quinta-feira, 14 de julho de 2011

Inspeção veicular será obrigatória em Osasco a partir de 2012

A partir de abril de 2012, os veículos de Osasco, na Grande São Paulo, também serão obrigados a passar pela inspeção veicular. A ação é uma determinação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) que estabelece critérios para o controle da poluição gerada pela frota de veículos no estado de São Paulo.
A cidade tem 312 mil veículos, o que representa quase um carro para cada dois habitantes. Por isso, a população enfrenta os mesmos problemas de quem vive em São Paulo: congestionamento e poluição. Os veículos são os maiores responsáveis pela má qualidade do ar.
O Respirômetro mediu o índice do ar no começo da Avenida dos Autonomistas, no bairro Vila Yara, em Osasco. O número chegou a quase 400 microgramas por metro cúbico de partícula, índice considerado péssimo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o máximo que o ser humano pode respirar em um dia inteiro é 50. No centro de Osasco, o ar também foi considerado péssimo - 380 microgramas por metro cúbico de material particulado.
Em 2013, quem não for aprovado na inspeção não poderá licenciar o veículo. A Prefeitura ainda não definiu a empresa que vai fazer a inspeção e nem o valor da taxa. A licitação para isso deve ser feita até o fim do ano. A Prefeitura de Osasco estuda também a proposta de ônibus e caminhões fazerem a inspeção duas vezes por ano.
A inspeção veicular funciona desde 2008 na cidade de São Paulo. Primeiro era obrigatória para os veículos a diesel e depois para todos. Em São Bernardo do Campo, no ABC, a inspeção começou ano passado e não é obrigatória.
FONTE: G1 - SP

terça-feira, 12 de julho de 2011

Armazém como ferramenta competitiva, por Maurício Rio

Atualmente empresas que buscam aumentar o seu market share, estão procurando insistentemente reduzir os seus custos operacionais, mas quando falham correm o risco de perder espaço para os concorrentes, e uma das formas de aumentar a competitividade é prestar atenção especial ao custo total da logística.
No custo total da logística de uma empresa podemos destacar o transporte e armazenagem como os seus componentes mais importantes, sendo que juntos representam cerca de 70% desse custo.
O ideal é que sejam avaliados de forma conjunta, pois o acréscimo de um deve ser compensado com o decréscimo do outro, buscando assim o menor custo total possível.
Ao avaliarmos a atividade de armazenagem, é necessário considerar os seguintes investimentos: edifício, instalações, equipamentos e estoques; além das despesas operacionais e do pessoal.
O sucesso de um armazém está intimamente ligado ao seu projeto construtivo e dos equipamentos previstos, pois estas decisões irão condicionar todos os demais fatores operacionais e de custos. Um armazém com o menor custo por unidade de espaço ocupado terá o maior facilidade em reduzir os demais componentes de custo.
Por exemplo, um armazém mais largo do que o necessário somente irá provocar um maior gasto em movimentação, com isso teremos mais despesas com recursos humanos e equipamentos, além dos investimentos maiores do que o necessário para um prédio menor que armazenaria o mesmo volume.
Avaliando de forma criteriosa, atualmente devemos transformar o armazém tradicional de pura e simples estocagem, no setor chave do processo logístico, onde é necessário realizar algumas etapas produtivas como montagem final de produtos, bem como realizar outras atividades do fluxo logístico como separação, preparação para embarque, embalagem de transporte e despacho do veiculo de transporte para o cliente.
Para que essa nova visão seja possível é preciso que sejam implementadas uma série de ações que permitam direcionar as decisões executivas em prol das estratégias competitivas da organização.
Os novos armazéns devem ser projetados de forma modular para que permitam o seu crescimento futuro.
Espaços ociosos para eventuais crescimentos são um desperdício e um custo real desnecessário, embora o crescimento modular deva ser muito bem planejado para evitar ruptura no fluxo lógico dos módulos existentes.
Virtualmente, todo armazém pode sofrer uma reorganização física e encolher o espaço ocupado, o que representa sempre um benefício, a forma mais simples de conseguir este benefício é estabelecer zonas de freqüência de atividades, localizando itens de alto giro de processamento e equipando esta área com equipamentos para altos volumes.
Os melhores armazéns utilizam cada metro cúbico de espaço disponível da forma mais produtiva possível, seja para estocagem vertical ou para abrigar escritórios.
A redução das áreas ocupadas provoca aumento de custos quanto à eficiência da supervisão e produtividade do pessoal de armazém.
Para que um armazém para atue de forma competitiva, deverá considerar tendências quanto ao processamento de pedidos, movimentação e manuseio das mercadorias, sendo parceiro incondicional da TI (Tecnologia da Informação), onde é de suma importância a utilização de um Sistema de Gestão de Armazém, software que controla todas as atividades de recebimento de pedidos, transações de estoque, picking, embalagem e despacho; este sistema deverá estar integrado ao ERP (Enterprise Resources Planning) da empresa.
Em linhas gerais os armazéns mais eficientes são caracterizados por uma equipe operacional superior e uma alta produtividade dos seus ativos. Não basta um bom projeto de instalações, equipamentos e procedimentos, é fundamental adotar práticas operacionais eficazes.
FONTE: O autor

