terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Maranhão anuncia empresas que vão construir terminal

Com cinco anos de atraso, a Emap (Empresa Maranhense de Administração Portuária) -responsável pelo Porto de Itaqui- anunciou ontem as cinco empresas que irão construir os terminais para escoamento de soja, o chamado Tegram.
As vencedoras da disputa foram: NovaAgri, Glencore, CGG Trading, Louis Dreyfus e Amaggi.

Com os novos terminais, Itaqui eleva de 2,5 milhões para 7,5 milhões de toneladas a capacidade de exportação de grãos. O investimento na primeira fase será de R$ 260 milhões. A Emap já tem um plano para uma segunda fase, com investimento para mais 5 milhões de toneladas.

Atualmente, apenas a Vale tem uma estrutura (2,5 milhões de toneladas) para embarque de grãos.
A construção dos terminais começa em 2012, mas a operação efetiva será só no final de 2013, diz Luiz Carlos Fossati, presidente da Emap.

A demora na definição de um modelo para licitação dos terminais gerou grande prejuízo ao país.

Segundo a Emap, milhões de toneladas podem ter deixado de ser produzidas por falta de estrutura do porto.
Mesmo assim, regiões do Maranhão, do Tocantins e do Piauí ampliaram a produção nos últimos anos para volumes superiores a 6 milhões de toneladas.

O problema foi sempre tirar a produção da região. Com um terminal de capacidade limitada, a opção dos agricultores era negociar a produção no Nordeste ou exportar a soja pelos portos de Santos (SP) ou Paranaguá (PR), distantes de 2.400 a 2.800 quilômetros da zona produtora.

Nova logística - O projeto tem a força de mudar a logística do agronegócio brasileiro. "O Tegram vai mudar a logística de escoamento de grãos. Há muita produção reprimida por falta de logística para o escoamento", afirma Fossati.
Com isso, o peso de Santos e de Paranaguá no embarque de grãos tende a diminuir.

Navio fretado pela Vale sofre rachadura em São Luís

A Capitania dos Portos do Maranhão disse que a situação está mantida sob controle pela tripulação do navio

Um navio graneleiro, fretado pela Vale, teve uma rachadura em um dos tanques de lastro, na noite de sábado, no Terminal Ponta da Madeira, em São Luís (MA), e corre risco de afundar.

A Capitania dos Portos do Maranhão disse que a situação está mantida sob controle pela tripulação do navio.

A água infiltrada na embarcação é retirada por bombas de grande potência, o que vem garantindo a flutuação do navio, segundo a Marinha.

O acidente ocorreu durante o carregamento de minério de ferro no terminal, que pertence à mineradora. Hoje deve chegar a São Luís uma equipe de técnicos.

O capitão dos portos do Maranhão, Nelson Ricardo Calmon Bahia, disse que não há estimativa da extensão do dano e que será aberto um inquérito administrativo para apurar o acidente.

A Vale informou, em nota, que acompanha as tratativas entre a STX Pan Ocean, proprietária e operadora do navio, e as autoridades responsáveis. A reportagem da Folha não conseguiu contato com representantes da empresa coreana.

O navio Vale Beijing, de bandeira das Ilhas Marshal, tem capacidade para 400 mil toneladas de minério, segundo a Capitania dos Portos, e é um dos maiores graneleiros do mundo: 292 m de comprimento, 45 m de largura e 23 m de calado máximo.

Técnicos do Ibama de São Luís fizeram uma inspeção no local. Segundo a Capitania dos Portos, não há informação de vazamentos de minério ou de óleo combustível.

A movimentação de navios no Porto de Itaqui, localizado próximo ao terminal da Vale, não foi afetada.
FONTE: Folha de São Paulo - SP

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