quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Diversificação aumenta receita da JSL

Mesmo sentindo uma pequena desaceleração em setores da indústria como o automotivo, o balanço que os executivos da JSL (antiga Júlio Simões Logística) fazem sobre 2011 é que o ano proporcionou bons resultados à companhia. A JSL fechou o ano com novos contratos que somam R$ 1,8 bilhão. Além disso, o faturamento total cresceu mais que 20%.

A receita com os novos contratos, divulgada ontem, entrará na contabilidade da empresa dividido ao longo dos próximos oito anos. Embora o valor registrado tenha sido menor do que no ano anterior (quando superou R$ 2 bilhões), a receita bruta total da companhia cresceu 21,7% na mesma comparação - para R$ 2,74 bilhões.

Segundo Denys Marc Ferrez, diretor administrativo-financeiro e de relações com o investidor da JSL, não há um grande responsável pelo crescimento - já que a empresa tem receita pulverizada em vários setores. No entanto, a estratégia da JSL em tentar acrescentar novos contratos com clientes já existentes (o chamado ’cross selling’) é um dos principais indutores de crescimento. Dos contratos de 2011, 71% do valor total foi negociado junto a clientes já existentes.

Por isso, colaborou para o crescimento a diversificação do portfólio de serviços prestados pela companhia. Paralelamente à expansão em setores considerados tradicionais pela empresa (papel e celulose, público, transporte municipal e intermunicipal e automotivo), a JSL estabeleceu como estratégia a entrada em outros setores, como siderurgia e mineração e energia elétrica que, em conjunto com químico, agricultura, bens de consumo e bens de capital, influenciou no resultado.
O principal crescimento na composição do faturamento, inclusive, aconteceu em setores considerados não tradicionais pela companhia: o de siderurgia e mineração. Em 2011, 12,6% da receita bruta veio de contratos no setor - no ano anterior, o número foi de apenas 7,3%.
Para Ferrez, não houve esfriamento da economia em 2011. Segundo ele, mesmo que ocorra esse cenário em breve, a situação significaria oportunidade para a empresa e todo o setor logístico - devido à busca dos clientes por soluções logísticas mais rentáveis. "Nessa hora [de esfriamento] também é a oportunidade para o setor, que pode trazer soluções customizadas", diz.
Mesmo com os bons resultados, Ferrez diz que não há no curto prazo nenhuma estratégia para aquisições. Hoje, a empresa negocia apenas a aquisição de operações logísticas da Marfrig - embora a empresa trate a operação como um novo contrato, e não uma compra. A última aquisição da companhia ocorreu em novembro, quando a JSL anunciou a aquisição de 100% da Rodoviário Schio, hoje em processo de integração com a nova controladora. Especializada em transporte rodoviário de cargas com temperatura controlada, principalmente alimentos, a empresa foi comprada por R$ 405 milhões. A aquisição permite que a JSL cresça no setor de alimentos. Com faturamento de R$ 391 milhões em 2010, a Schio tem entre os principais clientes a Unilever, Danone, Nestlé e Marfrig.
FONTE: Valor Econômico - SP

Um comentário:

  1. O que adiante ser referência no mercado, fazer fusões ou novas aquisições, e tendo colaboradores trabalhando de 12 a 15 hs de trabalhos sem pagar hora extra.
    Isso ninguem fala, o Diretor deve ser tão preocupado que nem sabe o que passa em sua Organização.

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