sexta-feira, 2 de julho de 2010

Enchente faz tráfego mudar em rodovias

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou ontem mudanças no trânsito de rodovias em Pernambuco por conta dos estragos causados pela chuva. Entre as alterações está a transferência do fluxo de veículos pesados que costumava seguir pela BR-101, interditada na Mata Sul depois da destruição de pontes, para as BRs 232 e 104. As limitações não afetarão veículos de passeio, ônibus e caminhões de até dois eixos. As mudanças valerão até o fim do ano.
Os veículos pesados só poderão seguir pela PE-60 até a altura de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, Grande Recife. Lá, será feita fiscalização e instalada uma balança. "A decisão foi tomada para poupar a PE-60, que é uma rodovia turística e não aguentaria o fluxo de veículos pesados da BR-101", afirmou o superintendente regional do Dnit, Divaldo de Arruda Câmara. Até sexta-feira, será implantada a sinalização orientando os motoristas que seguem rumo ao sul de Pernambuco e Alagoas a utilizar a BR-232 até Caruaru e depois pegar a BR-104. Na cidade de Messias (AL), os motoristas poderão retornar à BR-101.
O trecho interditado da BR-101, por conta da destruição das pontes que atravessavam o Rio Una, em Palmares, recebia média diária de 15 mil veículos. Metade desse fluxo era de caminhões de três eixos. A outra metade, formada por carros, ônibus e caminhões pequenos, continuará fazendo praticamente o mesmo caminho, desviando por um trecho dentro de Palmares. Uma ponte no Centro da cidade estará pronta em 10 dias para receber esse fluxo de veículos. Já as duas pontes paralelas à BR-101, capazes de suportar todo tipo de veículos, só devem estar refeitas em 180 dias.
O Dnit garante que as BRs 232 e 104 absorverão, sem pontos de congestionamento, o trânsito pesado da BR-101. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que vai aumentar a fiscalização nas duas rodovias federais. "Onde há mais veículos, há mais ocorrências, até assaltos. Por isso, reforçaremos o policiamento nas duas rodovias federais que terão aumento de fluxo", disse o superintendente da PRF em Pernambuco, Waldecy Marques.
Os caminhões que tiverem de pegar o desvio rodarão aproximadamente 60 quilômetros a mais que o percurso normal. Por isso, o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de Pernambuco, Antônio Jacarandá, afirma que a mudança pode causar aumento de preços e até desabastecimento.
FONTE: Jornal do Comercio - PE

Nenhum comentário:

Postar um comentário