terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Frete está em alta no MT

O frete para o transporte de grãos no Mato Grosso está em alta. É o que revela reportagem da jornalista Silvana Bazani, do jornal Folha do Estado. Os produtores da região vêm reclamando desses custos e pressionando o governo federal a abrir alternativas para exportação pelo Norte e Nordeste do País.
Em entrevista ao jornal, o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Antônio Galvan, diz que o frete desde o município até o Porto de Paranaguá (PR), numa distância média de dois mil quilômetros, varia entre US$ 120 e US$ 130 por tonelada transportada. "Mas esse valor já vem subindo diariamente e tememos que chegue a US$ 140 em fevereiro", revela Galvan.
A elevação nos custos do frete, segundo a reportagem, é reflexo da pouca disponibilidade de veículos de carga, diante da intensificação da colheita e da necessidade de escoamento da safra. Para Galvan, outro agente influenciador no reajuste do frete é o preço do combustível no Estado. "Ele é o grande vilão, porque além de tudo temos que percorrer grandes distâncias".
Na opinião do sindicalista, a solução mais adequada para os produtores mato-grossenses escoarem a safra agrícola é pela rota Cuiabá-Santarém, até o porto. "A gente economizaria 50% dos custos se tivesse saída por Santarém", reclama.
De acordo com a matéria, na safra atual, cerca de 18 milhões de toneladas de soja serão colhidas e precisarão ser transportadas por uma média de 8 mil veículos, no auge da colheita.
Em outro texto, a jornalista diz que , cansado de ter a remuneração pela produção diminuída por causa da dependência de um único modal de transporte, o setor produtivo mato-grossense tem se organizado e pressionado o governo para investir em outras opções.
Uma das principais bandeiras do Movimento Pró-Logística (constituído por diferentes setores da economia e da sociedade mato-grossense) é a construção da hidrovia Teles Pires-Tapajós, por meio da qual os gastos com transporte diminuiriam em até 70%, numa economia de US$ 925 milhões anualmente.
O projeto prevê a construção da hidrovia saindo de Sinop (MT) até Santarém (PA), encurtando a distância em até 500 km para escoamento da safra. "Por ela, poderiam ser escoados dois terços da produção matogrossense", prevê o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Eamato), Rui Prado.
Outra alternativa para alcançar os portos dessas regiões mais facilmente - por onde são exportadas 15% da produção brasileira - seria por meio da conclusão da pavimentação da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém-PA. Ainda restam 782 quilômetros a serem pavimentados no estado vizinho, apesar da obra constar no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Além dessas alternativas, representantes do Movimento Pró-Logística consideram ainda o escoamento pelo Porto de Itaqui-MA. Há previsão de que R$ 800 milhões sejam investidos no porto, aumentando a capacidade atual de movimentação de grãos de dois milhões de toneladas ao ano para até 13 milhões de toneladas anuais a partir de 2013.
FONTE: Folha do Estado

Nenhum comentário:

Postar um comentário