quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Prejuízo com roubo de cargas no estado de São Paulo cresce 6,5%

Os transportadores rodoviários de cargas do estado de São Paulo contabilizam prejuízo de R$ 148,976 milhões com roubo de mercadorias apenas neste ano. O valor supera em 6,5% o registrado no mesmo período do ano passado.

De acordo com o balanço divulgado por meio da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Fetcesp) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo (Setcesp), com dados da Secretaria da Segurança Pública, mesmo com prejuízo maior neste ano, o número de ocorrências entre janeiro e junho de 2011 é 8,28% menor do que do primeiro semestre de 2010, totalizando 3.345.

“Nós tínhamos um volume muito grande de pequenos roubos na região da 25 de março. Reiteramos, assim, pedidos à Secretaria da Segurança para reforçar as ações no local, o que reduziu muito a quantidade de eventos. No entanto, aumentaram os grandes roubos em Campinas, Araraquara, na Bandeirante, entre outras. Estamos fazendo reuniões com todas as polícias para buscar alternativas de como combater o roubo naquela região”, explica o vice-presidente do Setcesp, Roberto Mira.

Segundo ele, diversas medidas estão sendo tomadas para diminuir a criminalidade. Uma delas é a reativação do programa Pró-Carga, da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, em 2009. O programa atua na prevenção e combate aos roubos a partir da ação conjunta de todas as polícias e da sociedade civil. Além disso, a Comissão Nacional de Combate ao Roubo de Cargas, presidida por Roberto Mira, também tem conquistado bons resultados aos longos dos últimos 13 anos. “De quatro delegacias especializadas em roubo de cargas, passamos a contar com 22 em todo o Brasil”, comemora.

Rodovias
O relatório da Fetcesp/Setcesp mostra ainda que o mês de janeiro registrou o maior número de ocorrências do ano, com 693. Em fevereiro foram 591 e, em cada mês seguinte, o número variou entre 500 e 525 delitos.

A capital paulista concentrou a maioria dos casos de roubo, com 51,63% do total. Na região metropolitana ocorreram 17,25%, nas rodovias, 21,97% e, no interior, 9,15% das ocorrências.

A rodovia Anhanguera lidera o ranking de casos no estado, com 130 ocorrências. Logo depois está a Dutra, com 96 e a Fernão Dias, com 76.

Na capital, a zona leste conta com a maior parte dos delitos registrados (31,79%), seguida pela zona norte (27,97%) e a zona sul (25,48%). A zona oeste registrou 9,49% do total e, o centro, 5,27%.
De acordo com o levantamento, os principais dias de ocorrências são as quartas-feiras (21,58% dos casos), seguidas pelas terças (20,24%) e quintas (18,51%). Os criminosos agem, principalmente, entre 8h e 16h, período que concentra 61,46% das ocorrências registradas no primeiro semestre do ano.

Em relação aos valores, as cargas mais visadas são os eletroeletrônicos, carga fracionada, produtos alimentícios, metalúrgicos e têxteis.
FONTE: Redação CNT

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