Argentina descumpre acordo para agilizar liberação de cargas brasileiras

Mais de um mês após o encontro da ministra da Indústria da Argentina, Débora Giorgi, com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, pouca coisa mudou nas fronteiras do parceiro de Mercosul em relação aos exportadores brasileiros. Na época, foi firmado um compromisso de respeito ao prazo máximo de 60 dias para liberação de produtos importados, como recomenda a Organização Mundial do Comércio (OMC).

No entanto, segundo exportadores nacionais, a relação comercial com os vizinhos do Sul permanece difícil e os produtos brasileiros continuam sendo retidos pela burocracia argentina por períodos superiores aos aceitos pela OMC. Segundo resposta oficial enviada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), "não houve nenhuma mudança na relação comercial dos dois países. Tudo continua muito crítico".

O mesmo ocorre no segmento de calçados. O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, confirma que o acordo não está sido cumprido. "O acordo não aconteceu. As mercadorias continuam presas. Temos produtos esperando liberação desde março", reclamou. Para ele, o governo brasileiro errou ao "afrouxar" na questão das licenças não automáticas de importação. "Precisamos aplicar a mesma medida. Infelizmente, essa é a única linguagem que eles entendem. Continuamos prejudicados com o não cumprimento de prazos".

O acordo foi firmado no dia 2 de junho, após um período de tensão nas relações comerciais entre os dois países, quando o Brasil decidiu retirar os automóveis da lista de produtos com licenças automáticas de importação. Mesmo sendo defendida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) como medida cautelar para evitar o desequilíbrio da balança comercial, a iniciativa foi interpretada como retaliação pelo governo argentino às barreiras impostas aos produtos brasileiros.

Na ocasião, os representantes do setor industrial dos dois países fixaram uma espécie de ato de boa vontade, prometendo flexibilizar as exigências de cada país para "melhorar a relação bilateral" e dar mais agilidade no cumprimento dos prazos estabelecidos pela OMC. Em nota conjunta, os ministros manisfestam "disposição de facilitar os trâmites para obtenção e aprovação das licenças de importação, bem como liberação dos produtos que se encontram atualmente na fronteiras dos dois países".

Para o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto Castro, o impasse está longe de ser solucionado. "Nada foi formalizado oficialmente, não teve nada escrito. O assunto não está resolvido, não se tem falado mais nada, mas existe muito interesse político", comentou. Segundo Castro, nessa "guerra comercial" o Brasil será sempre prejudicado. "Infelizmente, a Argentina acha que o Brasil tem sempre que atendê-la e isso tem acontecido. É como se existisse a ameaça velada de que, quando o Brasil deixa de vender à Argentina, a China está ocupando esse lugar".
FONTE: Agência Brasil