sábado, 11 de junho de 2011

PAC investe menos de 1% do PIB em transportes

O assessor da Casa Civil, Guilherme Ramalho, afirmou na última terça-feira (07/06) que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) investirá apenas 0,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para a reestruturação do setor de transportes, incluindo todos os modais.
A afirmação feita durante sua participação na XV Conferência Nacional de Logística, que aconteceu em São Paulo não agradou em nada executivos do setor.
Carlos Perobelli, diretor de operações da 5ª Consultoria, empresa que atua na gestão de operadores logísticos, por exemplo, destacou que a velocidade da implantação dos projetos do PAC é incompatível com a necessidade. "Gostaríamos de ter ouvido simplesmente quais são os desafios do setor, quais as soluções e as prioridades, o total em milhões de reais previsto para os investimentos e o cronograma dos projetos. Precisaríamos de uma estratégia e um prazo mais realista e integrado", reclama.
Ele ressaltou ainda que o governo deveria agir em duas frentes de trabalho. A primeira, no transporte fluvial e portuário como forma de escoar a produção e incentivar a importação e a exportação. A segunda estaria relacionada às rodovias, para garantir a distribuição mais rápida dos produtos internos.
FONTE: Shoptrans

Rodoanel vai ter pedágio antes de bom sinal de celular

Prevista para começar em setembro, a cobrança (entre R$ 2,40 e R$ 2,50) de pedágio no trecho sul do Rodoanel pode ser adiantada para o mês que vem. Essa é a meta da SPMar, concessionária que assumiu há três meses a alça de 61 km entre a Régis Bittencourt e a região do ABC paulista.
Ontem ela anunciou já ter cumprido mais 70% dos serviços iniciais -ajustes em sinalização, poda, pavimento- exigidos antes de iniciar a cobrança de pedágio.
A Artesp (agência do governo que regula as concessões), se aprovar os trabalhos (previstos para acabar em julho), poderá autorizar a cobrança.
A falta de sinal de celular, entretanto, persiste em 30% da via. A expectativa da concessionária é que a cobertura esteja completa até dezembro. A rodovia também não tem telefones de emergência, previstos até março de 2012.
A SPMar diz que passou a negociar por conta própria a instalação de antenas.
A concessionária prevê começar até setembro, com prazo de entrega de três anos, a construção do trecho leste. O governo do Estado já disse que pretende iniciar as obras do trecho norte em novembro deste ano e terminás-la em 2014.
FONTE: Folha de São Paulo - SP

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Grandes supermercadistas se unem para diminuir custos

Enquanto a competição por espaço no setor supermercadista brasileiro segue alta com possíveis fusões e aquisições entre Grupo Pão de Açúcar e Carrefour, no segmento de logística a história fica um pouco diferente. De acordo com Adalberto Panzan, presidente da ADS Micrologística, para diminuir custos de logística grandes nomes do mercado já estão trabalhando juntos. "Recentemente, 2 grandes companhias de varejo, o Pão de Açúcar e o Walmart, descobriram que em longas distâncias seus caminhões iam cheios de produtos e voltavam vazios. Com isto, perdiam dinheiro e jogavam fumaça no ar inutilmente. Então, até por contratarem as mesmas transportadoras, elas passaram a compartilhar veículos em alguns trajetos", conta ele. "Economizaram mão de obra e gasolina e pouparam a natureza de viagens sem sentido de seus caminhões. Isto é sustentabilidade em logística", detalha Panzan. Assim, um dos fatores que acabam por conduzir a logística brasileira a uma maior eficácia é também o desejo de diminuir o impacto ecológico de suas operações.

Manaus

Ao contratar a 5A Consultoria (especializada em promover melhorias nos processos logísticos), a Amazon Transportes resolveu investir pesado. Dona de vários terminais portuários, ela queria que seu complexo no Porto de Manaus gerasse mais renda, tivesse menos custos e crescesse em capacidade - sem que fosse preciso ampliá-lo. O aporte da Amazon para tanto totalizou R$ 5 milhões. Destes, R$ 3 milhões foram para o desenvolvimento de novos sistemas e aplicações logísticas no local, R$ 1 milhão destinou-se à aquisição de infraestrutura de comunicação e processamento de dados e outro R$ 1 milhão foi para o pagamento pelo apoio da 5A, que coordenou e implantou todas as mudanças. Como resultado, a empresa vem obtendo (o projeto ainda não chegou ao fim) uma redução de custos, em suas operações em Manaus, de R$ 8 milhões ao ano. Ou seja: em 8 meses apenas já terá obtido o retorno de tudo o que gastou até agora. Daí para a frente, os ganhos que vierem serão lucro.
Eis um bom exemplo de como cada vez mais a otimização da logística ganha espaço nas organizações, em detrimento da mera expansão da capacidade instalada ou da demissão de pessoal visando a cortar gastos. Vivendo em um mundo de concorrência acirrada e margens de lucro apertadas, a ordem é fazer mais com menos - e fazer cada vez melhor.

