terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Setor pede atualização de investimentos

Embora concentre cerca de 60% do PIB brasileiro, o transporte rodoviário de cargas é o modal que possui a maior defasagem no custo do frete.
Este cenário vem sendo conferido desde antes da crise econômica em 2009 e, apesar de um crescimento em 2010, as empresas não conseguiram até agora conferir um valor justo para a cobrança, que ainda continua defasada em quase 15%.
Além disso, fatores como o estado de conservação das rodovias, o sucateamento da frota nacional, o alto índice de acidentes, a elevada emissão de poluentes, a média salarial do segmento e a falta de mão de obra qualificada, são pontos que preocupam as transportadoras.
Desejando equilibrar receitas e despesas, as empresas do setor não podem abrir mão do ressarcimento de custos significativos cobertos pelos demais componentes tarifários como o frete-valor, o GRIS, a cubagem e as generalidades.
Ao passo que a economia vem se reerguendo, a necessidade de profissionalização e qualificação da mão de obra é outro ponto que necessita providências imediatas para atingir os objetivos de crescimento.
As tecnologias implantadas estão proporcionando novas diretrizes ao setor, conduzindo o transporte rodoviário ao desenvolvimento. Contudo, o motorista ainda é o principal parceiro de todo o sistema produtivo.
O setor enfrenta anualmente o desafio de abastecer o quadro funcional das empresas com cerca de 120 mil profissionais preparados. Porém, faltam pessoas interessadas e qualificadas para tal trabalho.
Há anos, a profissão de motorista era valorizada. Hoje, poucos jovens se sentem atraídos por este mercado.
Por todo o Brasil, existem as unidades do SEST SENAT, locais para formação destes novos motoristas. Mas faltam incentivos que mostrem, apesar das dificuldades, a importância do transporte para o crescimento de todos.
Cabe ao segmento, aliado ao governo, transformar esta atual imagem do profissional e atrair possibilidades para evitar o colapso.
Assim, a Fetracan (Federação das Empresas de Transporte de Carga do Nordeste) e a ABTC (Associação Brasileira de Logística e Transporte de Carga) alerta para que os investimentos sejam feitos, visando o sucesso das empresas e o crescimento do País. A urgente necessidade de atualização do setor frente à economia irá possibilitar que os obstáculos sejam enfrentados com êxito.
FONTE: Fetracan / ABTC

Nenhum comentário:

Postar um comentário