terça-feira, 12 de julho de 2011

Armazém como ferramenta competitiva, por Maurício Rio

Atualmente empresas que buscam aumentar o seu market share, estão procurando insistentemente reduzir os seus custos operacionais, mas quando falham correm o risco de perder espaço para os concorrentes, e uma das formas de aumentar a competitividade é prestar atenção especial ao custo total da logística.
No custo total da logística de uma empresa podemos destacar o transporte e armazenagem como os seus componentes mais importantes, sendo que juntos representam cerca de 70% desse custo.
O ideal é que sejam avaliados de forma conjunta, pois o acréscimo de um deve ser compensado com o decréscimo do outro, buscando assim o menor custo total possível.
Ao avaliarmos a atividade de armazenagem, é necessário considerar os seguintes investimentos: edifício, instalações, equipamentos e estoques; além das despesas operacionais e do pessoal.
O sucesso de um armazém está intimamente ligado ao seu projeto construtivo e dos equipamentos previstos, pois estas decisões irão condicionar todos os demais fatores operacionais e de custos. Um armazém com o menor custo por unidade de espaço ocupado terá o maior facilidade em reduzir os demais componentes de custo.
Por exemplo, um armazém mais largo do que o necessário somente irá provocar um maior gasto em movimentação, com isso teremos mais despesas com recursos humanos e equipamentos, além dos investimentos maiores do que o necessário para um prédio menor que armazenaria o mesmo volume.
Avaliando de forma criteriosa, atualmente devemos transformar o armazém tradicional de pura e simples estocagem, no setor chave do processo logístico, onde é necessário realizar algumas etapas produtivas como montagem final de produtos, bem como realizar outras atividades do fluxo logístico como separação, preparação para embarque, embalagem de transporte e despacho do veiculo de transporte para o cliente.
Para que essa nova visão seja possível é preciso que sejam implementadas uma série de ações que permitam direcionar as decisões executivas em prol das estratégias competitivas da organização.
Os novos armazéns devem ser projetados de forma modular para que permitam o seu crescimento futuro.
Espaços ociosos para eventuais crescimentos são um desperdício e um custo real desnecessário, embora o crescimento modular deva ser muito bem planejado para evitar ruptura no fluxo lógico dos módulos existentes.
Virtualmente, todo armazém pode sofrer uma reorganização física e encolher o espaço ocupado, o que representa sempre um benefício, a forma mais simples de conseguir este benefício é estabelecer zonas de freqüência de atividades, localizando itens de alto giro de processamento e equipando esta área com equipamentos para altos volumes.
Os melhores armazéns utilizam cada metro cúbico de espaço disponível da forma mais produtiva possível, seja para estocagem vertical ou para abrigar escritórios.
A redução das áreas ocupadas provoca aumento de custos quanto à eficiência da supervisão e produtividade do pessoal de armazém.
Para que um armazém para atue de forma competitiva, deverá considerar tendências quanto ao processamento de pedidos, movimentação e manuseio das mercadorias, sendo parceiro incondicional da TI (Tecnologia da Informação), onde é de suma importância a utilização de um Sistema de Gestão de Armazém, software que controla todas as atividades de recebimento de pedidos, transações de estoque, picking, embalagem e despacho; este sistema deverá estar integrado ao ERP (Enterprise Resources Planning) da empresa.
Em linhas gerais os armazéns mais eficientes são caracterizados por uma equipe operacional superior e uma alta produtividade dos seus ativos. Não basta um bom projeto de instalações, equipamentos e procedimentos, é fundamental adotar práticas operacionais eficazes.
FONTE: O autor

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