segunda-feira, 14 de junho de 2010

Petrobrás define logística do pré-sal

A Petrobrás deverá definir até março do próximo ano a solução logística que será aplicada para escoar o gás natural que será produzido, associado ao petróleo, no campo de Tupi, no pré-sal da bacia de Santos.
A informação é da diretora de Gás e Energia da Petrobrás, Maria das Graças Foster, que participou na quarta-feira de audiência pública na comissão de Minas e Energia da Câmara para tratar do setor de gás natural.
A executiva afirmou que, atualmente, por uma questão de flexibilidade, há uma certa preferência para a construção de terminais offshore de liquefação do gás, ao lado das plataformas de produção.
Nessas unidades, a Petrobrás poderia transformar, ainda no mar, o gás natural para o estado líquido, o que facilitaria seu transporte por meio de navios, tanto para a exportação quanto para a venda no próprio mercado brasileiro.
Outra possibilidade, também em estudo pela empresa, é a tradicional, que consiste na construção de grandes gasodutos para transportar o gás até terra firme.
Graças Foster, entretanto, salientou que "os terminais de liquefação no mar não foram feitos em lugar nenhum" e que por isso a Petrobrás só vai optar por essa tecnologia se ela for competitiva. "Há uma preferência (pela liquefação), motivada pela flexibilidade, mas há a necessidade de que traga o melhor resultado econômico", disse.
Segundo ela, hoje há três grandes empresas internacionais em uma "design competition" para propor projetos de liquefação no mar para a Petrobrás. São elas: a holandesa SBM Offshore; a francesa Technip e a italiana Saipem. A executiva explicou que as empresas terão até dezembro para entregar suas propostas à Petrobrás. Com base nesses estudos e nas avaliações internas sobre o custo de gasodutos é que a Petrobrás decidirá até março de 2011 qual tecnologia vai adotar.
Consumo. Graças Foster disse que o consumo de gás natural do País , excluindo as termelétricas, já retornou a um patamar equivalente ao do período imediatamente anterior à crise econômica mundial. Segundo ela, na segunda-feira, por exemplo, foram consumidos 39,6 milhões de metros cúbicos de gás.
Esse número, que exclui as usinas termelétricas, é alavancado, principalmente, pelo consumo industrial, e responde por 80% do total.
FONTE: O Estado de São Paulo

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