terça-feira, 4 de outubro de 2011

Gargalos logísticos no Mato Grosso

Atualmente, em Mato Grosso são produzidas 21 milhões de toneladas de soja anualmente, garantindo ao estado a primeira posição na produção nacional de 75 milhões de toneladas, que torna o Brasil no segundo maior produtor deste grão, atrás apenas dos Estados Unidos, detentor de uma safra anual de 94 milhões de toneladas.

Na Argentina, num raio de 300 quilômetros da grande Rosário, Província de Santa Fé, concentra-se 80% da safra anual de 50 milhões de toneladas. Boas estradas garantem o escoamento da produção para Ásia e Europa, através do complexo portuário de Rosário, às margens do rio Paraná.

Esta região é considerada o maior centro de esmagamento de soja no mundo, com a instalação de 13 plantas industriais com capacidade de beneficiar 130 mil toneladas por dia.

Além das vantagens de logística, os argentinos contam com terras naturalmente férteis, garantindo menor investimento em pacotes tecnológicos, em especial a correção de solo, tão comum no cerrado mato-grossense.

Porém, como desvantagem, as férteis e escassas terras argentinas são bem mais caras que as de Mato Grosso. O arrendamento de terra lá pode custar até 30 sacas o hectare, contra as 13 sacas necessárias para a operação no mesmo espaço aqui.

Porém, o maior problema dos sojicultores argentinos é a pesada carga tributária imposta ao setor pelo governo de Cristina Kirchner. Lá, as chamadas ‘retenções’ – impostos cobrados na exportação do grão – chega a 35% da produção. Por exemplo, para cada 100 sacas produzidas, 35 sacas devem ser entregues ao governo. ]

Que a infraestrutura logística encontrada na argentina sirva de exemplo para nós mato-grossenses. Só a união entre produtores e autoridades públicas do estado vai garantir que estes gargalos à nossa produção sejam vencidos. É inconcebível que grande parte da riqueza de nossos produtores seja perdida em estradas precárias e na falta de estrutura para o escoamento e armazenagem da produção.

Grandes obras, como a chegada da Ferronorte até Rondonópolis, o asfaltamento das BRs-163 e 158, além da Ferrovia Centro-Oeste vão minimizar estes problemas e garantir que a nossa produção chegue de forma mais competitiva no mercado internacional.

Ao observarmos as vantagens comparativas dos sojicultores na Argentina e nos Estados Unidos, concluímos que ao reduzirmos os nossos gargalos logísticos, Mato Grosso tem tudo para se destacar ainda mais no mercado internacional de soja.

Apesar do grande atraso em infraestrutura logística o sojicultor de Mato Grosso é um grande herói

Chineses são principais parceiros comerciais dos brasileiros

De janeiro a agosto deste ano, 14,27% (US$ 20,948 bilhões) das importações brasileiras vieram da China.

Em abril deste ano, a presidenta Dilma Rousseff foi à China, onde ficou uma semana. Foi o primeiro país fora do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) visitado pela presidenta. Na ocasião, as conversas abordaram política internacional e investimentos. O Brasil, a Rússia, a China, a Índia e a África do Sul integram o bloco Brics.

De janeiro a agosto deste ano, 14,27% (US$ 20,948 bilhões) das importações brasileiras vieram da China, país que está em segundo lugar no percentual importado pelo Brasil, perdendo apenas para os Estados Unidos (14,84%). No ranking de exportações brasileiras, a China lidera, sendo o destino de 17,43% (US$ 29,050 bilhões) das vendas do Brasil ao exterior. Com isso, chineses e brasileiros dispõem da chamada parceria preferencial.

Na visita à China, Dilma conversou com os presidentes da China, Hu Jintao, da Rússia, Dmitri Medvedev, da África do Sul, Jacob Zuma, e com o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, sobre as metas para 2011 e as preocupações do bloco de países.

No Brics, o Brasil ocupa a função de país exportador agropecuário com base na produção de soja e de carne bovina, além de cana-de-açúcar, combustíveis renováveis e ambientalmente sustentáveis – como o álcool e o biodiesel. A Rússia é o fornecedor de matérias-primas, como hidrocarbonetos. Mas também é o responsável pela exportação de mão de obra qualificada e de tecnologia, além de potência militar.

A Índia, além de potência militar, desempenha o papel de investidora em tecnologia e qualificação da mão de obra em serviços especializados. Pelas estimativas de especialistas, a China deve ser, em 2050, a maior economia mundial, ocupando hoje a posição de parceria principal de vários países, só na América do Sul é o primeiro do Brasil e do Chile, por exemplo.
Por Agência Brasil
FONTE: Diário de Cuiabá - MT

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