domingo, 22 de janeiro de 2012

Dot inibe roubo com nanotecnologia. Sistema da DNA protege veículos e cargas

Enquanto a introdução do chip de identificação veicular sofre contínuos adiamentos, uma tecnologia consolidada em muitos países está disponível para marcação de componentes automotivos com recursos de nanotecnologia, inibindo o roubo e permitindo a rastreabilidade e rápida identificação em bancos de dados na Internet. O sistema Dot, desenvolvido pela DNA Security, do grupo Dekra Brasil, distribui até 7 mil micropontos em veículos e mercadorias, praticamente invisíveis a olho nu, gravando um código único identificável globalmente.

"O Dot é um sistema revolucionário, capaz de melhorar a segurança de motoristas, mercadorias transportadas e gerenciadores de risco. A tecnologia, à prova de adulteração, reúne simplicidade e inteligência a custo acessível", assegura José Ramanho, consultor de negócios da Dekra.

A aplicação do Dot em um carro custa R$ 199 e o selo colocado no para-brisa adverte que as peças estão marcadas e deixaram de ser interessantes para o comércio ilegal. Utilizado em larga escala por fabricantes de motos ou automóveis, o serviço custaria apenas uma fração do valor cobrado no varejo e poderia se tornar um antídoto contra roubos. Curiosamente, no entanto, a tecnologia ainda não foi comprada por fabricantes de veículos.

Ramanho auxiliou a introduzir o Dot no portfólio de serviços da DNA Sekurity, que oferece também gravações em baixo relevo. O executivo, diretor do Cesvi Brasil até 2011, chegou a oferecer a tecnologia, conhecida desde 2004, aos associados da Anfavea e visitou entidades relacionadas à indústria automobilística para convencer sobre as vantagens dos micropontos. Desapontado com a demora para adoção em escala da solução, desenvolveu o projeto com a Dekra, embora aposte na aceitação pelo segmento de motocicletas.

INTERNACIONAL

Ramalho lembra que até os modernos aparelhos de rastreamento eletrônico já podem ser anulados pelos jammers, popularmente conhecidos como “capetinhas”. Por outro lado, é praticamente impossível remover os milhares de micropontos do Dot que identificam a origem e o proprietário de qualquer item roubado. "As micromarcas permitem identificar os pontos de desova e receptadores, além de serem reconhecidas como prova para o sistema judiciário, auxiliando o trabalho da polícia", observa.

O executivo explica que o sistema Dot, difundido internacionalmente há mais de 12 anos, é aplicado em 22 países e, em alguns, tem apoio da legislação. Ele lembra que o Conselho Nacional de Redução de Roubo de Veículos da Austrália fez testes antes e após a aplicação do Dot, comprovando uma redução de roubos em quase 100%. Em 2007, Taiwan aprovou lei para que os veículos sejam marcados no painel e em mais 16 partes-chave. Como impacto da medida, a Honda constatou recuo de 60% no roubo de seus modelos.

"A África do Sul também aprovou, recentemente, legislação para que o Dot seja aplicado a todos os veículos fabricados no país", completa Ramalho, ainda esperançoso sobre a proliferação da solução de nanotecnologia contra o roubo de veículos e cargas no Brasil.
FONTE: Automotive Business

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