Implementação

Aumentar a eficiência da logística de uma companhia não implica necessariamente, ao contrário do que pensam alguns, a aquisição de equipamentos de controle sofisticados e caros. O segredo do sucesso aí está, antes, no gerenciamento de processos. É o que ressalta Márcio Coelho, diretor executivo da 5A Consultoria: "A simples compra de tecnologia de ponta não garante a otimização das operações da empresa. Se não for acompanhada de uma implementação bem feita, ela serve no máximo para automatizar a confusão."
Quando a companhia onde Coelho trabalha foi chamada pela Amazon Transportes para atuar em suas instalações de Manaus, uma de suas primeiras providências foi analisar em minúcias os procedimentos que eram adotados ali. Resultado: logo de cara chegou-se à conclusão de que 14% das atividades desempenhadas no local eram desnecessárias. Ao eliminá-las, os ganhos já começaram a se fazer notar no balanço. "As restrições físicas do local [o Porto de Manaus não tem muito espaço para crescer] nos levaram a optar por fazer mais, com menos, ao invés de simplesmente expandir o complexo. E foi a decisão acertada", afirma Jorge Charret, controller da Amazon Transportes.
Outra medida da 5A foi mais radical: "Recomendamos que algumas operações feitas ali fossem levadas para outros locais, para que o terminal da Amazon pudesse se concentrar em sua atividade-fim - o transporte de contêineres. Foi melhor fazer isto do que construir galpões para acomodar trabalho estranho ao local", conta Coelho. Como consequência, houve novamente ganho de produtividade no terminal.
A transformação ainda não terminou, e novas conquistas são esperadas: o terminal em questão, por exemplo, fazia entre 17 e 18 deslocamentos de cada contêiner que passava por ele, e agora isto vem caindo - a meta é atingir uma média de duas remoções por contêiner em breve. Poupa-se, assim, dinheiro e combustível, beneficiando ainda o meio ambiente.
Presente também à XV Conferência Nacional de Logística, que se encerrou ontem em São Paulo, o diretor de Logística da fabricante de tênis Nike, Walter Gimenez, deu uma informação impressionante: "Neste momento, nósjá temos todo nosso planejamento em logística até 2016 pronto e acabado. Estamos trabalhando agora em um projeto que permitirá que tenhamos este mesmo planejamento pronto para o ano de 2020. Eficiência é preparar-se para o futuro, o que redunda em economia para a empresa", observa ele.
FONTE: DCI - SP

terça-feira, 7 de junho de 2011

Empresas de logística e a busca pelo melhor ERP*

O mundo tecnológico não está mais restrito às grandes corporações com verbas tentadoras. Se alguém, há alguns anos, falasse na implementação de sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) em empresas de pequeno e médio porte, seria taxado de insano. No entanto, o tempo mudou e a evolução tecnológica é um caminho sem volta.
Nesse cenário, as empresas do segmento de Logística e empresas onde a área de Logística é diferencial estratégico passaram a buscar soluções para se profissionalizarem e enfrentarem a concorrência de um mercado cada vez mais voraz e competitivo.
Embora algumas ainda insistam em ter controles e sistemas arcaicos, principalmente por conta das verbas nada tentadoras, outras buscam constantemente o apoio de consultorias e empresas que foram criadas para ajudar esse público a se desenvolver.
Não é à toa que gigantes da tecnologia passaram a ficar de olho nas empresas. Afinal, uma empresa dessa bem gerida e preparada para enfrentar a concorrência pode passar rapidamente para outro patamar com melhores resultados e controles. E, assim, todos sempre vão ganhar com esse círculo.
No meio desse novo comportamento, o ERP passou a ocupar um lugar de destaque nas corporações, normalmente puxados pela área de Logística, lembrando que essa área costuma viabilizar economicamente os investimentos em ERPs, por se tratar de um sistema amplo de soluções e informações que facilita a integração dos departamentos da empresa e meio externo, tornando-se essencial para a gestão e otimização dos processos, além de otimizar processos de planejamento e fluxo de materiais.
A busca por soluções eficientes cresceu, embora sem o completo entendimento dessa sigla. Afinal, investir em ERP garante que minha empresa vai disparar na liderança entre as outras companhias? Por que demora tanto? Por que o custo é alto? Como compro uma solução adequada para meu negócio? Mas como decidir pelo melhor sistema de ERP e garantir uma implantação sem problemas no futuro?
Para adquirir essa ferramenta, é fundamental saber escolher o software mais indicado para a empresa. Para facilitar, confira 10 dicas para auxiliar na seleção do melhor sistema ERP para empresas de logística médio porte:
1. Defina previamente as necessidades, focos e prioridades da empresa, além de identificar o real objetivo de implantar o novo sistema;

2. Envolva os principais usuários que serão os responsáveis pela implantação desde o início do processo, participando inclusive da escolha do sistema;

