terça-feira, 23 de março de 2010

Sobrepeso de carga danifica as rodovias

Todos os dias, as rodovias brasileiras recebem inúmeros veículos de carga em trânsito, vindos dos mais variados destinos. Muitos deles com excesso de peso, situação muito comum de ser observada nas estradas da região de Bauru.
A fiscalização feita por amostragem permite que muitos motoristas driblem a ação e circulem normalmente com peso acima do permitido. A sobrecarga é um dos principais motivos de preocupação para aqueles que têm por obrigação conservar e manter as rodovias em bom estado para o tráfego de veículos.
O excesso de peso sobre um pavimento projetado para suportar determinado impacto é o principal fator da redução da vida útil do asfalto. Há estudos que comprovam a redução pela metade.
O pavimento tem prazo de validade médio de 8 a 10 anos, mas dependendo da incidência do excesso de peso, aliado a outros fatores, pode exigir reparos já no primeiro ano.
A sobrecarga é também apontada como um dos itens causadores das ondulações na pavimentação que tanto incomoda e atrapalha o tráfego de veículos de pequeno porte, podendo provocar até acidentes.
O trânsito de veículos de carga em rodovias de pequeno porte, com pistas simples especialmente, também são causas de acidentes. Estima-se que eles estejam envolvidos em 30% dos acidentes com vítimas fatais.
Para amenizar a situação, as concessionárias da região pretendem instalar as balanças de pesagem, previstas no contrato de concessão e com prazo previsto para o terceiro ano de atividade da empresa. Porém, até que o equipamento seja instalado, as rodovias ficam a mercê da ética dos transportadores.

Multas

O presidente da Rodovias Tietê, Carlos Roma Júnior, explica que as concessionárias têm que fornecer o equipamento instalado, mas o poder de multar aqueles que trafegam com o limite de peso fora do permitido é do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Na opinião dele, antes da instalação do equipamento é necessário um estudo de toda a malha rodoviária para que os transportadores não driblem os locais de fiscalização.
"As concessionárias não têm poder de polícia, de fiscalização. Vamos fazer um convênio com o DER e Polícia Rodoviária para a execução do serviço. Nós não temos como parar o veículo e obrigar a fazer a pesagem do caminhão", diz.
Segundo o diretor da Via Rondon, Fábio Abritta Filho, a rodovia nunca teve seu pavimento recuperado em toda a extensão. Por isso, conforme reza o contrato, nos próximos quatro anos a concessionária vai investir R$ 74 milhões na recuperação do asfalto.
Mas o que acontece quando um caminhão passa pelo posto de pesagem e fica constatado o excesso de carga? Além dele ser multado pelo sobrepeso, o veículo fica retido até que seja feito o transbordo ou redistribuída a carga, que deve ser disposta de forma igualitária por eixo.
Segundo especialistas, muitas vezes o caminhão todo está dentro do peso permitido, mas cada eixo tem uma capacidade que fica comprometida com a má distribuição. Nesse caso não é necessário fazer o transbordo, e sim nova distribuição.
FONTE: JCNET

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