, dispensam denominações dos 'almofadinhas' para chocar com muito sangue escorrendo na pista. Em sua curta extensão ocorreram 2.836 acidentes no ano passado ou 8,7/km.
Em fevereiro, o Ministério Público Federal provocou a justiça e conseguiu liminar proibindo o trânsito de "megacaminhões, tritréns ou carretas articuladas" sobre o seu piso. Isto durante a noite. Na realidade, os operadores do Direito referem-se aos bitréns de nove eixos e rodotréns de PBTC acima de 57 toneladas e comprimento superior a 19,80 metros. Trata-se de uma iniciativa oriunda de Ipatinga, no Vale do Aço.
Em sentença, o juiz federal Osmar Vaz de Mello da Fonseca Júnior observa que "é fato notório que a BR-381, conhecida como 'rodovia da morte', apresenta excessiva carga de veículos. Suas condições de segurança e seu traçado também não atendem às exigências do Contran. Por isso, nos termos da Resolução 211, não se pode conceder AETs (Autorização Especial de Trânsito). O órgão emissor, o DNIT, igualmente responsável pela via, "estaria emitindo de maneira indiscriminada autorizações para o tráfego noturno".
A partir da liminar, os bitrenzões só podem circular do amanhecer ao pôr do sol e no descumprimento, fica estipulada a multa de R$ 100 mil diários ao DNIT e R$ 20 mil por documento ao respectivo funcionário que assiná-lo. O departamento em Brasília, através da sua assessoria de imprensa, informa que suspendeu a emissão de AETs desde 3 de fevereiro e enviou ofício à Polícia Rodoviária Federal para que não aceite autorizações anteriores à data.
Pela ótica da logística de embarcadores do Vale do Aço, está criado mais um nó de bom tamanho. A apuração de custos poderá indicar trajeto alternativo pela Rio-Bahia (BR-116), Volta Redonda e Dutra (rumo a São Paulo), se cabível para AETs noturnas. Certamente, o contorno do problema implicará em ônus para alguém.
Ulisses Martins, presidente do Setcemg (sindicato das transportadoras mineiras) o calcula em 20% o aumento no custo das viagens, "fora o comprometimento nos prazos de entrega das cargas". Já José Natan, líder sindical dos caminhoneiros, de Belo Horizonte, apóia a restrição, "pensando na segurança estradeira".
FONTE: Revista Carga Pesada

Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia já produzem 10% da safra

Uma região que abrange parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e da Bahia vem se destacando nos últimos anos na produção de grãos e já é reconhecida como a nova fronteira agrícola do país. Segundo o Ministério da Agricultura, o lugar chamado de Matopiba, uma junção das sílabas iniciais dos quatro estados, teve grande expansão nos últimos dez anos, com a chegada de produtores de outras regiões do Brasil.
O clima com chuvas bem distribuídas e uma topografia plana, característica do cerrado, são alguns dos atrativos econômicos da região. Com uso de tecnologia em áreas extensas, a produção de Matopiba chegou a 12,2 milhões de toneladas de grãos, representando 8,2% da safra brasileira de 149 milhões de toneladas.
Segundo o gerente de Levantamento e Acompanhamento de Safras da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Carlos Bestétti, a tendência é que essa proporção aumente. Enquanto a previsão de crescimento da safra de grãos 2010/2011 é de 3% em relação à safra anterior, para a nova fronteira agrícola a previsão de crescimento é de 17%. A área plantada teve aumento de 10%.
"As boas perspectivas da região apontam para uma crescente produção nos próximos anos, devido à grande área de cerrado que, sem desobedecer à legislação ambiental, possibilita avançar para novos polos produtivos", afirmou Bestétti por meio de nota do ministério.
Matopiba, no entanto, ainda sofre com a falta de infraestrutura para escoamento da produção. O ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, o primeiro a visitar a região, disse que os próprios agricultores tiveram que construir estradas para retirar a produção das propriedades. "Aquela região pode ser o grande abastecedor da Região Nordeste, carente em alimentos, mas o Estado nunca tinha ido lá", afirmou.
Uma das soluções para o escoamento da lavoura é a Hidrovia do Rio Tocantins. No final de 2010 foi inaugurada a Eclusa do Tucuruí e estão em andamento a construção da Ferrovia Norte-Sul e da Eclusa de Lageado, também no Rio Tocantins. Com essas e outras obras já previstas, o potencial de transporte de grãos de Matopiba pode chegar a 18 milhões de toneladas, de acordo com o Ministério da Agricultura.
Segundo o coordenador de Serviços de Infraestrutura Rural, Logística e Aviação Agrícola do Ministério da Agricultura, Carlos Alberto Nunes, as obras permitirão o aumento da produção de grãos em diversos municípios, com a conversão de áreas de pastagem em lavouras, sem novos desmatamentos. "Representará mais um grande passo a favor do agronegócio brasileiro".
FONTE: Agência Brasil