3. Compare os sistemas em bases homogêneas, priorizando processos mais importantes para a empresa, não apenas os que atualmente requerem melhorias;

4. A definição deve ser feita por comitê com autonomia de decisão, tendo representação das diversas áreas da organização; se for necessário, inclua um diretor e colaborador da área de compras para negociação;

5. Verifique a capacitação e experiência de implantação do parceiro, comprometimento que terá com o projeto e o nível de conhecimento dos consultores que estarão participando da implantação;

6. Antes da definição final, procure visitar clientes que usem o sistema de preferência, que tenham o mesmo porte e mercado para conhecer as experiências de implantação, dificuldades de configurações etc. Inclua também a referência prática da dimensão dos recursos de infra-estrutura, assim será possível coletar sugestões e reduzir riscos na implantação;

7. Mantenha a visão holística e plana, verificando o atendimento dos processos da empresa de forma integrada;

8. Avalie a tecnologia aplicada no sistema verificando a atualização, se está dentro das tendências e se há pessoal capacitado disponível;

9. Avalie o sistema por pontuação em critérios previamente definidos e ponderados conforme a necessidade da empresa, a pontuação deve ser definida pelo comitê;

10. A avaliação dos valores financeiros deve incluir o valor de compra das licenças, custo de manutenção para no mínimo três anos, custo da implantação, de mão de obra extra ou pós-implantação, além de verificar como será a cobrança de viagens e estadias dos consultores.

A escolha do sistema impacta de forma direta a empresa, portanto, a maturidade e estabilidade do sistema devem ser fortemente consideradas. Tenha em mente que se trata de uma escolha para mais de uma década, é importante que a visão seja global, uma vez que é alto o risco de tomar uma decisão com pouca base ou com informações superficiais.

Não basta apenas contratar uma empresa especializada em ERP, principalmente quando falamos de médias corporações, que muitas vezes não têm um departamento específico para encontrar as melhores soluções.

Por isso, hoje existem metodologias no mercado que estudam e verificam qual é o melhor sistema de ERP para ser implementado nas empresas. O objetivo é facilitar a vida e otimizar custos dos empresários que buscam soluções para organizar processos e recursos internos.
Isso passa a ser uma tranquilidade para as empresas, que vão contar com profissionais da área de TI qualificados, responsáveis por realizar um estudo interno e identificar qual o sistema mais adequado para o cliente, a partir das necessidades, requisitos individuais e estratégia das empresas, reduzindo o risco e melhorando o nível de qualidade do projeto.

Justamente por conta dessa equipe especializada, todo o processo acontece de forma prática e em tempo reduzido, com resultados pautados pela eficiência. Mesmo porque boas ferramentas podem gerar insucesso se não forem escolhidas corretamente e contarem com uma boa gestão e implementação.
Hoje, no mercado, saber escolher o melhor ERP para cada negócio pode significar um salto no desenvolvimento das empresas.

* Edgar Marçon - Especialista em implantação e melhoria de processos operacionais e diretor da PLK Consulting
FONTE: Publicado originalmente no Canal do Transporte

Troca de radar deve quintuplicar multas de trânsito em São Paulo

A quantidade de multas de trânsito aplicadas para quem avança semáforo vermelho ou invade as faixas exclusivas para ônibus deve quintuplicar no segundo semestre, na capital paulista. A estimativa é da própria Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que vai trocar todos os 156 radares que flagram essas infrações. Hoje, eles são do modelo fotográfico - considerado obsoleto - e deveriam ser eletrônicos.
A cidade de São Paulo tem atualmente 120 radares para flagrar desrespeito ao semáforo vermelho (modelo Refis) e outros 30 para fiscalizar a invasão da faixa de ônibus (Reifex). Todos funcionam como uma máquina fotográfica antiga, em que é preciso colocar um "filme" - nesse caso chamado de chapa - e depois revelar as fotos.
O grande problema desses radares é que têm um limite de 36 fotos e, após atingida essa quantidade, ficam inoperantes até que uma nova chapa seja colocada. Uma empresa contratada pela CET faz uma espécie de ronda, trocando as chapas de todos os radares periodicamente, mas em alguns casos os equipamentos ficam horas e até mesmo um dia inteiro sem flagrar infrações cometidas pelos motoristas.
"Esses equipamentos fotográficos têm quase 20 anos de operação e estão todos obsoletos, trabalham com as chapas ainda. Por isso decidimos trocar todos os radares desse modelo e logo. Virou uma prioridade", diz o diretor administrativo da CET, coronel Luiz Alberto dos Reis.
Os novos equipamentos serão todos eletrônicos - como são os de velocidade, que fiscalizam o rodízio, por exemplo. Não há um limite máximo de fotos de placas que ele consegue tirar e as informações são passadas diretamente para o banco de dados da CET.
FONTE: O Estado de São Paulo - SP