sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Idec recomenda: Para sua segurança, saiba como escolher e manter os pneus dos veículos em bom estado

Enquanto o PL de Lei de Resíduos Sólidos não é aprovado, a sugestão é descartar os pneus em pontos de coleta específicos ou aderir a programas já implementados
por alguns distribuidores
Você sabe o que significa o código 185/60 R14 82H? Pois saiba que entender o bê-á-bá dessas especificações técnicas é crucial para escolher um pneu. O primeiro número refere-se à largura da banda de rodagem, em milímetros. Banda de rodagem é a parte do pneu que toca diretamente o solo. Portanto, o pneu usado como exemplo tem 185 milímetros de largura.
O segundo número, depois da barra, indica a altura do perfil em relação à banda de rodagem. No caso, 60. Ou seja, o perfil tem 60% do tamanho da banda de rodagem (111 milímetros).
R14 é o diâmetro da roda, em polegadas. A roda do pneu, portanto, tem 355,6 milímetros de diâmetro (1 polegada equivale a 25,4 milímetros). E com relação a 82H, 82 é o índice de carga (isso significa que o pneu suporta até 485 quilos) e a letra H indica a velocidade máxima a que o pneu pode ser submetido (no caso, 210 km/h).
"É extremamente recomendável que as especificações técnicas dos pneus sejam mantidas. Elas constam do próprio pneu e do manual do veículo", informa Felício Félix, analista técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil). Para ele, se alguma dessas características for alterada, pode haver aumento de consumo de combustível, desgaste prematuro de peças (inclusive dos próprios pneus) e erros de leitura de velocidade. "Também pode gerar falta de aderência em situações críticas de direção", complementa Ricardo Bock, professor de engenharia mecânica da Faculdade de Engenharia Industrial (FEI), de São Bernardo do Campo (SP).
Mudar de marca de pneus, apesar de não ser o ideal, não traz riscos à segurança. Mas seja qual for o fabricante, o símbolo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) é obrigatório.
Se o pneu furar ou rasgar, pode ser reparado - desde que o estrago não tenha ocorrido na parte lateral. Também fuja da técnica de "riscar pneus" carecas. "É uma prática muito perigosa, pois o pneu pode estourar com o carro em movimento e causar um acidente sério", alerta Félix.
"Para ajudar também o meio ambiente, o consumidor que for trocar os pneus de seu carro, deve procurar saber para onde vão os velhos. O revendedor, normalmente, já dá o destino certo aos pneus usados. Mas se o consumidor decidir trocar os pneus e ficar com os velhos em casa, procure locais adequados para o descarte. A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) tem um programa de coleta de pneus velhos, com 408 pontos pelo país", lembra Carlos Thadeu, gerente de comunicação do Idec.
Para durarem mais
Alguns cuidados básicos garantem vida mais longa aos pneus.
Calibrá-los de acordo com a recomendação da montadora - Excesso ou falta de pressão faz os pneus ficarem carecas antes do tempo. Mas atenção, a pressão recomendada para o carro vazio é uma e para o carregado é outra. A freqüência da calibragem também é recomendada pelo fabricante do veículo.
Rodízio - Consiste em colocar o pneu traseiro no eixo dianteiro, e vice-versa, a cada 10 mil quilômetros (algumas montadoras recomendam 5 ou 20 mil). Mas nunca os troque de lado: pneu "esquerdo" sempre do lado esquerdo, e "direito" do lado direito.
Balanceamento - Ele equaliza a distribuição de massa no pneu e na roda, e deve ser feito a cada 10 mil quilômetros. Balanceamento mal feito causa desgaste em pontos específicos do pneu.
Alinhamento da convergência - (posição das rodas em relação a um plano longitudinal). Ele pode sofrer alterações em decorrência de desgaste natural (o que normalmente acontece com cerca de 10 mil quilômetros) ou em caso de incidentes, como passar sobre um buraco ou bater as rodas em algum obstáculo.
Alinhamento de câmber e caster - Câmber é o ângulo formado pela inclinação da roda em relação ao plano vertical; caster é o ângulo formado pelo eixo da direção e pelo plano vertical. Esses ângulos só se alteram em razão de acidentes, raramente por desgaste natural. Portanto, desconfie se esse ajuste lhe for sugerido.
FONTE: IDEC

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